Dissertações e Teses
  • 2009-03 Os oficiais índios na Amazônia Pombalina: Sociedade, Hierarquia e Resistência (1751-1798)
    Título
    Os oficiais índios na Amazônia Pombalina: Sociedade, Hierarquia e Resistência (1751-1798)
    Autor
    Rafael Ale Rocha
    Orientador(a)
    Maria Regina Celestino de Almeida
    Data de Defesa
    2009-03-30
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    146
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Elisa Frühauf Garcia
    Maria Regina Celestino de Almeida
    Ronald José Raminelli
    Vania Maria Losada Moreira

    Resumo
    Este trabalho analisa o processo através do qual os índios inseridos na sociedade colonial alcançavam postos oficiais nas câmaras municipais (juízes e vereadores) e nas tropas militares do Estado do Grão Pará e Maranhão durante a segunda metade do século XVIII. A baliza temporal adotada, entre 1751 e 1798, compreende, respectivamente, a chegada de Francisco Xavier de Mendonça Furtado, governador e capitão general do Estado (1751-1759), à capital Belém e a Carta Régia de 1798. Mendonça Furtado era irmão do ministro Sebastião José de Carvalho e Melo (futuro Marquês de Pombal) e deveria implantar uma série de reformas na região amazônica visando garantir a posse do território para a Coroa portuguesa. Para tanto, tentava-se transforma os índios em vassalos portugueses e, nesse sentido, diversas medidas foram tomadas no sentido de "civilizá-los". O a formação de uma elite indígena deve ser entendida neste contexto, na medida em que estes indivíduos serviam como elo entre os anseios da Coroa (representada pelas autoridades portuguesas) e os demais índios. Eram importantes, nesse sentido, como elementos da administração e governo das vilas ? antigos aldeamentos indígenas. Por fim, o trabalho pretende mostrar que, apesar de inseridos no mundo colonial, os oficiais índios puderam adaptar as políticas indigenistas em favor dos seus interesses.


  • 2009-03 O Tempo e a Notícia - Em Cima da Hora: o imediato na História
    Título
    O Tempo e a Notícia - Em Cima da Hora: o imediato na História
    Autor
    Juliana Holanda Menezes Martins
    Orientador(a)
    Ana Maria Mauad de Sousa Andrade Essus
    Data de Defesa
    2009-03-30
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    181
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Ana Maria Mauad de Sousa Andrade Essus
    Joëlle Rachel Rouchou
    Marialva Carlos Barbosa
    Paulo Knauss de Mendonça
    Sonia Cristina da Fonseca Machado Lino

    Resumo
    Avaliar como passado, presente e futuro se articulam na notícia veiculada num canal de jornalismo 24 horas no ar é o objetivo central desta dissertação. O Em Cima da Hora, que vai ao ar de hora em hora, pelo canal de TV por assinatura Globo News, é o telejornal escolhido para analisar o tempo na construção da notícia, levando em consideração que na sociedade contemporânea a percepção do tempo passa, necessariamente, pelos meios de comunicação. A forma cada vez mais rápida que a informação chega ao público, através da televisão, da internet ou de outras mídias, faz com que o passado, o presente e o futuro se aproximem, dando a impressão de que os fatos surgem sempre no presente imediato. O volume de notícias veiculadas todos os dias na Globo News é muito grande, assim o trabalho analisa dois dias distintos no Em Cima da Hora: o dia da saída de Antonio Palocci do ministério da Fazenda – 27 de março de 2006; e o dia 4 de fevereiro de 2009. No primeiro, a repercussão foi tão grande, que essa notícia monopolizou todas as edições do Em Cima da Hora não dando espaço a nenhum outro fato. O segundo dia, pelo contrário, foi escolhido justamente porque não tinha nenhuma notícia de grande relevância capaz de alterar a paginação dos jornais, o que facilita a análise crítica sobre a escolha do que deve ser noticiado ou não. Tendo o tempo como pano de fundo e grande articulador dos fatos noticiados, este trabalho também lança um olhar sobre a construção da memória na sociedade contemporânea e sobre o papel de historiadores e jornalistas que, mesmo de formas diferentes, atuam como mediadores entre os acontecimentos, históricos ou não, e a construção da experiência social.


  • 2009-03 "Além da imagem": experiências e memórias populares através da TV Maxombomba
    Título
    "Além da imagem": experiências e memórias populares através da TV Maxombomba
    Autor
    Clarissa Staffa Nascimento
    Orientador(a)
    Laura Antunes Maciel
    Data de Defesa
    2009-03-30
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    150
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Adilson Vaz Cabral Filho
    Laura Antunes Maciel
    Marta Emisia Jacinto Barbosa
    Norberto Osvaldo Ferreras
    Rozinaldo Antonio Miani

    Resumo
    Esta dissertação analisa a experiência da TV Maxambomba, uma TV de rua desenvolvida pela ONG Cecip (Centro de Criação de Imagem Popular), que produziu e exibiu programas em praças e ruas da Baixada Fluminense de 1989 a 1998. A proposta deste trabalho foi compreender os diferentes significados que esta experiência adquiriu tanto para os realizadores envolvidos com o fazer da TV, quanto para os moradores que constituíram seu público por excelência; de forma a reconhecer em que medida ela conseguiu interferir na história destas pessoas e na realidade em que se fez presente. Para tanto, foram consultados e analisados um conjunto de fontes audiovisuais e textuais produzidas pela equipe da TV e por pessoas que participaram, de maneiras variadas, da sua experiência; além de entrevistas realizadas durante a pesquisa. Ao longo da pesquisa, também refleti sobre as razões que levaram à constituição desta experiência de comunicação popular, abordando aspectos como o seu modo de atuação, objetivos e proposta de comunicação, o processo de produção e exibição dos audiovisuais, e as diferentes relações estabelecidas com os moradores para quem se direcionavam. Procurei, também, identificar e explicar as mudanças e continuidades no fazer da TV ao longo dos anos, relacionando sua experiência com a de outras desenvolvidas no âmbito do "movimento de vídeo popular" e de TVs de rua.


  • 2009-03 O paraíso terrestre: A obra de Dante Alighieri e a construção de um espaço de felicidade no mundo
    Título
    O paraíso terrestre: A obra de Dante Alighieri e a construção de um espaço de felicidade no mundo
    Autor
    Maria Eugênia Bertarelli
    Orientador(a)
    Vânia Leite Fróes
    Data de Defesa
    2009-03-27
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    245
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Francisco José Silva Gomes
    Marco Americo Lucchesi
    Miriam Cabral Coser
    Moisés Romanazzi Tôrres
    Paulo Sérgio Faitanin
    Roberto Godofredo Fabri Ferreira
    Vânia Leite Fróes

    Resumo
    Ao estudarmos a noção de Paraíso Terrestre na obra de Dante Alighieri entendemos que o poeta florentino apresenta uma idéia um tanto distinta daquela corrente em seu tempo. A originalidade não estaria no requinte imaginativo da descrição da paisagem idílica, e sim pela concepção de um lugar de realização da "beatitudinem scilicet huius vite". Mais do que um lugar propriamente entendido, representaria um espaço-tempo de realização da "temporalem felicitatem", onde o florentino se permite pensar numa sociedade idealizada como etapa perfeita antes da "beatitudinem vite eterne". Dante refere-se a um espaço-tempo estreitamente vinculado à conquista política do imperador, que não estaria localizado em um mundo distante e que poderia ser alcançado através da participação de todo o gênero humano na busca do fim temporal que lhe foi conferido pela divina Providência. Este espaço-tempo seria superado pelo homem no caminho até Deus, e, desta forma, poderíamos compreendê-lo como um estágio de desenvolvimento da alma humana no percurso até a beatitude da vida eterna.
  • 2009-03 A exemplaridade nas representações do feminino no final da Idade Média - o exemplo do Decamerão e do De mulieribus claris de Boccaccio (Florença - século XIV)
    Título
    A exemplaridade nas representações do feminino no final da Idade Média - o exemplo do Decamerão e do De mulieribus claris de Boccaccio (Florença - século XIV)
    Autor
    Ana Carolina Lima Almeida
    Orientador(a)
    Vânia Leite Fróes
    Data de Defesa
    2009-03-26
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    165
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Edmar Checon de Freitas
    Francisco José Silva Gomes
    Miriam Cabral Coser
    Roberto Godofredo Fabri Ferreira
    Vânia Leite Fróes

    Resumo
    Estudo do uso do projeto de Giovanni Boccaccio para o gênero feminino, sobretudo, das virtudes que o autor propõe às mulheres, no Decamerão e no De mulieribus claris, para a vivência na cidade. O projeto de exemplaridade de Boccaccio para o feminino está associado à recuperação da vida urbana na Florença de meados do século XIV.


  • 2009-03 O moderno em aberto: O mundo das artes em Belém do Pará e a pintura de Antonieta Santos Feio
    Título
    O moderno em aberto: O mundo das artes em Belém do Pará e a pintura de Antonieta Santos Feio
    Autor
    Caroline Fernandes Silva
    Orientador(a)
    Paulo Knauss de Mendonça
    Data de Defesa
    2009-03-26
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    186
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Ana Maria Mauad de Sousa Andrade Essus
    Luciene Lehmkuhl
    Maraliz de Castro Vieira Christo
    Paulo Knauss de Mendonça
    Paulo Knauss de Mendonça
    Roberto Luís Torres Conduru

    Resumo
    No Brasil, a diversidade surgida das experiências artísticas regionais e locais permitiu o desenvolvimento de uma produção heterogênea ao longo do século XX. Os mundos da arte na cidade de Belém do Pará são o ponto de partida deste trabalho para a análise das obras de arte e dos vários significados atribuídos a elas. Nesse intuito, foram percorridos os caminhos da construção de uma coleção pública, a Pinacoteca Municipal, passando pela oficialização dos salões de arte na década de 1940, como parte do processo de institucionalização das artes na capital do estado e, finalmente, acompanhando a trajetória da pintora paraense Antonieta Santos Feio, suas incursões e diálogos com o moderno.


  • 2009-03 As duas faces da realeza na Castela do século XIII: Os reinados de Fernando III e Afonso X.
    Título
    As duas faces da realeza na Castela do século XIII: Os reinados de Fernando III e Afonso X.
    Autor
    Almir Marques de Souza Junior
    Orientador(a)
    Mário Jorge da Motta Bastos
    Data de Defesa
    2009-03-25
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    188
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Andréia Cristina Lopes Frazão da Silva
    Edmar Checon de Freitas
    Leila Rodrigues da Silva
    Mário Jorge da Motta Bastos
    Vânia Leite Fróes

    Resumo
    Esta pesquisa analisa as formas de representação e as imagens da realeza castelhano-leonesa no século XIII. Nosso foco recairá, principalmente, sobre dois reinados em particular, os de Fernando III (1217-1252) e de Afonso X (1252-1284), monarcas cujas autoridades tomaram, aparentemente, bases distintas. O primeiro, apresentava-se como um rei guerreiro, um cavaleiro a serviço de Cristo, que, assim como os cruzados, combatia os inimigos da fé. O segundo afirmou-se como um rei letrado, autor de belas obras, um trovador, um amante da cultura e das leis, um rei sábio. Tendo em vista que ambos os governantes sucederam-se no trono, abordamos as razões que fomentaram a projeção de imagens tão díspares em contextos tão próximos. Com base na análise de fontes primárias de natureza diversa, evidencia-se a íntima articulação entre estas representações mentais. Na medida em que convergiam para os mesmos objetivos, ambas buscavam glorificar e enaltecer a figura régia como supremo elemento da articulação política do reino.


  • 2009-03 As Mulheres de " Paraiburgo": representações de gênero em jornais de Juiz de Fora/MG (1964 a 1975)
    Título
    As Mulheres de " Paraiburgo": representações de gênero em jornais de Juiz de Fora/MG (1964 a 1975)
    Autor
    Rita de Cássia Vianna Rosa
    Orientador(a)
    Rachel Soihet
    Data de Defesa
    2009-03-24
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    293
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Margaret Marchiori Bakos
    Rachel Soihet
    Samantha Viz Quadrat
    Sonia Cristina da Fonseca Machado Lino
    Suely Gomes Costa

    Resumo
    Este estudo tem como objetivo analisar as representações de gênero construídas na imprensa de Juiz de Fora no período de 1964 a 1975, com ênfase nos jornais: o Diário Mercantil e o Diário da Tarde. Editados em uma cidade do interior de Minas Gerais em um contexto de ditadura no Brasil e também de avanços em termos de conquistas femininas, os referidos jornais contribuíram na demarcação de espaços delimitados por fronteiras nem sempre visíveis, que deveriam ser ocupados por mulheres dos diversos segmentos da sociedade. Assim, as representações de gênero valorizaram determinados grupos de mulheres e reportaram com negatividade aquelas que não estavam em consonância com valores defendidos pela sociedade, que valorizava a mulher atenta ao "ser’ e "parecer direita".


  • 2009-03 A Construção de Modelos e Contramodelos Régios na Obra de Fernão Lopes (século XV)
    Título
    A Construção de Modelos e Contramodelos Régios na Obra de Fernão Lopes (século XV)
    Autor
    Augusto Ricardo Effgen
    Orientador(a)
    Roberto Godofredo Fabri Ferreira
    Data de Defesa
    2009-03-24
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    164
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Edmar Checon de Freitas
    Gracilda Alves
    Miriam Cabral Coser
    Roberto Godofredo Fabri Ferreira
    Vânia Leite Fróes

    Resumo
    Nesse estudo analisa-se a construção das imagens régias nas crônicas de Fernão Lopes, escritas na primeira metade do século XV. Além das três crônicas reconhecidas como de sua autoria, Crônica de D. Pedro, Crônica de D. Fernando e Crônica de D. João I, foi inserida, no conjunto de sua obra, a Crônica de Portugal de 1419. Sucedendo a dinastia de Borgonha, a dinastia de Avis ascendeu ao poder possuindo D. João I, o mestre de Avis, como seu primeiro monarca. Produzidas sob o incentivo da casa real de Avis, essas crônicas fazem parte do projeto de legitimação e afirmação dessa nova dinastia. Em seu conteúdo textual são estudadas as imagens régias passiveis de serem classificadas como modelos ou contramodelos de reis portugueses. A partir da análise semântica que privilegia as relações de associação, oposição e identidade, busca-se compreender os processos de construção dessas imagens. Demonstrando as qualidades, vícios e virtudes inerentes a cada uma delas, foram selecionadas as imagens de D. Afonso Henriques, D. Dinis e D. João I como imagens de reis modelares, e as de D. Fernando e D. Sancho II como contramodelos de reis.


  • 2009-03 O olhar decorativo: Ambientes domésticos em fins do Século XIX no Rio de Janeiro
    Título
    O olhar decorativo: Ambientes domésticos em fins do Século XIX no Rio de Janeiro
    Autor
    Marize Malta Teixeira
    Orientador(a)
    Paulo Knauss de Mendonça
    Data de Defesa
    2009-03-23
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    413
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Ana Maria Mauad de Sousa Andrade Essus
    Ana Maria Tavares Cavalcanti
    Maria Inez Turazzi
    Nelson Schapochnik
    Paulo Knauss de Mendonça
    Rafael Cardoso Denis
    Sonia Gomes Pereira

    Resumo
    Algumas casas na cidade do Rio de Janeiro por volta do último quarto do século XIX se destacaram por representar um modo diferente de pensar seus espaços interiores. A decoração tornou-se assunto de interesse crescente pelas famílias da boa sociedade, atraindo grande quantidade e diversidade de móveis e objetos porta adentro. Ver esses ambientes domésticos como lugares decorativos demandaram um olhar específico - o olhar decorativo. A partir do conceito de cultura visual, procuramos enfrentar a problemática do decorativo quanto à sua definição, historicidade, natureza, valorização, representação. Trabalhamos com dois grandes eixos de fontes: um em que se evidencia a educação do olhar decorativo e o outro que lida com a construção das competências visuais que possibilitaram e deram visibilidade ao decorativo, por intermédio de fontes visuais e/ou textuais.
  • 2009-03 Trabalho e desemprego na Argentina (1996-2007): constituição da subjetividade e da ação política dos grupos subalternos
    Título
    Trabalho e desemprego na Argentina (1996-2007): constituição da subjetividade e da ação política dos grupos subalternos
    Autor
    Renake Bertholdo David Das Neves
    Orientador(a)
    Norberto Osvaldo Ferreras
    Data de Defesa
    2009-03-23
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    153
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    José Ricardo Garcia Pereira Ramalho
    Marcelo Badaró Mattos
    Norberto Osvaldo Ferreras
    Paulo Roberto Ribeiro Fontes
    Virginia Maria Gomes de Mattos Fontes

    Resumo
    Esta dissertação pretende apresentar alguns aspectos da constituição da subjetividade da classe trabalhadora no capitalismo contemporâneo tomando como objeto de análise a fração dos grupos subalternos que constitui o Movimento de Trabalhadores Desempregados na Argentina. Após uma contextualização socioeconômica, procedemos a um exame da formação das organizações piqueteiras nos bairros pobres da Grande Buenos Aires, tentando mostrar como, de maneira geral, estas requalificaram o fenômeno de "inscrição territorial" que vinha se desenvolvendo desde os anos 1980, dentro de um processo de repolitização dos grupos subalternos nos grandes centros urbanos do país. A politicidade constituída por estes movimentos permitiria que os trabalhadores sumamente precarizados possam se organizar como classe, legando-lhes ferramentas para que lutem contra as tentativas das classes dominantes de estimular ações pautadas no nível mais imediato da consciência política, o econômicocorporativo. Também constatamos, no caso das organizações piqueteiras mais críticas às formas de expressão política representada pelos partidos políticos tradicionais e os sindicatos burocratizados, algumas transformações significativas na relação entre indivíduo e comunidade. A última parte de nosso trabalho se dedica a algumas considerações sobre a construção da consciência de classe, a importância do trabalho na edificação de identidades, e as contribuições de certas formas de organização dos MTDs para a militância da classe trabalhadora no capitalismo contemporâneo. A teoria do estranhamento tal como debatida no campo do marxismo nos é fundamental para apreender todo o processo que exposto nessa dissertação.


  • 2009-03 Limites do ultramar português, possibilidades para Angola: O debate político em torno do problema colonial (1951-1975)
    Título
    Limites do ultramar português, possibilidades para Angola: O debate político em torno do problema colonial (1951-1975)
    Autor
    Carolina Barros Tavares Peixoto
    Orientador(a)
    Marcelo Bittencourt Ivair Pinto
    Data de Defesa
    2009-03-20
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    184
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Alexsander Lemos de Almeida Gebara
    Flavio Limoncic
    Marcelo Bittencourt Ivair Pinto
    Mariza de Carvalho Soares
    Silvio de Almeida Carvalho Filho

    Resumo
    Considerando o colonialismo e o anti-colonialismo como contrários dialéticos, investigamos as idéias que orientaram as ações políticas de portugueses e angolanos em busca de soluções para o problema colonial entre 1951 e 1975. Analisando as múltiplas leituras sobre o tema e o amplo leque de possibilidades imaginadas e debatidas pelos agentes sociais atuantes no processo histórico em questão, esperamos esclarecer a complexa dinâmica das discussões que permitiram a construção da independência de Angola


  • 2009-03 Vida Pública e Vida Privada no Egito do Reino Médio (c.2040 - 1640 a.C.)
    Título
    Vida Pública e Vida Privada no Egito do Reino Médio (c.2040 - 1640 a.C.)
    Autor
    Liliane Cristina Coelho
    Orientador(a)
    Ciro Flamarion Santana Cardoso
    Data de Defesa
    2009-03-20
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    278
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    André Leonardo Chevitarese
    Ciro Flamarion Santana Cardoso
    Margaret Marchiori Bakos
    Regina Maria da Cunha Bustamante

    Resumo
    A cidade de Kahun foi construída durante o Reino Médio por ordem do faraó Senusret II para abrigar os artesãos responsáveis pela construção de sua pirâmide e os sacerdotes que estavam a serviço de seu culto funerário. Dividida em duas partes, uma formada por casas pequenas habitadas pelos trabalhadores e outra composta por grandes residências que abrigavam a elite, nela foram encontrados muitos artefatos que podem nos ajudar para a construção de uma história da vida pública e da vida privada de seus habitantes. Buscando este objetivo, partimos, num primeiro momento, da análise da arquitetura doméstica presente no assentamento urbano e das atividades que eram desenvolvidas em cada um dos ambientes de uma casa, para a definição dos espaços como públicos, privados ou de serviço dentro das residências. O intento foi possível por meio do estudo dos objetos encontrados em cada ambiente e da comparação com dados provenientes de outras localidades. Em seguida, partimos para uma análise da iconografia, buscando determinar os aspectos públicos e privados em cada uma das fases da vida, do nascimento à morte. Por fim, o mesmo objetivo orientou a análise de fontes escritas, dentre as quais foi dada uma maior ênfase aos papiros localizados em uma das casas da cidade de Kahun.


  • 2009-03 O plebiscito de 1963: inflexão de forças na crise orgânica dos anos sessenta
    Título
    O plebiscito de 1963: inflexão de forças na crise orgânica dos anos sessenta
    Autor
    Demian Bezerra de Melo
    Orientador(a)
    Virginia Maria Gomes de Mattos Fontes
    Data de Defesa
    2009-03-18
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    236
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Marcelo Badaró Mattos
    Renato Luís do Couto Neto E Lemos
    Sonia Regina de Mendonça
    Teones Pimenta de França
    Virginia Maria Gomes de Mattos Fontes

    Resumo
    Este trabalho discute as lutas políticas levadas a cabo pelo presidente João Goulart (1961- 1964) e um amplo espectro de forças políticas pela liquidação do sistema parlamentarista. Este último foi instituído de forma casuística após a crise política provocada pela renúncia de Jânio Quadros em agosto de 1961, e a tentativa dos ministros militares deste em impedir que o vice-Presidente, João Goulart, assumisse o Executivo federal. Na emenda constitucional que instituiu o parlamentarismo (o Ato Adicional), era prevista a realização de um plebiscito (ou referendum), em princípios de 1965, que decidiria pela continuidade ou não do novo sistema de governo. Desde sua posse, Goulart deixou clara sua intenção de antecipar o referendum e retornar o mais rápido possível ao sistema presidencialista. Para isto contou com a ajuda de lideranças políticas interessadas em concorrer às eleições presidenciais em 1965, como Magalhães Pinto, Juscelino Kubitschek, Leonel Brizola, forças políticas da esquerda, como comunistas e trabalhistas – que dirigiam importantes entidades do movimento sindical e popular – além de militares nacionalistas e alguns setores da imprensa. Em 15 de setembro de 1962, tais forças políticas conseguiram que o Congresso aprovasse a antecipação da consulta popular para o dia 6 de janeiro de 1963, quando o parlamentarismo foi rejeitado pela maior parte dos eleitores, numa proporção de cinco a cada seis.


  • 2009-03 Medal of Honor e a construção da memória da II Guerra Mundial
    Título
    Medal of Honor e a construção da memória da II Guerra Mundial
    Autor
    Christiano Britto Monteiro Dos Santos
    Orientador(a)
    Samantha Viz Quadrat
    Data de Defesa
    2009-03-18
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    128
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Ana Maria Mauad de Sousa Andrade Essus
    Cecília da Silva Azevedo
    Francisco Carlos Teixeira da Silva
    Sabrina Evangelista Medeiros
    Samantha Viz Quadrat

    Resumo
    Esta dissertação analisa a construção de tipos de memórias da Segunda Guerra Mundial e de guerras, através da produção dos videogames, mais especificamente a série Medal of honor. Expõe os jogos eletrônicos como recurso de exposição de visões peculiares sobre eventos históricos. Dentro desta possibilidade a contribuição de Spielberg e Stephen Ambrose para a produção e divulgação de um conjunto de ícones ideais, que são atribuídos aos veteranos da Segunda Guerra Mundial.


  • 2009-03 De "Ares e Luzes" a "Inferno Humano". Concepções e práticas psiquiátricas no Hospital Colônia de Barbacena: 1946-1979. Estudo de Caso
    Título
    De "Ares e Luzes" a "Inferno Humano". Concepções e práticas psiquiátricas no Hospital Colônia de Barbacena: 1946-1979. Estudo de Caso
    Autor
    Maristela Nascimento Duarte
    Orientador(a)
    Izabel Christina Friche Passos
    Data de Defesa
    2009-03-16
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    292
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    André Luiz Vieira de Campos
    Cristiana Facchinetti
    Gladys Sabina Ribeiro
    Izabel Christina Friche Passos
    Magali Gouveia Engel
    Paulo Duarte de Carvalho Amarante
    Vantuil Pereira

    Resumo
    Este trabalho faz uma análise das concepções e práticas que influenciaram o Hospital Colônia de Barbacena no período de 1946 a 1979. Utilizando fontes primárias impressas e recursos de história oral por meio de entrevistas, buscou-se recuperar as concepções e práticas presentes no campo psiquiátrico mineiro e, principalmente, no Hospital Colônia de Barbacena. Fez-se importante, ainda, buscar em abordagens elaboradas por diversos autores as transformações econômicas, sociais e políticas ocorridas no Brasil durante o período enfocado por esse estudo. Essas fontes forneceram substrato teórico que possibilitou uma articulação teórica sobre os desenvolvimentos político (construção da Nação) e econômico (planos de desenvolvimento econômico). Nesse sentido, identificou-se e analisou-se a assistência prestada pelas políticas de saúde e de saúde mental e seus respectivos impactos nas instituições psiquiátricas. Com isso, demonstrou-se que a opção do governo em priorizar a assistência médica individual e curativa em detrimento da saúde coletiva aprofundou ainda mais a precarização dos hospitais psiquiátricos públicos. Além disso, apesar do surgimento de inovações na assistência e no tratamento dos doentes mentais, ainda persistiram aquelas concepções e práticas que sustentavam o modelo manicomial predominante, principalmente nos hospitais psiquiátricos públicos. No caso do Hospital Colônia de Barbacena, notou-se, que o HCB ficou voltado exclusivamente ao controle e ao isolamento dos internos para ali enviados e que muitos deles morreram devido à precarização do asilamento prestado por aquela instituição.


  • 2009-03 Os Judeus em Niterói: Imigração, Cidade e Memória 1910-1980
    Título
    Os Judeus em Niterói: Imigração, Cidade e Memória 1910-1980
    Autor
    Andréa Telo da Côrte
    Orientador(a)
    Ismênia de Lima Martins
    Data de Defesa
    2009-03-11
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    538
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Ismênia de Lima Martins
    Lená Medeiros de Menezes
    Maria Luiza Tucci Carneiro
    Mariléia Franco Marinho Inoue
    Monica Grin Monteiro de Barros
    Rachel Soihet
    Sydenham Loureço Neto

    Resumo
    Ao focalizar o caso particular da imigração de judeus para Niterói e a posterior formação de uma comunidade judaica local entre 1910 e 1980, pretende-se, de modo geral, analisar os processos sócio-culturais de formação e transformação da comunidade judaica local, entrelaçada às profundas modificações políticas experimentadas pelo Brasil, no período, e em particular pela cidade de Niterói, capital do Estado do Rio de Janeiro até o ano de 1974. Especificamente, investiga-se como os "judeus" que chegaram a Niterói na primeira metade do século XX, originários, em sua maioria, da Polônia, Rússia, e da antiga Bessarábia, vão, recortados por todo tipo de conflitos — ideológicos, de classe, nacionais e lingüísticos, constituir novas identificações, negociar antigas e novas e forjar, uma identidade particular entre as diversas comunidades judaicas brasileiras, e em meio ao tumultuado contexto político do século XX no país. No tocante ao tema da cidade, trata-se de refletir sobre o processo de territorialização vivido pelo grupo no espaço urbano de Niterói, em um cenário político-econômico instável e que incluiu, ainda, uma árdua disputa por território físico e trabalho, com outros grupos étnicos e sociais. Finalmente, a delicada relação entre história e memória é posta em evidência ao longo do texto.


  • 2009-01 Heitor Villa-Lobos, O Músico Educador
    Título
    Heitor Villa-Lobos, O Músico Educador
    Autor
    Mirelle Ferreira Borges
    Orientador(a)
    Jorge Luiz Ferreira
    Data de Defesa
    2009-01-14
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    131
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Francisco Carlos Palomanes Martinho
    Jorge Luiz Ferreira
    Rebeca Gontijo Teixeira
    Ricardo Figueiredo de Castro

    Resumo
    A dissertação aborda as idéias de Heitor Villa-Lobos, contextualizando-as historicamente. A partir dos anos de 1930, o maestro colocou em prática o seu projeto do canto orfeônico cujo objetivo era ensinar a música nas escolas, despertar o civismo e unir a nação, que cantaria a uma só voz. Apresentando a sua estética monumental, Villa-Lobos inseriu-se num grupo de intelectuais que, a partir do apoio estatal, percebeu a possibilidade de colocar em prática os seus projetos. Para isso, trabalhou intensamente na organização dos espetáculos orfeônicos, que contavam com a presença de inúmeros políticos importantes e atuantes no período. À frente da SEMA (Superintendência de Educação Musical e Artística), o maestro organizava a estrutura administrativa necessária à implementação do seu ideal. Pretendo recuperar o pensamento de Villa-Lobos enquanto educador e analisar a relação entre Estado e Intelectuais no período de 1932 a 1945 utilizando os conceitos e métodos oferecidos pela História das Idéias e pela História Política Renovada.


  • 2009-01 O Banco Mundial como ator político, intelectual e financeiro (1944-2008)
    Título
    O Banco Mundial como ator político, intelectual e financeiro (1944-2008)
    Autor
    João Márcio Mendes Pereira
    Orientador(a)
    Virginia Maria Gomes de Mattos Fontes
    Data de Defesa
    2009-01-13
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    384
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Bernardo Kocher
    Carlos Walter Porto Gonçalves
    José Luis da Costa Fiori
    Marcela Alejandra Pronko
    Roberto Leher
    Virginia Maria Gomes de Mattos Fontes

    Resumo
    O foco desta pesquisa é a ação do Banco Mundial, as pressões que a modelaram e os interesses a que serviu ao longo da sua história. O trabalho se apóia empiricamente em fontes documentais do próprio Banco e em extensa literatura estrangeira. A hipótese central é de que o Banco age, desde as suas origens, como um ator político, intelectual e financeiro, e o faz devido à sua condição singular de emprestador, formulador de políticas, ator social e produtor e/ou veiculador de idéias sobre o que fazer, como fazer, quem deve fazer e para quem em matéria de desenvolvimento capitalista. Ao longo da sua história, o Banco sempre explorou a sinergia entre dinheiro, prescrições políticas e conhecimento econômico para ampliar sua influência e institucionalizar sua pauta de políticas em âmbito nacional, tanto por meio da coerção (constrangimento junto a outros financiadores e bloqueio de empréstimos) como, mais frequentemente, da persuasão (diálogo com governos e assistência técnica). A tese mostra que os atributos de poder que gradualmente deram ao Banco uma condição ímpar entre as demais organizações internacionais criadas no pós-guerra decorreram de contingências históricas, decisões institucionais e, fundamentalmente, da supremacia norteamericana. O Banco foi, em grande medida, uma criação dos Estados Unidos e a sua subida à condições de organização internacional relevante foi escorada, do ponto de vista político e financeiro, pelos EUA, que sempre foram o maior acionista e o membro mais influente. As relações com os EUA, sob a forma de apoio, injunções e críticas, foram decisivas para o crescimento e a configuração geral das políticas e práticas institucionais do Banco. Em troca, os EUA se beneficiaram largamente da ação do Banco em termos econômicos e políticos, mais do que qualquer outro grande acionista, tanto no curto como no longo prazos. As relações com o poder norte-americano foram e continuam sendo fundamentais para a definição da direção, da estrutura operacional e das formas de atuação do Banco. Por sua vez, a política norte-americana para o Banco sempre foi objeto de disputa entre interesses empresariais, financeiros, político, ideológicos e de segurança diversos, às vezes radicalmente diversos, quanto ao papel da cooperação multilateral e da assistência externa ao desenvolvimento capitalista. Com o passar do tempo, tal disputa passou a envolver um número cada vez maior e diversificado de atores políticos e econômicos, inclusive organizações não-governamentais baseadas em Washington DC e internacionais.


  • 2009-01 A Athenas Equinocial: A fundação de um Maranhão no Império brasileiro
    Título
    A Athenas Equinocial: A fundação de um Maranhão no Império brasileiro
    Autor
    José Henrique de Paula Borralho
    Orientador(a)
    Magali Gouveia Engel
    Data de Defesa
    2009-01-08
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    334
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Adriana Facina Gurgel do Amaral
    Ilmar Rohloff de Mattos
    Magali Gouveia Engel
    Martha Campos Abreu
    Matthias Wolfram Orhan Röhrig Assunção
    Sonia Cristina da Fonseca Machado Lino
    Théo Lobarinhas Piñeiro

    Resumo
    Após o rompimento político com a antiga metrópole em 1822, Portugal, no Brasil, começavam a se desenhar projetos da nação pautados na coesão dos setores dominantes com o fito da manutenção dos estatutos da escravidão, dos interesses das frações das classes dirigentes, nos privilégios e na perpetuação da estrutura política que beneficiava determinados grupos existentes antes do rompimento. No Maranhão, a ligação com a antiga metrópole foi um empecilho, a principio, para a nova configuração política que se desenhava no Brasil, acrescentada da desconfiança do centralismo burocrático, capitaneado pelo Rio de Janeiro, fazendo com que a incorporação do Maranhão ao império só acontecesse em 28 de julho de 1823, sendo a penúltima província a "aderir" à independência brasileira, só superada pelo Pará. Uma vez rompidos os laços com Portugal, era a hora dos setores dominantes no Maranhão, famílias abastadas, organizarem o espaço de dominação sóciopolítico da província negociando a participação e a forma de estruturação da nação emergente, ou seja, articularem a inserção do Maranhão no império visando a permanência de seus privilégios. Em 1838 eclode a Balaiada, se estendendo até 1841, desorganizando a produção econômica pautada na agroexportação, radicalizando as diferenças entre os grupos dirigentes da província divididos entre cabanos e bem-te-vis, conservadores e liberais e, colocando em xeque a condição "civilizatória" da província. Alicerçado no boom econômico em virtude da agroexportação, a província passa a desfrutar de um refinamento material revestido em vários setores sociais, como educação, imprensa, teatro, viagens e, como resposta ao caos impetrado pela Balaiada, surge um projeto de formação de uma cultura oficial que desse visibilidade ao Maranhão perante as demais províncias. Tal projeto, pautado na escravidão, visou a exclusão de vários segmentos sociais, pois o referencial era o europeu, signatário da idéia clássica de civilização, cujo referente era a Grécia, supostamente o berço da civilização ocidental. Assim, surgiu o epíteto da Athenas Brasileira, o Maranhão, lugar onde havia florescido gênios como Manuel Odorico Mendes, Francisco Sotero dos Reis, Joaquim Gomes de Sousa, João Francisco Lisboa, Antonio Gonçalves Dias, entre outros, caracterizado como Grupo Maranhense, existente entre 1832 e 1868, quando desapareceu o Semanário Maranhense. Gerações posteriores a essa passaram a reproduzir esse semióforo ratificando a idéia de que o Maranhão seria a Athenas Brasileira. Enfim, o Maranhão seria a Athenas Brasileira, pois seus filhos ilustres na literatura, no jornalismo, na política e vários setores intelectuais, didatizavam a construção da nação participando decisivamente da emulação da vida pública brasileira, entre outras palavras, constituíam-se enquanto arquétipos dos signos da identidade nacional.


  • 2008-12 "A Árvore e o Fruto": A promoção dos intelectuais no século XIX
    Título
    "A Árvore e o Fruto": A promoção dos intelectuais no século XIX
    Autor
    Débora El-jaick Andrade
    Orientador(a)
    Humberto Fernandes Machado
    Data de Defesa
    2008-12-22
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    353
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Carlos Gabriel Guimarães
    Gladys Sabina Ribeiro
    Humberto Fernandes Machado
    José Luis Jobim de Salles Fonseca
    Lúcia Maria Paschoal Guimarães
    Tânia Maria Tavares Bessone da Cruz Ferreira
    Théo Lobarinhas Piñeiro

    Resumo
    Esta tese propõe-se a investigar a formação do campo literário no Brasil no período regencial até as primeiras décadas do Segundo Reinado. Parte da trajetória de quatro dos mais consagrados escritores do Império, Manuel de Araújo Porto Alegre, Domingos José Gonçalves de Magalhães, Joaquim Manuel de Macedo e Gonçalves Dias, para perceber as relações estabelecidas dentro do campo literário, a relação com outros campos em formação, com o Estado e com a classe dirigente imperial. Eles dedicaram-se a efetivar a independência cultural do Brasil, empenhando-se em organizar a cultura a partir das agências do Estado e de instituições por ele criadas ou mantidas. Esses escritores atuaram no jornalismo literário, nas principais revistas do período, a revista Niterói (1836), a Minerva Brasiliense (1843-1845) e o Guanabara (1849-1855), participando da promoção da literatura e principalmente dos literatos, poetas, artistas e eruditos. Esta promoção compreendia, sobretudo, a construção da auto-imagem do escritor, que se destinava a mudar a mentalidade da sociedade em relação aos poetas e artistas e poder integrá-los definitivamente à classe dirigente. Através das revistas, discursos, cartas e obras compreende-se sua visão de mundo, seu projeto para a sociedade e para o homem, ligado ao movimento intelectual do Romantismo.


  • 2008-12 O Império das Minas Gerais: Café e Poder na Zona da Mata Mineira, 1853 - 1893
    Título
    O Império das Minas Gerais: Café e Poder na Zona da Mata Mineira, 1853 - 1893
    Autor
    Luiz Fernando Saraiva
    Orientador(a)
    Carlos Gabriel Guimarães
    Data de Defesa
    2008-12-19
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    346
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Carlos Gabriel Guimarães
    Cezar Teixeira Honorato
    Geraldo de Beauclair Mendes de Oliveira
    José Jobson de Andrade Arruda
    Marco Morel
    Rômulo Garcia de Andrade

    Resumo
    A presente pesquisa aborda a formação da região da Zona da Mata mineira ao longo da segunda metade do século XIX, mais especificamente entre 1853 a 1893 em suas relações políticas e econômicas com o Império Brasileiro e também com o resto da província de Minas Gerais. O objetivo central é o de demonstrar como a montagem e expansão do complexo agro-exportador da cafeicultura pela região irá ocorrer concomitantemente ao aumento das disputas pelo poder político dentro da província de Minas e ainda na busca pelo poder junto ao Império Brasileiro representado pela corte no Rio de Janeiro. Na primeira parte apresentamos um breve relato da situação política das Minas Gerais no século XIX, apontando para os movimentos políticos que atravessaram a província e as formas como a Historiografia abordou os temas da regionalização, diversidade econômica e relações políticas dentro das Minas Gerais e em relação ao poder central no Rio de Janeiro. A segunda parte estuda a inserção da Zona da Mata mineira nestas relações de poder e da forma como a expansão da cafeicultura irá gerar uma classe consciente de seu papel de dirigentes no seio desta sociedade e que irá lutar pela hegemonia sobre a província no período final do estudo.
  • 2008-12 SINAL VERMELHO: a Triologia da Devoração de Oswald de Andrade: Censura e teatro no Estado Novo
    Título
    SINAL VERMELHO: a Triologia da Devoração de Oswald de Andrade: Censura e teatro no Estado Novo
    Autor
    Mirna Aragão de Medeiros
    Orientador(a)
    Adriana Facina Gurgel do Amaral
    Data de Defesa
    2008-12-15
    Nivel
    Mestrado
    Páginas
    154
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Adriana Facina Gurgel do Amaral
    Magali Gouveia Engel
    Marcelo Badaró Mattos
    Victor Hugo Adler Pereira

    Resumo
    Este trabalho pretende abordar a relação entre Estado Novo (1937-1945) a e censura teatral. Para tal, partimos do conceito de Estado ampliado, de Antonio Gramsci, que entende o Estado não apenas em seu sentido estritamente político, mas também cultural e ideológico. É importante ressaltar que nesse período a questão da cultura foi concebida visando a uma organização política, ou seja, à criação de instituições culturais próprias, destinadas à produção e à propagação da concepção de mundo e se utilizava do setor artístico para tal. Este campo era especialmente ligado ao governo Getúlio Vargas, e particularmente ao ministro Gustavo Capanema. Procuramos mostrar que além da censura do Serviço Nacional do Teatro (SNT) e a do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), existiam também a censura do gosto e a imposta através dos financiamentos estatais. Para tal, considerando que nos textos de Oswald de Andrade "A Morta", "O Rei da Vela", "O Homem e o Cavalo", dentre outros, há um caráter contrahegemônico, e levando em conta a afirmação de Bakhtin de que "a palavra é a arena onde se confrontam os valores sociais contraditórios; os conflitos da língua refletem os conflitos de classe no interior do mesmo sistema", tomaremos esses trabalhos como objeto de análise.


  • 2008-12 O culto ao Infante Santo e o projeto político de Avis (1438 - 1481)
    Título
    O culto ao Infante Santo e o projeto político de Avis (1438 - 1481)
    Autor
    Clinio de Oliveira Amaral
    Orientador(a)
    Vânia Leite Fróes
    Data de Defesa
    2008-12-05
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    374
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    Edmar Checon de Freitas
    Francisco José Silva Gomes
    Gracilda Alves
    Maria Beatriz de Mello E Souza
    Miriam Cabral Coser
    Roberto Godofredo Fabri Ferreira
    Vânia Leite Fróes

    Resumo
    Através da análise das hagiografias escritas sobre o d. Fernando, apresentam-se as características do seu culto. Ao enumerá-las, demonstra-se como a representação da santidade do Infante Santo foi construída com base em dois critérios que serviram para legitimar a expansão portuguesa durante o reinado de d. Afonso V (1438-1481). Inicialmente, associaram-se os episódios de sua vida à trajetória de um mártir. Em seguida, a imagem do seu martírio foi vinculada ao projeto expansionista. Objetiva-se demonstrar a relação entre o culto ao Infante Santo e a expansão portuguesa.


  • 2008-11 Pau que nasce torto, nunca se endireita! E quem é bom já nasce feito? Esterilização, Saneamento e Educação: uma leitura do Eugenismo em Renato Kehl (1917 - 37).
    Título
    Pau que nasce torto, nunca se endireita! E quem é bom já nasce feito? Esterilização, Saneamento e Educação: uma leitura do Eugenismo em Renato Kehl (1917 - 37).
    Autor
    Ricardo Augusto Dos Santos
    Orientador(a)
    Magali Gouveia Engel
    Data de Defesa
    2008-11-27
    Nivel
    Doutorado
    Páginas
    256
    Volumes
    1
    Banca de Defesa
    André Luiz Vieira de Campos
    José Roberto Franco Reis
    Luiz Antonio da Silva Teixeira
    Magali Gouveia Engel
    Marcelo Badaró Mattos
    Nilson Alves de Moraes
    Sonia Regina de Mendonça

    Resumo
    Este é um estudo sobre a Eugenia no Brasil. O movimento eugenista foi exuberante em nomes, títulos, instituições e publicações. Renato Kehl é a figura central para a nossa análise. Mas, não o deixaremos sozinho. Um intelectual carrega idéias, argumentos, dialoga e relaciona-se com outros atores. Sendo assim, para marcar a existência de um campo eugênico no Brasil visitaremos as idéias de outros intelectuais como o sanitarista Belisário Penna, o escritor Monteiro Lobato, o antropólogo Roquette-Pinto, o zoólogo Octavio Domingues, entre outros. Kehl foi um dos principais agentes sociais do campo eugênico brasileiro. Desde as primeiras décadas do século XX até a data de sua morte, em 1974, ele esteve envolvido com o debate sobre a pertinência da eugenia como o remédio para os vários males da sociedade. Participou da fundação de associações, organizou congressos e criou periódicos que promoviam a divulgação das idéias sobre a regeneração racial e social do país. Uma das principais marcas do discurso de Kehl era o seu pessimismo quanto ao futuro da nação brasileira. Para ele, a miscigenação racial conduziria o Brasil para uma catástrofe. Assim, somente com procedimentos eugênicos, como a educação higiênica e a esterilização, o país poderia tornar-se uma nação moderna e próspera.


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