Thèses
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2009-03 O moderno em aberto: O mundo das artes em Belém do Pará e a pintura de Antonieta Santos FeioTítuloO moderno em aberto: O mundo das artes em Belém do Pará e a pintura de Antonieta Santos FeioAutor
Caroline Fernandes SilvaOrientador(a)
Paulo Knauss de MendonçaData de Defesa
2009-03-26Nivel
MestradoPáginas
186Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusLuciene LehmkuhlMaraliz de Castro Vieira ChristoPaulo Knauss de MendonçaPaulo Knauss de MendonçaRoberto Luís Torres Conduru
ResumoNo Brasil, a diversidade surgida das experiências artísticas regionais e locais permitiu o desenvolvimento de uma produção heterogênea ao longo do século XX. Os mundos da arte na cidade de Belém do Pará são o ponto de partida deste trabalho para a análise das obras de arte e dos vários significados atribuídos a elas. Nesse intuito, foram percorridos os caminhos da construção de uma coleção pública, a Pinacoteca Municipal, passando pela oficialização dos salões de arte na década de 1940, como parte do processo de institucionalização das artes na capital do estado e, finalmente, acompanhando a trajetória da pintora paraense Antonieta Santos Feio, suas incursões e diálogos com o moderno.
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2009-03 As duas faces da realeza na Castela do século XIII: Os reinados de Fernando III e Afonso X.TítuloAs duas faces da realeza na Castela do século XIII: Os reinados de Fernando III e Afonso X.Autor
Almir Marques de Souza JuniorOrientador(a)
Mário Jorge da Motta BastosData de Defesa
2009-03-25Nivel
MestradoPáginas
188Volumes
1Banca de DefesaAndréia Cristina Lopes Frazão da SilvaEdmar Checon de FreitasLeila Rodrigues da SilvaMário Jorge da Motta BastosVânia Leite Fróes
ResumoEsta pesquisa analisa as formas de representação e as imagens da realeza castelhano-leonesa no século XIII. Nosso foco recairá, principalmente, sobre dois reinados em particular, os de Fernando III (1217-1252) e de Afonso X (1252-1284), monarcas cujas autoridades tomaram, aparentemente, bases distintas. O primeiro, apresentava-se como um rei guerreiro, um cavaleiro a serviço de Cristo, que, assim como os cruzados, combatia os inimigos da fé. O segundo afirmou-se como um rei letrado, autor de belas obras, um trovador, um amante da cultura e das leis, um rei sábio. Tendo em vista que ambos os governantes sucederam-se no trono, abordamos as razões que fomentaram a projeção de imagens tão díspares em contextos tão próximos. Com base na análise de fontes primárias de natureza diversa, evidencia-se a íntima articulação entre estas representações mentais. Na medida em que convergiam para os mesmos objetivos, ambas buscavam glorificar e enaltecer a figura régia como supremo elemento da articulação política do reino.
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2009-03 As Mulheres de " Paraiburgo": representações de gênero em jornais de Juiz de Fora/MG (1964 a 1975)TítuloAs Mulheres de " Paraiburgo": representações de gênero em jornais de Juiz de Fora/MG (1964 a 1975)Autor
Rita de Cássia Vianna RosaOrientador(a)
Rachel SoihetData de Defesa
2009-03-24Nivel
MestradoPáginas
293Volumes
1Banca de DefesaMargaret Marchiori BakosRachel SoihetSamantha Viz QuadratSonia Cristina da Fonseca Machado LinoSuely Gomes Costa
ResumoEste estudo tem como objetivo analisar as representações de gênero construídas na imprensa de Juiz de Fora no período de 1964 a 1975, com ênfase nos jornais: o Diário Mercantil e o Diário da Tarde. Editados em uma cidade do interior de Minas Gerais em um contexto de ditadura no Brasil e também de avanços em termos de conquistas femininas, os referidos jornais contribuíram na demarcação de espaços delimitados por fronteiras nem sempre visíveis, que deveriam ser ocupados por mulheres dos diversos segmentos da sociedade. Assim, as representações de gênero valorizaram determinados grupos de mulheres e reportaram com negatividade aquelas que não estavam em consonância com valores defendidos pela sociedade, que valorizava a mulher atenta ao "ser’ e "parecer direita".
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2009-03 A Construção de Modelos e Contramodelos Régios na Obra de Fernão Lopes (século XV)TítuloA Construção de Modelos e Contramodelos Régios na Obra de Fernão Lopes (século XV)Autor
Augusto Ricardo EffgenOrientador(a)
Roberto Godofredo Fabri FerreiraData de Defesa
2009-03-24Nivel
MestradoPáginas
164Volumes
1Banca de DefesaEdmar Checon de FreitasGracilda AlvesMiriam Cabral CoserRoberto Godofredo Fabri FerreiraVânia Leite Fróes
ResumoNesse estudo analisa-se a construção das imagens régias nas crônicas de Fernão Lopes, escritas na primeira metade do século XV. Além das três crônicas reconhecidas como de sua autoria, Crônica de D. Pedro, Crônica de D. Fernando e Crônica de D. João I, foi inserida, no conjunto de sua obra, a Crônica de Portugal de 1419. Sucedendo a dinastia de Borgonha, a dinastia de Avis ascendeu ao poder possuindo D. João I, o mestre de Avis, como seu primeiro monarca. Produzidas sob o incentivo da casa real de Avis, essas crônicas fazem parte do projeto de legitimação e afirmação dessa nova dinastia. Em seu conteúdo textual são estudadas as imagens régias passiveis de serem classificadas como modelos ou contramodelos de reis portugueses. A partir da análise semântica que privilegia as relações de associação, oposição e identidade, busca-se compreender os processos de construção dessas imagens. Demonstrando as qualidades, vícios e virtudes inerentes a cada uma delas, foram selecionadas as imagens de D. Afonso Henriques, D. Dinis e D. João I como imagens de reis modelares, e as de D. Fernando e D. Sancho II como contramodelos de reis.
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2009-03 O olhar decorativo: Ambientes domésticos em fins do Século XIX no Rio de JaneiroTítuloO olhar decorativo: Ambientes domésticos em fins do Século XIX no Rio de JaneiroAutor
Marize Malta TeixeiraOrientador(a)
Paulo Knauss de MendonçaData de Defesa
2009-03-23Nivel
DoutoradoPáginas
413Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusAna Maria Tavares CavalcantiMaria Inez TurazziNelson SchapochnikPaulo Knauss de MendonçaRafael Cardoso DenisSonia Gomes Pereira
ResumoAlgumas casas na cidade do Rio de Janeiro por volta do último quarto do século XIX se destacaram por representar um modo diferente de pensar seus espaços interiores. A decoração tornou-se assunto de interesse crescente pelas famílias da boa sociedade, atraindo grande quantidade e diversidade de móveis e objetos porta adentro. Ver esses ambientes domésticos como lugares decorativos demandaram um olhar específico - o olhar decorativo. A partir do conceito de cultura visual, procuramos enfrentar a problemática do decorativo quanto à sua definição, historicidade, natureza, valorização, representação. Trabalhamos com dois grandes eixos de fontes: um em que se evidencia a educação do olhar decorativo e o outro que lida com a construção das competências visuais que possibilitaram e deram visibilidade ao decorativo, por intermédio de fontes visuais e/ou textuais.
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2009-03 Trabalho e desemprego na Argentina (1996-2007): constituição da subjetividade e da ação política dos grupos subalternosTítuloTrabalho e desemprego na Argentina (1996-2007): constituição da subjetividade e da ação política dos grupos subalternosAutor
Renake Bertholdo David Das NevesOrientador(a)
Norberto Osvaldo FerrerasData de Defesa
2009-03-23Nivel
MestradoPáginas
153Volumes
1Banca de DefesaJosé Ricardo Garcia Pereira RamalhoMarcelo Badaró MattosNorberto Osvaldo FerrerasPaulo Roberto Ribeiro FontesVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoEsta dissertação pretende apresentar alguns aspectos da constituição da subjetividade da classe trabalhadora no capitalismo contemporâneo tomando como objeto de análise a fração dos grupos subalternos que constitui o Movimento de Trabalhadores Desempregados na Argentina. Após uma contextualização socioeconômica, procedemos a um exame da formação das organizações piqueteiras nos bairros pobres da Grande Buenos Aires, tentando mostrar como, de maneira geral, estas requalificaram o fenômeno de "inscrição territorial" que vinha se desenvolvendo desde os anos 1980, dentro de um processo de repolitização dos grupos subalternos nos grandes centros urbanos do país. A politicidade constituída por estes movimentos permitiria que os trabalhadores sumamente precarizados possam se organizar como classe, legando-lhes ferramentas para que lutem contra as tentativas das classes dominantes de estimular ações pautadas no nível mais imediato da consciência política, o econômicocorporativo. Também constatamos, no caso das organizações piqueteiras mais críticas às formas de expressão política representada pelos partidos políticos tradicionais e os sindicatos burocratizados, algumas transformações significativas na relação entre indivíduo e comunidade. A última parte de nosso trabalho se dedica a algumas considerações sobre a construção da consciência de classe, a importância do trabalho na edificação de identidades, e as contribuições de certas formas de organização dos MTDs para a militância da classe trabalhadora no capitalismo contemporâneo. A teoria do estranhamento tal como debatida no campo do marxismo nos é fundamental para apreender todo o processo que exposto nessa dissertação.
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2009-03 Limites do ultramar português, possibilidades para Angola: O debate político em torno do problema colonial (1951-1975)TítuloLimites do ultramar português, possibilidades para Angola: O debate político em torno do problema colonial (1951-1975)Autor
Carolina Barros Tavares PeixotoOrientador(a)
Marcelo Bittencourt Ivair PintoData de Defesa
2009-03-20Nivel
MestradoPáginas
184Volumes
1Banca de DefesaAlexsander Lemos de Almeida GebaraFlavio LimoncicMarcelo Bittencourt Ivair PintoMariza de Carvalho SoaresSilvio de Almeida Carvalho Filho
ResumoConsiderando o colonialismo e o anti-colonialismo como contrários dialéticos, investigamos as idéias que orientaram as ações políticas de portugueses e angolanos em busca de soluções para o problema colonial entre 1951 e 1975. Analisando as múltiplas leituras sobre o tema e o amplo leque de possibilidades imaginadas e debatidas pelos agentes sociais atuantes no processo histórico em questão, esperamos esclarecer a complexa dinâmica das discussões que permitiram a construção da independência de Angola
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2009-03 Vida Pública e Vida Privada no Egito do Reino Médio (c.2040 - 1640 a.C.)TítuloVida Pública e Vida Privada no Egito do Reino Médio (c.2040 - 1640 a.C.)Autor
Liliane Cristina CoelhoOrientador(a)
Ciro Flamarion Santana CardosoData de Defesa
2009-03-20Nivel
MestradoPáginas
278Volumes
1Banca de DefesaAndré Leonardo ChevitareseCiro Flamarion Santana CardosoMargaret Marchiori BakosRegina Maria da Cunha Bustamante
ResumoA cidade de Kahun foi construída durante o Reino Médio por ordem do faraó Senusret II para abrigar os artesãos responsáveis pela construção de sua pirâmide e os sacerdotes que estavam a serviço de seu culto funerário. Dividida em duas partes, uma formada por casas pequenas habitadas pelos trabalhadores e outra composta por grandes residências que abrigavam a elite, nela foram encontrados muitos artefatos que podem nos ajudar para a construção de uma história da vida pública e da vida privada de seus habitantes. Buscando este objetivo, partimos, num primeiro momento, da análise da arquitetura doméstica presente no assentamento urbano e das atividades que eram desenvolvidas em cada um dos ambientes de uma casa, para a definição dos espaços como públicos, privados ou de serviço dentro das residências. O intento foi possível por meio do estudo dos objetos encontrados em cada ambiente e da comparação com dados provenientes de outras localidades. Em seguida, partimos para uma análise da iconografia, buscando determinar os aspectos públicos e privados em cada uma das fases da vida, do nascimento à morte. Por fim, o mesmo objetivo orientou a análise de fontes escritas, dentre as quais foi dada uma maior ênfase aos papiros localizados em uma das casas da cidade de Kahun.
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2009-03 O plebiscito de 1963: inflexão de forças na crise orgânica dos anos sessentaTítuloO plebiscito de 1963: inflexão de forças na crise orgânica dos anos sessentaAutor
Demian Bezerra de MeloOrientador(a)
Virginia Maria Gomes de Mattos FontesData de Defesa
2009-03-18Nivel
MestradoPáginas
236Volumes
1Banca de DefesaMarcelo Badaró MattosRenato Luís do Couto Neto E LemosSonia Regina de MendonçaTeones Pimenta de FrançaVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoEste trabalho discute as lutas políticas levadas a cabo pelo presidente João Goulart (1961- 1964) e um amplo espectro de forças políticas pela liquidação do sistema parlamentarista. Este último foi instituído de forma casuística após a crise política provocada pela renúncia de Jânio Quadros em agosto de 1961, e a tentativa dos ministros militares deste em impedir que o vice-Presidente, João Goulart, assumisse o Executivo federal. Na emenda constitucional que instituiu o parlamentarismo (o Ato Adicional), era prevista a realização de um plebiscito (ou referendum), em princípios de 1965, que decidiria pela continuidade ou não do novo sistema de governo. Desde sua posse, Goulart deixou clara sua intenção de antecipar o referendum e retornar o mais rápido possível ao sistema presidencialista. Para isto contou com a ajuda de lideranças políticas interessadas em concorrer às eleições presidenciais em 1965, como Magalhães Pinto, Juscelino Kubitschek, Leonel Brizola, forças políticas da esquerda, como comunistas e trabalhistas – que dirigiam importantes entidades do movimento sindical e popular – além de militares nacionalistas e alguns setores da imprensa. Em 15 de setembro de 1962, tais forças políticas conseguiram que o Congresso aprovasse a antecipação da consulta popular para o dia 6 de janeiro de 1963, quando o parlamentarismo foi rejeitado pela maior parte dos eleitores, numa proporção de cinco a cada seis.
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2009-03 Medal of Honor e a construção da memória da II Guerra MundialTítuloMedal of Honor e a construção da memória da II Guerra MundialAutor
Christiano Britto Monteiro Dos SantosOrientador(a)
Samantha Viz QuadratData de Defesa
2009-03-18Nivel
MestradoPáginas
128Volumes
1Banca de DefesaAna Maria Mauad de Sousa Andrade EssusCecília da Silva AzevedoFrancisco Carlos Teixeira da SilvaSabrina Evangelista MedeirosSamantha Viz Quadrat
ResumoEsta dissertação analisa a construção de tipos de memórias da Segunda Guerra Mundial e de guerras, através da produção dos videogames, mais especificamente a série Medal of honor. Expõe os jogos eletrônicos como recurso de exposição de visões peculiares sobre eventos históricos. Dentro desta possibilidade a contribuição de Spielberg e Stephen Ambrose para a produção e divulgação de um conjunto de ícones ideais, que são atribuídos aos veteranos da Segunda Guerra Mundial.
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2009-03 De "Ares e Luzes" a "Inferno Humano". Concepções e práticas psiquiátricas no Hospital Colônia de Barbacena: 1946-1979. Estudo de CasoTítuloDe "Ares e Luzes" a "Inferno Humano". Concepções e práticas psiquiátricas no Hospital Colônia de Barbacena: 1946-1979. Estudo de CasoAutor
Maristela Nascimento DuarteOrientador(a)
Izabel Christina Friche PassosData de Defesa
2009-03-16Nivel
DoutoradoPáginas
292Volumes
1Banca de DefesaAndré Luiz Vieira de CamposCristiana FacchinettiGladys Sabina RibeiroIzabel Christina Friche PassosMagali Gouveia EngelPaulo Duarte de Carvalho AmaranteVantuil Pereira
ResumoEste trabalho faz uma análise das concepções e práticas que influenciaram o Hospital Colônia de Barbacena no período de 1946 a 1979. Utilizando fontes primárias impressas e recursos de história oral por meio de entrevistas, buscou-se recuperar as concepções e práticas presentes no campo psiquiátrico mineiro e, principalmente, no Hospital Colônia de Barbacena. Fez-se importante, ainda, buscar em abordagens elaboradas por diversos autores as transformações econômicas, sociais e políticas ocorridas no Brasil durante o período enfocado por esse estudo. Essas fontes forneceram substrato teórico que possibilitou uma articulação teórica sobre os desenvolvimentos político (construção da Nação) e econômico (planos de desenvolvimento econômico). Nesse sentido, identificou-se e analisou-se a assistência prestada pelas políticas de saúde e de saúde mental e seus respectivos impactos nas instituições psiquiátricas. Com isso, demonstrou-se que a opção do governo em priorizar a assistência médica individual e curativa em detrimento da saúde coletiva aprofundou ainda mais a precarização dos hospitais psiquiátricos públicos. Além disso, apesar do surgimento de inovações na assistência e no tratamento dos doentes mentais, ainda persistiram aquelas concepções e práticas que sustentavam o modelo manicomial predominante, principalmente nos hospitais psiquiátricos públicos. No caso do Hospital Colônia de Barbacena, notou-se, que o HCB ficou voltado exclusivamente ao controle e ao isolamento dos internos para ali enviados e que muitos deles morreram devido à precarização do asilamento prestado por aquela instituição.
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2009-03 Os Judeus em Niterói: Imigração, Cidade e Memória 1910-1980TítuloOs Judeus em Niterói: Imigração, Cidade e Memória 1910-1980Autor
Andréa Telo da CôrteOrientador(a)
Ismênia de Lima MartinsData de Defesa
2009-03-11Nivel
DoutoradoPáginas
538Volumes
1Banca de DefesaIsmênia de Lima MartinsLená Medeiros de MenezesMaria Luiza Tucci CarneiroMariléia Franco Marinho InoueMonica Grin Monteiro de BarrosRachel SoihetSydenham Loureço Neto
ResumoAo focalizar o caso particular da imigração de judeus para Niterói e a posterior formação de uma comunidade judaica local entre 1910 e 1980, pretende-se, de modo geral, analisar os processos sócio-culturais de formação e transformação da comunidade judaica local, entrelaçada às profundas modificações políticas experimentadas pelo Brasil, no período, e em particular pela cidade de Niterói, capital do Estado do Rio de Janeiro até o ano de 1974. Especificamente, investiga-se como os "judeus" que chegaram a Niterói na primeira metade do século XX, originários, em sua maioria, da Polônia, Rússia, e da antiga Bessarábia, vão, recortados por todo tipo de conflitos — ideológicos, de classe, nacionais e lingüísticos, constituir novas identificações, negociar antigas e novas e forjar, uma identidade particular entre as diversas comunidades judaicas brasileiras, e em meio ao tumultuado contexto político do século XX no país. No tocante ao tema da cidade, trata-se de refletir sobre o processo de territorialização vivido pelo grupo no espaço urbano de Niterói, em um cenário político-econômico instável e que incluiu, ainda, uma árdua disputa por território físico e trabalho, com outros grupos étnicos e sociais. Finalmente, a delicada relação entre história e memória é posta em evidência ao longo do texto.
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2009-01 Heitor Villa-Lobos, O Músico EducadorTítuloHeitor Villa-Lobos, O Músico EducadorAutor
Mirelle Ferreira BorgesOrientador(a)
Jorge Luiz FerreiraData de Defesa
2009-01-14Nivel
MestradoPáginas
131Volumes
1Banca de DefesaFrancisco Carlos Palomanes MartinhoJorge Luiz FerreiraRebeca Gontijo TeixeiraRicardo Figueiredo de Castro
ResumoA dissertação aborda as idéias de Heitor Villa-Lobos, contextualizando-as historicamente. A partir dos anos de 1930, o maestro colocou em prática o seu projeto do canto orfeônico cujo objetivo era ensinar a música nas escolas, despertar o civismo e unir a nação, que cantaria a uma só voz. Apresentando a sua estética monumental, Villa-Lobos inseriu-se num grupo de intelectuais que, a partir do apoio estatal, percebeu a possibilidade de colocar em prática os seus projetos. Para isso, trabalhou intensamente na organização dos espetáculos orfeônicos, que contavam com a presença de inúmeros políticos importantes e atuantes no período. À frente da SEMA (Superintendência de Educação Musical e Artística), o maestro organizava a estrutura administrativa necessária à implementação do seu ideal. Pretendo recuperar o pensamento de Villa-Lobos enquanto educador e analisar a relação entre Estado e Intelectuais no período de 1932 a 1945 utilizando os conceitos e métodos oferecidos pela História das Idéias e pela História Política Renovada.
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2009-01 O Banco Mundial como ator político, intelectual e financeiro (1944-2008)TítuloO Banco Mundial como ator político, intelectual e financeiro (1944-2008)Autor
João Márcio Mendes PereiraOrientador(a)
Virginia Maria Gomes de Mattos FontesData de Defesa
2009-01-13Nivel
DoutoradoPáginas
384Volumes
1Banca de DefesaBernardo KocherCarlos Walter Porto GonçalvesJosé Luis da Costa FioriMarcela Alejandra PronkoRoberto LeherVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoO foco desta pesquisa é a ação do Banco Mundial, as pressões que a modelaram e os interesses a que serviu ao longo da sua história. O trabalho se apóia empiricamente em fontes documentais do próprio Banco e em extensa literatura estrangeira. A hipótese central é de que o Banco age, desde as suas origens, como um ator político, intelectual e financeiro, e o faz devido à sua condição singular de emprestador, formulador de políticas, ator social e produtor e/ou veiculador de idéias sobre o que fazer, como fazer, quem deve fazer e para quem em matéria de desenvolvimento capitalista. Ao longo da sua história, o Banco sempre explorou a sinergia entre dinheiro, prescrições políticas e conhecimento econômico para ampliar sua influência e institucionalizar sua pauta de políticas em âmbito nacional, tanto por meio da coerção (constrangimento junto a outros financiadores e bloqueio de empréstimos) como, mais frequentemente, da persuasão (diálogo com governos e assistência técnica). A tese mostra que os atributos de poder que gradualmente deram ao Banco uma condição ímpar entre as demais organizações internacionais criadas no pós-guerra decorreram de contingências históricas, decisões institucionais e, fundamentalmente, da supremacia norteamericana. O Banco foi, em grande medida, uma criação dos Estados Unidos e a sua subida à condições de organização internacional relevante foi escorada, do ponto de vista político e financeiro, pelos EUA, que sempre foram o maior acionista e o membro mais influente. As relações com os EUA, sob a forma de apoio, injunções e críticas, foram decisivas para o crescimento e a configuração geral das políticas e práticas institucionais do Banco. Em troca, os EUA se beneficiaram largamente da ação do Banco em termos econômicos e políticos, mais do que qualquer outro grande acionista, tanto no curto como no longo prazos. As relações com o poder norte-americano foram e continuam sendo fundamentais para a definição da direção, da estrutura operacional e das formas de atuação do Banco. Por sua vez, a política norte-americana para o Banco sempre foi objeto de disputa entre interesses empresariais, financeiros, político, ideológicos e de segurança diversos, às vezes radicalmente diversos, quanto ao papel da cooperação multilateral e da assistência externa ao desenvolvimento capitalista. Com o passar do tempo, tal disputa passou a envolver um número cada vez maior e diversificado de atores políticos e econômicos, inclusive organizações não-governamentais baseadas em Washington DC e internacionais.
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2009-01 A Athenas Equinocial: A fundação de um Maranhão no Império brasileiroTítuloA Athenas Equinocial: A fundação de um Maranhão no Império brasileiroAutor
José Henrique de Paula BorralhoOrientador(a)
Magali Gouveia EngelData de Defesa
2009-01-08Nivel
DoutoradoPáginas
334Volumes
1Banca de DefesaAdriana Facina Gurgel do AmaralIlmar Rohloff de MattosMagali Gouveia EngelMartha Campos AbreuMatthias Wolfram Orhan Röhrig AssunçãoSonia Cristina da Fonseca Machado LinoThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoApós o rompimento político com a antiga metrópole em 1822, Portugal, no Brasil, começavam a se desenhar projetos da nação pautados na coesão dos setores dominantes com o fito da manutenção dos estatutos da escravidão, dos interesses das frações das classes dirigentes, nos privilégios e na perpetuação da estrutura política que beneficiava determinados grupos existentes antes do rompimento. No Maranhão, a ligação com a antiga metrópole foi um empecilho, a principio, para a nova configuração política que se desenhava no Brasil, acrescentada da desconfiança do centralismo burocrático, capitaneado pelo Rio de Janeiro, fazendo com que a incorporação do Maranhão ao império só acontecesse em 28 de julho de 1823, sendo a penúltima província a "aderir" à independência brasileira, só superada pelo Pará. Uma vez rompidos os laços com Portugal, era a hora dos setores dominantes no Maranhão, famílias abastadas, organizarem o espaço de dominação sóciopolítico da província negociando a participação e a forma de estruturação da nação emergente, ou seja, articularem a inserção do Maranhão no império visando a permanência de seus privilégios. Em 1838 eclode a Balaiada, se estendendo até 1841, desorganizando a produção econômica pautada na agroexportação, radicalizando as diferenças entre os grupos dirigentes da província divididos entre cabanos e bem-te-vis, conservadores e liberais e, colocando em xeque a condição "civilizatória" da província. Alicerçado no boom econômico em virtude da agroexportação, a província passa a desfrutar de um refinamento material revestido em vários setores sociais, como educação, imprensa, teatro, viagens e, como resposta ao caos impetrado pela Balaiada, surge um projeto de formação de uma cultura oficial que desse visibilidade ao Maranhão perante as demais províncias. Tal projeto, pautado na escravidão, visou a exclusão de vários segmentos sociais, pois o referencial era o europeu, signatário da idéia clássica de civilização, cujo referente era a Grécia, supostamente o berço da civilização ocidental. Assim, surgiu o epíteto da Athenas Brasileira, o Maranhão, lugar onde havia florescido gênios como Manuel Odorico Mendes, Francisco Sotero dos Reis, Joaquim Gomes de Sousa, João Francisco Lisboa, Antonio Gonçalves Dias, entre outros, caracterizado como Grupo Maranhense, existente entre 1832 e 1868, quando desapareceu o Semanário Maranhense. Gerações posteriores a essa passaram a reproduzir esse semióforo ratificando a idéia de que o Maranhão seria a Athenas Brasileira. Enfim, o Maranhão seria a Athenas Brasileira, pois seus filhos ilustres na literatura, no jornalismo, na política e vários setores intelectuais, didatizavam a construção da nação participando decisivamente da emulação da vida pública brasileira, entre outras palavras, constituíam-se enquanto arquétipos dos signos da identidade nacional.
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2008-12 "A Árvore e o Fruto": A promoção dos intelectuais no século XIXTítulo"A Árvore e o Fruto": A promoção dos intelectuais no século XIXAutor
Débora El-jaick AndradeOrientador(a)
Humberto Fernandes MachadoData de Defesa
2008-12-22Nivel
DoutoradoPáginas
353Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesGladys Sabina RibeiroHumberto Fernandes MachadoJosé Luis Jobim de Salles FonsecaLúcia Maria Paschoal GuimarãesTânia Maria Tavares Bessone da Cruz FerreiraThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoEsta tese propõe-se a investigar a formação do campo literário no Brasil no período regencial até as primeiras décadas do Segundo Reinado. Parte da trajetória de quatro dos mais consagrados escritores do Império, Manuel de Araújo Porto Alegre, Domingos José Gonçalves de Magalhães, Joaquim Manuel de Macedo e Gonçalves Dias, para perceber as relações estabelecidas dentro do campo literário, a relação com outros campos em formação, com o Estado e com a classe dirigente imperial. Eles dedicaram-se a efetivar a independência cultural do Brasil, empenhando-se em organizar a cultura a partir das agências do Estado e de instituições por ele criadas ou mantidas. Esses escritores atuaram no jornalismo literário, nas principais revistas do período, a revista Niterói (1836), a Minerva Brasiliense (1843-1845) e o Guanabara (1849-1855), participando da promoção da literatura e principalmente dos literatos, poetas, artistas e eruditos. Esta promoção compreendia, sobretudo, a construção da auto-imagem do escritor, que se destinava a mudar a mentalidade da sociedade em relação aos poetas e artistas e poder integrá-los definitivamente à classe dirigente. Através das revistas, discursos, cartas e obras compreende-se sua visão de mundo, seu projeto para a sociedade e para o homem, ligado ao movimento intelectual do Romantismo.
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2008-12 O Império das Minas Gerais: Café e Poder na Zona da Mata Mineira, 1853 - 1893TítuloO Império das Minas Gerais: Café e Poder na Zona da Mata Mineira, 1853 - 1893Autor
Luiz Fernando SaraivaOrientador(a)
Carlos Gabriel GuimarãesData de Defesa
2008-12-19Nivel
DoutoradoPáginas
346Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesCezar Teixeira HonoratoGeraldo de Beauclair Mendes de OliveiraJosé Jobson de Andrade ArrudaMarco MorelRômulo Garcia de Andrade
ResumoA presente pesquisa aborda a formação da região da Zona da Mata mineira ao longo da segunda metade do século XIX, mais especificamente entre 1853 a 1893 em suas relações políticas e econômicas com o Império Brasileiro e também com o resto da província de Minas Gerais. O objetivo central é o de demonstrar como a montagem e expansão do complexo agro-exportador da cafeicultura pela região irá ocorrer concomitantemente ao aumento das disputas pelo poder político dentro da província de Minas e ainda na busca pelo poder junto ao Império Brasileiro representado pela corte no Rio de Janeiro. Na primeira parte apresentamos um breve relato da situação política das Minas Gerais no século XIX, apontando para os movimentos políticos que atravessaram a província e as formas como a Historiografia abordou os temas da regionalização, diversidade econômica e relações políticas dentro das Minas Gerais e em relação ao poder central no Rio de Janeiro. A segunda parte estuda a inserção da Zona da Mata mineira nestas relações de poder e da forma como a expansão da cafeicultura irá gerar uma classe consciente de seu papel de dirigentes no seio desta sociedade e que irá lutar pela hegemonia sobre a província no período final do estudo.
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2008-12 SINAL VERMELHO: a Triologia da Devoração de Oswald de Andrade: Censura e teatro no Estado NovoTítuloSINAL VERMELHO: a Triologia da Devoração de Oswald de Andrade: Censura e teatro no Estado NovoAutor
Mirna Aragão de MedeirosOrientador(a)
Adriana Facina Gurgel do AmaralData de Defesa
2008-12-15Nivel
MestradoPáginas
154Volumes
1Banca de DefesaAdriana Facina Gurgel do AmaralMagali Gouveia EngelMarcelo Badaró MattosVictor Hugo Adler Pereira
ResumoEste trabalho pretende abordar a relação entre Estado Novo (1937-1945) a e censura teatral. Para tal, partimos do conceito de Estado ampliado, de Antonio Gramsci, que entende o Estado não apenas em seu sentido estritamente político, mas também cultural e ideológico. É importante ressaltar que nesse período a questão da cultura foi concebida visando a uma organização política, ou seja, à criação de instituições culturais próprias, destinadas à produção e à propagação da concepção de mundo e se utilizava do setor artístico para tal. Este campo era especialmente ligado ao governo Getúlio Vargas, e particularmente ao ministro Gustavo Capanema. Procuramos mostrar que além da censura do Serviço Nacional do Teatro (SNT) e a do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), existiam também a censura do gosto e a imposta através dos financiamentos estatais. Para tal, considerando que nos textos de Oswald de Andrade "A Morta", "O Rei da Vela", "O Homem e o Cavalo", dentre outros, há um caráter contrahegemônico, e levando em conta a afirmação de Bakhtin de que "a palavra é a arena onde se confrontam os valores sociais contraditórios; os conflitos da língua refletem os conflitos de classe no interior do mesmo sistema", tomaremos esses trabalhos como objeto de análise.
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2008-12 O culto ao Infante Santo e o projeto político de Avis (1438 - 1481)TítuloO culto ao Infante Santo e o projeto político de Avis (1438 - 1481)Autor
Clinio de Oliveira AmaralOrientador(a)
Vânia Leite FróesData de Defesa
2008-12-05Nivel
DoutoradoPáginas
374Volumes
1Banca de DefesaEdmar Checon de FreitasFrancisco José Silva GomesGracilda AlvesMaria Beatriz de Mello E SouzaMiriam Cabral CoserRoberto Godofredo Fabri FerreiraVânia Leite Fróes
ResumoAtravés da análise das hagiografias escritas sobre o d. Fernando, apresentam-se as características do seu culto. Ao enumerá-las, demonstra-se como a representação da santidade do Infante Santo foi construída com base em dois critérios que serviram para legitimar a expansão portuguesa durante o reinado de d. Afonso V (1438-1481). Inicialmente, associaram-se os episódios de sua vida à trajetória de um mártir. Em seguida, a imagem do seu martírio foi vinculada ao projeto expansionista. Objetiva-se demonstrar a relação entre o culto ao Infante Santo e a expansão portuguesa.
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2008-11 Pau que nasce torto, nunca se endireita! E quem é bom já nasce feito? Esterilização, Saneamento e Educação: uma leitura do Eugenismo em Renato Kehl (1917 - 37).TítuloPau que nasce torto, nunca se endireita! E quem é bom já nasce feito? Esterilização, Saneamento e Educação: uma leitura do Eugenismo em Renato Kehl (1917 - 37).Autor
Ricardo Augusto Dos SantosOrientador(a)
Magali Gouveia EngelData de Defesa
2008-11-27Nivel
DoutoradoPáginas
256Volumes
1Banca de DefesaAndré Luiz Vieira de CamposJosé Roberto Franco ReisLuiz Antonio da Silva TeixeiraMagali Gouveia EngelMarcelo Badaró MattosNilson Alves de MoraesSonia Regina de Mendonça
ResumoEste é um estudo sobre a Eugenia no Brasil. O movimento eugenista foi exuberante em nomes, títulos, instituições e publicações. Renato Kehl é a figura central para a nossa análise. Mas, não o deixaremos sozinho. Um intelectual carrega idéias, argumentos, dialoga e relaciona-se com outros atores. Sendo assim, para marcar a existência de um campo eugênico no Brasil visitaremos as idéias de outros intelectuais como o sanitarista Belisário Penna, o escritor Monteiro Lobato, o antropólogo Roquette-Pinto, o zoólogo Octavio Domingues, entre outros. Kehl foi um dos principais agentes sociais do campo eugênico brasileiro. Desde as primeiras décadas do século XX até a data de sua morte, em 1974, ele esteve envolvido com o debate sobre a pertinência da eugenia como o remédio para os vários males da sociedade. Participou da fundação de associações, organizou congressos e criou periódicos que promoviam a divulgação das idéias sobre a regeneração racial e social do país. Uma das principais marcas do discurso de Kehl era o seu pessimismo quanto ao futuro da nação brasileira. Para ele, a miscigenação racial conduziria o Brasil para uma catástrofe. Assim, somente com procedimentos eugênicos, como a educação higiênica e a esterilização, o país poderia tornar-se uma nação moderna e próspera.
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2008-11 EM NOME DO REI: Direitos e Tributos Régios Minas Setecentistas (1730-1789)TítuloEM NOME DO REI: Direitos e Tributos Régios Minas Setecentistas (1730-1789)Autor
Luiz Antônio Silva AraujoOrientador(a)
Carlos Gabriel GuimarãesData de Defesa
2008-11-18Nivel
DoutoradoPáginas
303Volumes
1Banca de DefesaÂngelo Alves CarraraCaio Cesar BoschiCarlos Gabriel GuimarãesGeraldo de Beauclair Mendes de OliveiraLuciano Raposo de Almeida FigueiredoMaria Fernanda Baptista BicalhoVera Lucia Amaral Ferlini
ResumoA presente pesquisa tem como principal a atuação de negociantes lusitanos na arrematação de contratos de direitos e tributos régios no século XVII. O lócus principal da pesquisa é a Capitania de Minas Gerais e, neste caso, envolvendo contratos de entradas, dízimos e passagens. A atuação de amplitude imperial e atlântica destes negociantes levou a pesquisa para contratos de toda a América Portuguesa e da África. Assim, mesmo negociante que arrematava o contrato de cobrança de Entradas de Minas Gerais, arrematava, ou a ele estava vinculado, contratos como o do Estanco do Sal do Brasil e o de cobrança dos Direitos Novos de Angola. Estes contratadores, que tiveram seu período de hegemonia no período que se estende da década de 1730 à de 1760, organizavam-se em redes envolvendo titulares nos contratos, fiadores e procuradores. Entretanto, tais redes podem ser identificadas também por relações informais como o uso de testas-de-ferro nas arrematações. O período conhecido como pombalino (1750-1777) trouxe mudanças importantes no negócio dos contratos que resultaram num deslocamento do controle dos processos de arrematações de contratos. A partir da década de 1770, os contratos passaram a ser arrematados nas Juntas da Fazenda situadas nas capitanias, fortalecendo os grupos locais no controle dos contratos.
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2008-11 Entre Lustosa e João do Planalto - A Arte da Política na Cidade de Guarapuava (1930-1970)TítuloEntre Lustosa e João do Planalto - A Arte da Política na Cidade de Guarapuava (1930-1970)Autor
Walderez Pohl da SilvaOrientador(a)
Gladys Sabina RibeiroData de Defesa
2008-11-13Nivel
DoutoradoPáginas
209Volumes
1Banca de DefesaAngela Maria de Castro GomesCarlos Gabriel GuimarãesEdgar Avila GandraGizlene NederGladys Sabina RibeiroMarcelo de Souza Magalhães
Resumo"Entre Lustosa e João do Planalto – A arte da política na cidade de Guarapuava (1930 – 1970)" é o resultado do trabalho de pesquisa a respeito da trajetória política de um homem profundamente ligado à sua terra natal. Durante grande parte de sua vida, Antonio Lustosa de Oliveira dedicou-se a causas que acreditava poderem modificar circunstâncias desfavoráveis que envolviam Guarapuava. Tamanha era a intensidade dessa crença que a sua história raramente pode ser desvinculada do tempo histórico vivido pela cidade de sua época. Em um primeiro olhar, o que parece ser uma trajetória banal, comum àqueles cidadãos bem nascidos, cujos laços familiares e sociais facilitaram o acesso a posições de destaque na comunidade, adquire novos contornos quando se examina a literatura produzida por ele. Essa literatura o faz singular. O jornalismo e as obras literárias que ele produziu a respeito de Guarapuava impressionam pela intensidade com que iluminam a história política da cidade. Essa percepção norteou a seleção do objeto de estudo deste trabalho, que se ancora na evidência de que autor e obra se aliam para fornecer o recorte de um período e de uma maneira de ver esse período, delimitado entre as décadas de 1930 e 1970. Mais especificamente, trata-se de recuperar a visão de mundo do personagem, na qual os discursos embutidos em sua produção jornalística e literária constituem-se fontes fundamentais. Essas fontes refletem os jogos de poder local e a dimensão como esses jogos foram afetados pelos acontecimentos que se sucederam em escala estadual e nacional, permitindo esquadrinhar a atmosfera política da cidade e o modo como o personagem se situou nesse ambiente.
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2008-11 Entre a Miscigenação e a Multirracialização: Brasileiros Negros ou Negros Brasieiros? Os desafios do movimento negro brasileiro no período de valorização nacionalista (1930 - 1950) - A frente negra brasileira e o teatro experimental do negroTítuloEntre a Miscigenação e a Multirracialização: Brasileiros Negros ou Negros Brasieiros? Os desafios do movimento negro brasileiro no período de valorização nacionalista (1930 - 1950) - A frente negra brasileira e o teatro experimental do negroAutor
Laiana Lannes de OliveiraOrientador(a)
Martha Campos AbreuData de Defesa
2008-11-03Nivel
DoutoradoPáginas
346Volumes
1Banca de DefesaHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroIvana Stolze LimaKeila GrinbergLaura Antunes MacielLuís ReznikMartha Campos AbreuMonica Grin Monteiro de Barros
Resumo"Entre a Miscigenação e a Multirracialização: Brasileiros Negros ou Negros Brasieiros?" analisa as estratégias, discursos e práticas do movimento negro brasileiro entre 1930 e 1950. Através da análise das duas principais instituições desse período – Frente Negra Brasileira e Teatro Experimental do Negro – a pesquisa procura compreender as tensões e os desafios enfrentados por uma liderança que buscava conciliar a valorização racial com o projeto de homogeneidade nacionalista, característico do período em questão. Os periódicos oficiais – A Voz da Raça e Quilombo -, assim como as memórias e a produção acadêmica dos principais atores envolvidos nesse processo, representam os instrumentos que nos auxiliam na compreensão das soluções encontradas por aqueles que, assumiram a luta contra o preconceito e em prol da elevação moral e material do negro, em uma conjuntura de consolidação da ideologia da democracia racial.
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2008-10 Diáspora Atlântica a Nação Judaica no Caribe, Séculos XVII e XVIIITítuloDiáspora Atlântica a Nação Judaica no Caribe, Séculos XVII e XVIIIAutor
Reginaldo Jonas Beltrão HellerOrientador(a)
Ronaldo VainfasData de Defesa
2008-10-31Nivel
DoutoradoPáginas
552Volumes
2Banca de DefesaAngelo Adriano Faria de AssisBruno Guilherme FeitlerCarlos Gabriel GuimarãesJacqueline HermannRogério de Oliveira RibasRonaldo VainfasSheila Siqueira de Castro Faria
ResumoO objeto desta tese são os judeus portugueses que, fugidos da Inquisição em Portugal, encontraram refúgio e abrigo nas colônias inglesas e holandesas do Caribe e Suriname durante os séculos XVII e XVIII. Muitos, a primeira ou segunda geração, trazendo na bagagem a experiência vivida em Pernambuco durante o domínio holandês, instalaram-se em Curaçao, Barbados, Jamaica e Suriname, constituindo significativas comunidades. Eram, em sua maioria, proprietários de plantations, donos de escravaria, comerciantes de grosso trato ou pequenos mascates. A tese aqui proposta é de que tais judeus portugueses experimentaram uma identidade integral que combinava um judaísmo reinventado, mas que os incluiria definitivamente na ampla diáspora sefardita, com uma particular etnicidade portuguesa, um "ser e sentir" Portugal que contrastava abertamente com uma portugalidade católica e excludente. E, ainda, uma prática que os convertia, juntamente com os demais colonos na região, na alteridade para os escravos; e, com estes, na alteridade para os cristãos. A tese procura revelar que, quaisquer que fossem os motivos que os levaram a sair de Portugal, esses ex-cristãos-novos estabeleceram, nas terras em que aportaram, novas fronteiras étnicas que demarcavam sua diferença em relação às sociedades em que se inseriam. No exame da documentação parece ficar muito claro que tal identidade judaico-portuguesa foi ao mesmo tempo uma forma de sobrevivência e de afirmação de um ego coletivo. Para compreender melhor esta configuração identitária ímpar, procurou-se descortinar o papel exercido por alguns mecanismos coletivos de conservação étnica, como a endogamia e a lusofonia, da mesma forma que se buscou compreender como se processou, então, a transmissão de valores, informações e solidariedades. Neste sentido, examinou-se o papel de algumas construções sócio-comunitárias, tais como os diversos tipos de redes, as quais conferiam, também, um grau mínimo, suficiente e necessário, de segurança a todos os seus integrantes.
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2008-10 O Processo de Precarização das Relações de Trabalho e a Legislação Trabalhista: O Fim da Estabilidade no Emprego e o FGTSTítuloO Processo de Precarização das Relações de Trabalho e a Legislação Trabalhista: O Fim da Estabilidade no Emprego e o FGTSAutor
Maya Damasceno ValerianoOrientador(a)
Marcelo Badaró MattosData de Defesa
2008-10-23Nivel
MestradoPáginas
127Volumes
1Banca de DefesaJosé Sérgio Leite LopesMarcelo Badaró MattosTeones Pimenta de FrançaVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoA flexibilização dos direitos dos trabalhadores é uma das características do governo neoliberal, que no Brasil torna-se a política dominante a partir da década de noventa. Esta dissertação busca demonstrar que este fenômeno não deve ser tomado como restrito ao período propriamente neoliberal e sim como inerente à forma capitalista de relações de produção. Procurando fazer uma análise histórica, que enfatize o caráter processual dessa questão, serão avaliadas as mudanças implementadas na CLT durante o governo militar. A precarização das relações de trabalho se torna evidente já nesse período, principalmente através da compressão salarial e da instituição do FGTS. Essa nova legislação trabalhista, respaldada por uma forte intervenção nos sindicatos, permitirá a intensificação da exploração do trabalhador, contribuindo para a aceleração da acumulação capitalista durante o período do "milagre" econômico brasileiro. O FGTS interfere na relação de trabalho elevando o índice de rotatividade no emprego ao suprimir na prática a legislação vigente de estabilidade no emprego após dez anos de trabalho. O fim do instituto da estabilidade decenal, que já vinha sendo buscado pelo setor empresarial antes do golpe de 1964, foi facilitado pelo regime militar através de mecanismos de supressão da dissidência aliados a campanhas destinadas a influenciar a opinião pública, colocando o FGTS como integrante da política social do governo.