Thèses
-
2012-08 Bahia e Angola: redes comerciais e o tráfico de escravos (1750-1808)TítuloBahia e Angola: redes comerciais e o tráfico de escravos (1750-1808)Autor
Cristiana Ferreira Lyrio XimenesOrientador(a)
Mariza de Carvalho SoaresData de Defesa
2012-08-29Nivel
DoutoradoPáginas
269Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesIsmênia de Lima MartinsMaria José Rapassi MascarenhasMariza de Carvalho SoaresMonica Lima E SouzaNielson Rosa BezerraRegina Maria Martins Pereira Wanderley
ResumoAo pesquisar a dinâmica do comercio transatlântico, notadamente o de escravos originários da região da África centro-ocidental (Luanda e Benguela), para a Cidade da Bahia, este estudo objetiva analisar as redes comerciais tecidas entre os agentes do comercio e do trafico de escravos nessas praças mercantis ampliando o olhar para as relações sócio-econômicas e de poder forjadas entre esses agentes estabelecidos nos dois lados do atlântico, além de perceber a presença do contingente de africanos centro-ocidentais traficado para a Bahia. A pesquisa contempla o período entre os anos de 1750, início do período pombalino e 1808, ano da abertura dos portos colônias ao comercio internacional, tendo como perspectiva de observação e abordagem as conjunturas de mudanças significativas, especialmente as do governo de Pombal, da transferência da capital da colônia para o Rio de Janeiro e da abertura do comércio brasileiro. Utilizando-se de fontes como os dados disponibilizados do Slave Trade Database e o seu cruzamento com outras fontes, tais como: memórias de cronistas e viajantes, inventários post mortem, livros de notas (procurações e escrituras), correspondências particulares, trocadas entre os comerciantes, e da administração colonial (representações, alvarás, provisões, cartas régias), processos cíveis (ações de libelo) e livros de termos de irmãos e de bangüês buscou-se analisar, esses números, tendo como premissa a interface entre comércio e dinâmica sociocultural e a importância dos grupos mercantis locais envolvidos nos dois lados do Atlântico. Além disso, procurou-se, reconstituir as atividades mercantis da praça da Bahia e a atuação de alguns homens de negócios para compreender não apenas a atividade mercantil como, também, a influência daqueles homens sobre quase todas as esferas da vida social baiana
-
2012-08 EXPERIÊNCIAS CRUZADAS - a participação popular no Plano Cruzado em perspectiva históricaTítuloEXPERIÊNCIAS CRUZADAS - a participação popular no Plano Cruzado em perspectiva históricaAutor
Charleston José de Sousa AssisOrientador(a)
Laura Antunes MacielData de Defesa
2012-08-28Nivel
DoutoradoPáginas
533Volumes
1Banca de DefesaIsmênia de Lima MartinsLaura Antunes MacielMarly Silva da MottaNorberto Osvaldo FerrerasOlga BritesPaulo Roberto Ribeiro FontesSamantha Viz Quadrat
ResumoEm 28 de fevereiro de 1986, o presidente Sarney, em cadeia nacional, anuncia o Plano Cruzado, que recebe imediata e surpreendente adesão popular. Após o fracasso do plano – e do governo – cristalizou-se na memória social que a entusiástica participação popular resultara da manipulação exercida pelos meios de comunicação, que conduziram a uma adesão cega, irrefletida e apolítica do povo ignorante. Entendendo que a participação popular no plano ocorreu porque o mesmo pareceu ser o ponto inicial de transformações sociais exigidas pela população havia décadas, bem como porque havia laços identitários previamente formados bem antes do anúncio do plano, notadamente durante a luta contra a ditadura militar, e partindo de reflexões propostas por autores como E. P. Thompson, S. Hall e B. Anderson, esta pesquisa, pretendeu refletir sobre a participação popular ao referido plano econômico estritamente em uma perspectiva histórica, isto é, que levasse em conta a dimensão processual desta participação, dando voz a sujeitos sociais que não os formuladores do plano, e seus associados. A identidade comum exibida durante as ações de fixação de preços do Cruzado resultara das experiências sociais excludentes - materiais e/ou simbólicas - que atingiram a praticamente todos os segmentos sociais durante a ditadura, combinadas a experiências com sentimentos nacionalistas que identificavam como "estrangeiros" todos os agentes políticos e econômicos que estavam no campo oposto ao da criação de um regime democrático igualitário e socialmente justo. Como atestam registros impressos (periódicos), audiovisuais, musicais, e, sobretudo, cartas enviadas pela população à Assembleia Nacional Constituinte em 1986/7, o Cruzado adquiriu contornos morais que estavam muito além da luta contra a inflação. Nos inúmeros conflitos ocorridos, o historiador pode apreender muitos elementos da cultura política dos trabalhadores e integrantes de outros segmentos, que, naquele processo histórico, tiveram suas diferenças inibidas a ponto de assumirem um protagonismo que chegou a assustar autoridades e empresários. Foi possível, portanto, evidenciar que a adesão não fora acrítica, mas eminentemente condicional, como atestam o sem-número de greves, protestos, quebra-quebras contra o governo Sarney após ficar evidente o caráter transitório do Cruzado, os quais desmentem certa interpretação e memória de que seu sucesso fora construído apenas em função de mecanismos de controle social operados pelos meios de comunicação.
-
2012-08 Névoas contra o sol. Revolta & viés na historiografia de D. Francisco Manuel de Melo - com uma leitura analítica das "Alterações de Évora" (1649)TítuloNévoas contra o sol. Revolta & viés na historiografia de D. Francisco Manuel de Melo - com uma leitura analítica das "Alterações de Évora" (1649)Autor
Jaques Mario BrandOrientador(a)
Ronaldo VainfasData de Defesa
2012-08-27Nivel
DoutoradoPáginas
321Volumes
321Banca de DefesaEstevão Chaves de Rezende MartinsIsmênia de Lima MartinsJacqueline HermannLúcia Maria Paschoal GuimarãesLuiz Carlos SoaresRodrigo Nunes Bentes MonteiroRonaldo Vainfas
ResumoA Fortuna pregou uma peça no grande escritor seiscentista Francisco Manuel de Melo, ao repartir sua vida em duas metades, separadas pela notícia da Restauração portuguesa, que lhe chegou por um correio urgente de Madri quando andava guerreando na Catalunha, em dezembro de 1640. Meses mais tarde, ao desembarcar em Lisboa à frente de uma frota que trazia mercenários, armas e alimentos da Holanda, para ajudar na defesa do novo regime português, ele daria um passo decisivo para completar a confusão de sua vida. Veremos como ele acabou gastando boa parte da segunda metade tentando livrar-se da confusão em que se meteu, e como esse esforço para livrar-se dela implicou na tentativa de explicar a primeira metade.
-
2012-08 Alberto Pasqualini: Trajetória Política e Pensamento TrabalhistaTítuloAlberto Pasqualini: Trajetória Política e Pensamento TrabalhistaAutor
Roberto Bitencourt da SilvaOrientador(a)
Jorge Luiz FerreiraData de Defesa
2012-08-23Nivel
DoutoradoPáginas
301Volumes
1Banca de DefesaAndréa Casa Nova MaiaGiselle Martins VenancioJorge Luiz FerreiraKarla Guilherme CarloniLucia Maria Lippi OliveiraLucília de Almeida Neves DelgadoNorberto Osvaldo Ferreras
ResumoO trabalho tem em vista realizar um estudo da trajetória e das ideias políticas de Alberto Pasqualini, ex-senador pelo Partido Trabalhista Brasileiro (1951-1955). O marco temporal privilegiado, mas não exclusivo, corresponde aos anos de 1946 a 1955, período em que o personagem manteve as suas atividades no PTB. O estudo procura pôr em evidência a relevância política e teórica de Pasqualini para o trabalhismo e o PTB, assim como visa a explorar, com a experiência pasqualinista, determinadas nuanças da antiga organização petebista, notadamente no que diz respeito ao exercício da sua dimensão educativa em face do eleitorado. Para isso, foi analisada a recepção das ideias e das propostas de Pasqualini nos círculos jornalísticos e políticos – tanto pelos trabalhistas e seus aderentes, quanto pelos opositores. Procurei também demonstrar a correlação de forças políticas na temporalidade, por meio das controvérsias e dos posicionamentos divergentes de Pasqualini frente aos adversários, notadamente os do campo liberal-conservador, de sorte a situar o pensamento político do personagem, assim como o seu partido, na seara esquerdista da política brasileira de meados das décadas de 1940 e de 1950.
-
2012-08 "O morro é do povo": memórias e experiências de mobilização em favelas cariocasTítulo"O morro é do povo": memórias e experiências de mobilização em favelas cariocasAutor
Danielle Lopes BittencourtOrientador(a)
Laura Antunes MacielData de Defesa
2012-08-22Nivel
MestradoPáginas
170Volumes
1Banca de DefesaAdriana Facina Gurgel do AmaralLaura Antunes MacielLeonardo Affonso de Miranda PereiraMarcelo Tadeu Baumann BurgosPaulo Knauss de Mendonça
ResumoEste trabalho analisa múltiplas experiências de mobilização dos moradores de favelas do Rio de Janeiro na luta contra despejos ou remoções e pelo direito à moradia entre as décadas de 1930-60. Tratadas como "problema urbano", as favelas foram alvo de políticas e projetos que ameaçaram ou obtiveram sua eliminação física e buscaram deslegitimar ou intervir em formas de organização e resistência autônoma dos moradores. Embasadas e/ou fortalecidas por estudos e pesquisas "técnicos" produzidos por instituições públicas ou privadas e nas definições, conceitos e argumentos que forjaram, estas ações reforçaram ideias de "inadequação" dos moradores à vida urbana e da favela como ameaça política, à beleza, à saúde, à ordem urbana e à segurança pública. Privilegiando documentos produzidos pelos próprios moradores que pudessem demonstrar os sentidos e as formas de compreensão sobre a realidade que viviam, este trabalho buscou dar visibilidade às variadas formas de mobilização e luta em diferentes localidades, mapeando suas ações, suas reivindicações, associações e alianças a fim de compreender como vivenciaram essas experiências e os meios usados para construir a legitimidade de sua permanência nestes espaços da cidade. O trabalho discute ainda diferentes projetos de construção de memória das e em favelas, procurando identificar e analisar quais deles pretendem se constituir como um contraponto à memória oficial e como parte das disputas pela cidade e se, em alguma medida, a lembrança de lutas passadas serve como instrumento e apoio às lutas no presente.
-
2012-08 Batalhas de O Globo (1989 - 2002): O neoliberalismo em questãoTítuloBatalhas de O Globo (1989 - 2002): O neoliberalismo em questãoAutor
João Braga ArêasOrientador(a)
Cezar Teixeira HonoratoData de Defesa
2012-08-10Nivel
DoutoradoPáginas
359Volumes
1Banca de DefesaCezar Teixeira HonoratoDênis de Roberto Villas Boas de MoraesMarcelo Badaró MattosMarialva Carlos BarbosaMuniz Gonçalves FerreiraRonaldo do Livramento CoutinhoVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoEsta tese trata da cobertura do jornal O Globo das políticas neoliberais implementadas no Brasil dos anos 90, em especial, das privatizações. O jornal é entendido como um "partido" das frações das classes dominantes interessadas na adoção do programa neoliberal. Enquanto procurou criar um consenso entorno das privatizações, O Globo procurava desqualificar as organizações das classes subalternas com perspectivas contra-hegemônicas.
-
2012-07 A nova face da "Cidade do Aço": Crise do Capital, Trabalho e Hegemonia em Volta Redonda (1992-2008)TítuloA nova face da "Cidade do Aço": Crise do Capital, Trabalho e Hegemonia em Volta Redonda (1992-2008)Autor
Andre Franklin PalmeiraOrientador(a)
Norberto Osvaldo FerrerasData de Defesa
2012-07-11Nivel
MestradoPáginas
244Volumes
1Banca de DefesaJosé Ricardo Garcia Pereira RamalhoLuiz Fernando SaraivaMarcelo Badaró MattosNorberto Osvaldo FerrerasPaulo Roberto Ribeiro Fontes
ResumoO presente trabalho tem como objetivo analisar as transformações ocorridas na cidade de Volta Redonda no período de 1992 a 2008, tendo como base a análise da ofensiva neoliberal, entendida como reflexo da crise estrutural do capitalismo enfrentada desde a década de 1970, e enfocando o cenário pós-privatização da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), marcado por significativas mudanças no cenário político, econômico, social e cultural. Analisar a trajetória da cidade neste novo contexto e, sobretudo, os rearranjos político-econômicos que possibilitaram a hegemonia política de uma fração de classe essencialmente comercial – em contraposição ao isolamento e à derrota do movimento popular organizado – são os principais objetivos da presente dissertação. Para isso, analisaremos os "rachas" das esquerdas no município e as disputas políticas que favoreceram a derrota dos movimentos populares na cidade e a ascensão política de Antônio Francisco Neto, que, após assumir a Prefeitura Municipal de Volta Redonda, aproximou de forma umbilical o Poder Público Municipal aos aparelhos privados de hegemonia dos setores comercial e de serviços, criando uma nova imagem para o município. Para entender esses processos de mudança e construção hegemônica, analisaremos as políticas públicas implementadas no período, que levaram Volta Redonda a se tornar o principal pólo de serviços do sul fluminense, assim como a relação conflituosa entre a cidade e a CSN, uma empresa conglomerizada e internacionalizada.
-
2012-06 A África na Imprensa Negra Paulista (1923-1937)TítuloA África na Imprensa Negra Paulista (1923-1937)Autor
Rael Fiszon Eugenio Dos SantosOrientador(a)
Marcelo Bittencourt Ivair PintoData de Defesa
2012-06-28Nivel
MestradoPáginas
182Volumes
1Banca de DefesaAmilcar Araujo PereiraAndrea Barbosa MarzanoMarcelo Bittencourt Ivair PintoMonica Lima E Souza
ResumoAnalisamos nesta dissertação as referências à África em quatro importantes jornais da imprensa negra paulista da primeira metade do século XX (Getulino, Progresso, Clarim da Alvorada e Voz da Raça). Para tanto, nos debruçamos primeiramente sobre a análise das relações raciais, da situação do negro e da formação desta imprensa no pós-abolição.Em termos gerais, constatamos que as discussões sobre o negro na imprensa negra estavam marcadas, em grande parte, por certo nacionalismo que frisava a importância do negro para a formação nacional brasileira e por certo ideal de modernidade, muitas vezes transnacional, ligada à disciplina, ao trabalho, ao esporte, à educação e à música. Também constatamos que, apesar da África não aparecer como elemento central na luta política desses sujeitos, ela não está ausente. Em termos gerais, há referências à África sobretudo quando se trata da origem do negro brasileiro e, no que se refere à notícias do continente africano, ganha destaque as referências à Etiópia/Abissínia.
-
2012-06 Recusa do passado, disputa no presente. Esquerdas revolucionárias e a reconstrução do trabalhismo no contexto da redemocratização brasileira (décadas de 1970 e 1980).TítuloRecusa do passado, disputa no presente. Esquerdas revolucionárias e a reconstrução do trabalhismo no contexto da redemocratização brasileira (décadas de 1970 e 1980).Autor
Michelle Reis de MacedoOrientador(a)
Jorge Luiz FerreiraData de Defesa
2012-06-26Nivel
DoutoradoPáginas
184Volumes
1Banca de DefesaAmérico Oscar Guichard FreireAndréa Casa Nova MaiaJoão Trajano de Lima Sento SéJorge Luiz FerreiraKarla Guilherme CarloniMarco Aurélio SantanaRicardo Antonio Souza Mendes
ResumoA tese propõe-se a analisar as memórias de setores das esquerdas sobre o trabalhismo, formuladas durante o período de transição para a democracia, nas décadas de 1970 e 1980. Através de discursos publicados em jornais, essas esquerdas pretendiam (re)construir sua identidade a fim de legitimar seu projeto político como o melhor para a conjuntura brasileira. Para isso, disputavam entre si e com o trabalhismo de Leonel Brizola a hegemonia no movimento de oposição contra a ditadura e o título de porta-voz dos trabalhadores. Muitas vezes, a estratégia utilizada foi desqualificar a tradição trabalhista e a trajetória política do seu único herdeiro naquele momento.
-
2012-06 Escravidão, Abolição e Pós-Abolição no Ceará: sobre histórias, memórias e narrativas dos últimos escravos e seus descendentes no sertão cearenseTítuloEscravidão, Abolição e Pós-Abolição no Ceará: sobre histórias, memórias e narrativas dos últimos escravos e seus descendentes no sertão cearenseAutor
Paulo Henrique de Souza MartinsOrientador(a)
Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroData de Defesa
2012-06-13Nivel
MestradoPáginas
128Volumes
1Banca de DefesaCarolina Vianna DantasHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroMartha Campos AbreuWalter da Silva Fraga Filho
ResumoA pesquisa discute e produz diálogos possíveis entre História e Memória em três circunstâncias da história do sertão cearense: a escravidão na segunda metade do século XIX, a Abolição na década de 1880 e o Pós-Abolição na Primeira República. Privilegiou-se a discussão sobre o espaço rural do município sertanejo de Santa Quitéria-CE. Num primeiro momento problematizo o processo de Abolição no Ceará e seus desdobramentos na seara dos discursos ao longo do século XX, apontando como a imagem do pioneirismo da Abolição só se fez pelo silenciamento de outros atores e nesse sentido, de outras histórias. Adiante passo a ponderar as lembranças da escravidão por meio de entrevistas de História Oral como bases para a discussão sobre as relações entre essas memórias e as vivências dos escravos no século XIX, indicando a proximidade entre história e memória. Por fim, os dilemas e circunstâncias vivenciados pela primeira geração de libertos e livres do cativeiro, bem como as de seus descendentes, apontam para compreendermos como os tempos de liberdade possibilitaram novas configurações políticas, sociais e identitárias no mundo rural analisado.
-
2012-06 Nas águas do canal: política e poder na construção do canal Campos-Macaé (1835-1875)TítuloNas águas do canal: política e poder na construção do canal Campos-Macaé (1835-1875)Autor
Ana Lucia Nunes PenhaOrientador(a)
Carlos Gabriel GuimarãesData de Defesa
2012-06-05Nivel
DoutoradoPáginas
260Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesFania FridmanJosé Jobson de Andrade ArrudaLuiz Fernando SaraivaPedro Paulo Zahluth BastosRicardo Henrique SallesThéo Lobarinhas PiñeiroWalter Luiz Carneiro de Mattos Pereira
ResumoEste trabalho busca investigar as relações econômicas e políticas engendradas na construção do canal Campos - Macaé, ambicioso projeto que pretendeu ligar esses dois municípios fluminenses, favorecendo o circuito de mercadorias entre o norte fluminense e o Rio de Janeiro através do porto de Imbetiba, em Macaé. Entre seus principais protagonistas destacou-se José Carneiro da Silva, visconde de Araruama, importante chefe político regional. Objeto da expectativa de fazendeiros locais e da administração provincial fluminense a obra iniciada por volta de 1845 estendeu-se por quase trinta anos sem, contudo, alcançar os resultados que eram esperados. A pretexto de investigar as etapas da construção do extenso canal, a pesquisa procura situar os avanços e retrocessos da obra no cenário político das décadas de 1830 a 1870. As inserções políticas dos fazendeiros do norte fluminense no âmbito da administração provincial e do governo central estiveram no centro das questões envolvendo o canal e outras obras de infraestrutura na província, revelando a imbricada relação entre política e economia no Império.
-
2012-06 "VIVAS À REPÚBLICA": Representações da banda "União XV de Novembro" em Mariana -MG (1900-1930)Título"VIVAS À REPÚBLICA": Representações da banda "União XV de Novembro" em Mariana -MG (1900-1930)Autor
Manuela Areias CostaOrientador(a)
Martha Campos AbreuData de Defesa
2012-06-04Nivel
MestradoPáginas
140Volumes
1Banca de DefesaAngela Maria de Castro GomesMarcelo de Souza MagalhãesMartha Campos Abreu
ResumoEste estudo consiste em uma análise das práticas da Sociedade Musical "União XV de Novembro", entre c.1901 e 1930. Criada por iniciativa do Dr. Gomes Freire de Andrade, um dos mais expressivos representantes do Partido Republicano em Mariana-MG, a banda tinha o objetivo de divulgar e consolidar valores republicanos. Para tanto, a "União XV de Novembro" atuava nos meetings e nas demais manifestações públicas organizadas pelo Partido Republicano, ocasiões em que propagava os seus projetos políticos. Assim, procuramos demonstrar que as bandas de música, além de serem lócus de prática cultural, também eram canais privilegiados de propagação de ideias políticas. Em nossa análise, recorremos ao conceito de "culturas políticas", compreendendo a sociedade musical como um espaço de manifestação cultural e política. O presente trabalho ampara-se em variadas fontes documentais, que englobam jornais da época (entre eles, o jornal republicano Rio Carmo, que depois veio a se chamar O Germinal), partituras musicais, fotografias e documentos administrativos encontrados no acervo documental da própria Sociedade Musical "União XV de Novembro". Por meio deste estudo, esperamos fornecer uma leitura distinta dos desdobramentos da Primeira República na cidade de Mariana.
-
2012-06 "O Samba e Cultura da Classe Trabalhadora Carioca (1900-1930)"Título"O Samba e Cultura da Classe Trabalhadora Carioca (1900-1930)"Autor
Juliana Lessa VieiraOrientador(a)
Marcelo Badaró MattosData de Defesa
2012-06-04Nivel
MestradoPáginas
148Volumes
1Banca de DefesaLuciana Lombardo Costa PereiraMarcelo Badaró MattosMarcos Alvito Pereira de SouzaRômulo Costa Mattos
ResumoEsse trabalho tem a hipótese central de que o samba das três primeiras décadas do século XX pode ser considerado como uma manifestação cultural da classe trabalhadora carioca, expressando, por isso, um conjunto de valores, uma visão de mundo e um modo de vida próprios dos trabalhadores. A partir dessa ideia, procurou-se perceber de que forma as letras de samba, os depoimentos de alguns sambistas e a documentação policial do período nos oferecem elementos que nos autorizam a pensar o samba dessa maneira. Nessa lógica, estabeleceu-se um debate com outras duas perspectivas: aquela que concebe o samba como uma manifestação da cultura popular carioca; e outra que entende o ritmo como uma forma de resistência étnica dos negros contra a opressão da cultura branca/europeia. Por fim, buscou-se compreender as transformações sofridas pelas formas de composição e de fruição do samba, quando este entrou no circuito do mercado cultural, e o modo pelo qual os próprios sambistas contribuíram para esse processo.
-
2012-06 "A estrada invisível: Memórias da Transamazônica"Título"A estrada invisível: Memórias da Transamazônica"Autor
César Augusto Martins de SouzaOrientador(a)
Samantha Viz QuadratData de Defesa
2012-06-04Nivel
DoutoradoPáginas
264Volumes
1Banca de DefesaAndré Luiz Vieira de CamposCarlos Fico da Silva JúniorDaniel Aarão Reis FilhoDenise Rollemberg CruzFrancisco Carlos Teixeira da SilvaRodrigo Patto Sá MottaSamantha Viz Quadrat
ResumoO anúncio pelo general-presidente Ernesto Garrastazu Médici, em 1970, da construção da Transamazônica, gerou euforia, receios e debates em diferentes setores da sociedade. Ocupar a Amazônia com a gigantesca estrada seria a concretização do milagre brasileiro, como foi divulgado pelo regime, buscando afirmar, perante a opinião pública, que o país caminhava para se tornar uma potência mundial. A Transamazônica era mais que uma estrada, pois, além de integrar os dois oceanos, Atlântico e Pacífico, entre Cabedelo, na Paraíba e Lima, no Peru, buscava ocupar os chamados vazios demográficos da Amazônia, com despossuídos do nordeste e do sul do Brasil. Os tecnocratas, planejadores da estrada, defendiam que, com ela, poderiam desenvolver a agropecuária, explorar as riquezas minerais, a fauna e a flora amazônicas e garantir a posse desta região. A análise de relatórios, propagandas e discursos oficiais, decretos-lei, imagens, obras literárias, ensaios de memorialistas, imprensa, entrevistas com moradores da região e filmes, nos permite revisitar e problematizar memórias sobre a imensa rodovia que se tornou invisível aos olhos de boa parte da população nacional. As batalhas da memória, levaram mais de 5 mil quilômetros de estrada que atravessam os maiores estados do Brasil a, juntamente com uma população de mais de um milhão de habitantes, desaparecer no cenário nacional. O estudo da história da Transamazônica permite compreender os debates sobre a construção da rodovia, os núcleos de colonização, a chegada dos colonos, o cotidiano dos operários e das populações locais, bem como confrontar memórias de diferentes atores e segmentos da sociedade, que se iniciam durante a ditadura civil militar brasileira e se estendem por períodos posteriores. Desta forma, estudar as diferentes memórias e visões sobre a Transamazônica, bem como compreender o cotidiano das obras, das pessoas que para lá se deslocaram e das populações que vivem na/da estrada, permite conhecer um pouco mais sobre um pedaço importante do Brasil que atravessa alguns momentos da história do país.
-
2012-05 Quem somos nós? Surgimento, identidade e legitimidade na trajetória teatral do Grupo Nós do MorroTítuloQuem somos nós? Surgimento, identidade e legitimidade na trajetória teatral do Grupo Nós do MorroAutor
Letícia Miranda PaulaOrientador(a)
Adriana Facina Gurgel do AmaralData de Defesa
2012-05-30Nivel
MestradoPáginas
136Volumes
1Banca de DefesaAdriana Facina Gurgel do AmaralGiselle Martins VenancioLeonardo Affonso de Miranda PereiraThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoO Grupo Nós do Morro foi criado em 1986, na favela do Vidigal, a partir do contato entre profissionais de teatro com os jovens moradores, através dos anos, se transformou em uma das mais importantes iniciativas no âmbito de trabalhos artísticos e sociais criados e desenvolvidos no Brasil. A proposta inicial do grupo era um teatro feito "da comunidade para a comunidade", sendo assim, as peças deste período abordavam temas que refletiam a realidade dos moradores com o objetivo de formar uma plateia local. Mas que plateia era essa? No final dos anos setenta, a construção de prédios na subida do Vidigal fez surgir uma nova vizinhança composta por pessoas de classe média e artistas, entre eles o fundador e diretor geral do grupo, Guti Fraga. Compartilhando do mesmo universo geográfico, a classe média convivia com os moradores mais humildes, ocupantes da parte média e alta do morro. São para estes atores sociais que o discurso do grupo se volta, buscando atrair um público pouco habituado a frequentar teatro. Com o passar do tempo, o Nós do Morro sente a necessidade de perder sua essência amadora e tentar obter reconhecimento da classe profissional. A construção de uma sede própria, após a ocupação de vários espaços dentro do Vidigal, como uma igreja desativada e os fundos de uma escola municipal, reflete essa necessidade do grupo afirmar sua autonomia artística. E foi aí, que, em 1996, o Nós do Morro inaugurou um teatro com capacidade para oitenta espectadores, o Teatro do Vidigal. Com a peça escolhida para inaugurar o teatro, Machadiando, reunião de textos de Machado de Assis, o grupo conquistava o primeiro prêmio oficial, o Prêmio Shell. O prêmio foi recebido com grande entusiasmo pela companhia, que, a partir deste momento, acreditava estar legitimada no mercado não mais em função de um trabalho social realizado em uma favela carioca. Porém, o Nós do Morro vencia como "categoria especial", ou seja, a crítica especializada valoriza mais um trabalho comunitário do que o espetáculo em si. Somente anos mais tarde, em 2002 é que o grupo ganharia o Prêmio Shell por uma categoria tradicional com a apresentação da peça Noites do Vidigal, primeira montagem do grupo a estrear fora da favela de origem. O espetáculo foi bem recebido pela crítica e foi contemporâneo, também, a participação dos atores no filme Cidade de Deus. O 7 sucesso do longa de Fernando Meirelles impulsionou a carreira de vários integrantes do Nós do Morro para produções no cinema e na televisão. Diante destes acontecimentos pretendemos discutir a legitimidade conquistada pelo Nós do Morro e o significado desta legitimidade para os diversos atores sociais que se apropriam do trabalho do grupo.
-
2012-05 O serviço de proteção aos índios e localização de trabalhadores nacionais e a política agrária na Primeira República: Grupos agrários, projetos e disputas no Maranhão (1910-1918)TítuloO serviço de proteção aos índios e localização de trabalhadores nacionais e a política agrária na Primeira República: Grupos agrários, projetos e disputas no Maranhão (1910-1918)Autor
Fernanda Santa Roza Ayala MartinsOrientador(a)
Sonia Regina de MendonçaData de Defesa
2012-05-30Nivel
MestradoPáginas
121Volumes
1Banca de DefesaEli de Fátima Napoleão de LimaMarcelo Badaró MattosPedro Eduardo Mesquita de Monteiro MarinhoSonia Regina de MendonçaVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoCriado em 1910, o Serviço de Proteção aos Índios e Localização de Trabalhadores Nacionais (SPILTN) inaugurou formalmente uma política indigenista na República. No entanto, o Serviço não contemplava somente as populações indígenas, voltando-se também para um contingente de trabalhadores rurais mais amplo, tratando de formá-lo e viabilizá-lo como mão-de-obra capaz de se inserir nos padrões "racionais" e "modernos" de plantio, cultivo e mercado. Com sede na Capital Federal e implementado por meio de Inspetorias Regionais que abarcavam todos os Estados da federação, o Serviço se dividia entre o trabalho de "incorporação dos índios à sociedade civilizada" por meio de sua fixação em Postos e Colônias Agrícolas e a localização e estabelecimento do "trabalhador nacional" junto à Centros Agrícolas. Ambas as práticas caminharam juntas, sob os auspícios do mesmo Serviço, até o ano de 1918 quando, por meio de reforma institucional, parte das atribuições desta instituição, correspondente à Localização do Trabalhador Nacional, foi deslocada para o Serviço de Povoamento, igualmente sob os auspícios do Ministério da Agricultura Indústria e Comércio (MAIC). Este trabalho busca analisar o processo de institucionalização dessa política indigenista, bem como sua aplicação no Estado do Maranhão, de modo a considerálas como parte das disputas nos marcos da política agrária da Primeira República.
-
2012-05 "Práticas de pensões de estudos no Império: um olhar sobre pensionários militares (1825)"Título"Práticas de pensões de estudos no Império: um olhar sobre pensionários militares (1825)"Autor
Maria Cristiane da CostaOrientador(a)
Carlos Gabriel GuimarãesData de Defesa
2012-05-28Nivel
MestradoPáginas
157Volumes
1Banca de DefesaAdriana Barreto de SouzaCarlos Gabriel GuimarãesLúcia Maria Paschoal GuimarãesLuiz Fernando Saraiva
ResumoAo analisar a correspondência recebida e expedida entre o Ministério dos Negócios da Guerra e dos Estrangeiros entre 1822 e 1831, depositada no Arquivo Histórico do Itamaraty, chamou-nos atenção o numero relativamente expressivo de concessão de pensões de estudos no exterior, principalmente, no ano de 1825 aos militares. Apos o complexo momento de ruptura politica entre Brasil e Portugal, foi possível perceber que a cultura de pensões do Estado se manteve no recém-fundado Império Brasileiro, embora não se verifique uma regularidade com politicas especificas. Dada à carência de funcionários em diversos ramos da administração do Estado Imperial, houve a necessidade de nomear indivíduos para se instruírem no estrangeiro a fim de que adquirissem conhecimentos e consequentemente aplicassem na administração do império. Embora a elite imperial formada nos quadros de Coimbra seja representativa, os pensionistas de d. Pedro I formados na Franca chamam atenção para se pensar outra cultura politica presente neste período.
-
2012-05 O fardo do Passado contra a Emancipação: uma análise da alternativa Pós-MarxistaTítuloO fardo do Passado contra a Emancipação: uma análise da alternativa Pós-MarxistaAutor
Fernando Fiorotti PoltronieriOrientador(a)
Bernardo KocherData de Defesa
2012-05-24Nivel
MestradoPáginas
203Volumes
1Banca de DefesaBernardo KocherEurelino Teixeira Coelho NetoVirginia Maria Gomes de Mattos Fontes
ResumoO objetivo desta pesquisa é refletir sobre a teoria da história subjacente ao pós-marxismo de Ernesto Laclau e Chantal Mouffe. Este fenômeno teórico nasce de uma junção entre o marxismo, de autores como Antonio Gramsci e Louis Althusser, e do pós-modernismo, de pensadores como Jacques Derrida e Richard Rorty. Desta união, entre matrizes teóricas tão distintas, emergem perspectivas que se amparam em um novo conjunto de categorias e conceitos para defender uma discursivização do real e o aprofundamento do discurso democrático como estratégia para a emancipação. O jogo que se estabeleceria na contemporaneidade seria o da hegemonia, onde um processo de eterna rearticulação dos discursos ocorreria sob uma condição contingente e fugidia. No bojo da hegemonia, o nexo temporal passado-presente-futuro é representado de forma a valorizar a dimensão do presente, já que este é o lócus de rearticulação do discurso, e ainda porque o passado não deteria nenhuma positividade sobre o mesmo. Esta rejeição objetivaria libertar o jogo político da contemporaneidade das constrições da história sem, no entanto, abrir mão de uma agenda voltada para a emancipação social. O pós-marxismo é investigado como produtor implícito de uma teoria historiográfica que mantém estreitos laços com uma teoria da história pós-moderna. Este trabalho não se furta a tecer considerações críticas ao pós-marxismo, o contrapondo a um fazer historiográfico que, inspirado no materialismo histórico, não cai nos becos sem saída que a teoria pós-marxista apresenta.
-
2012-05 "O que fazer com Castro" Time, Life e a Revolução Cubana (1959-1962)Título"O que fazer com Castro" Time, Life e a Revolução Cubana (1959-1962)Autor
Graciella Fabricio da SilvaOrientador(a)
Bernardo KocherData de Defesa
2012-05-24Nivel
MestradoPáginas
174Volumes
1Banca de DefesaAdriano de FreixoBernardo KocherCarlos Alberto BarãoCezar Teixeira HonoratoMônica Leite Lessa
ResumoEste trabalho tem o objetivo de analisar a cobertura feita pelas revistas Time e Life à Revolução Cubana. A imprensa é aqui compreendida enquanto um ator político e social. A partir disto, é empreendida uma análise do posicionamento político do fundador da revista Henry Luce. O engajamento político de Luce encontra-se enraizado numa longa tradição de pensamento político americano, especialmente no campo da política externa americana e quanto ao papel dos Estados Unidos no mundo. Este engajamento se manifestou em diversos momentos de sua trajetória, defendendo propostas e estratégias que, acreditava, contribuíram para fortalecer os Estados Unidos na luta contra o seu principal inimigo da Guerra Fria, representado pela União Soviética. Por isso, recorreu-se a observações não somente em relação ao papel político da imprensa, mas também da relação entre ela e a política externa, bem como sobre o conjunto das relações entre Estados Unidos e América Latina.
-
2012-05 Orientalismo revisitado a cobertura da Veja ao islamismo e ao "mundo árabe" no pós-11 de setembroTítuloOrientalismo revisitado a cobertura da Veja ao islamismo e ao "mundo árabe" no pós-11 de setembroAutor
Felipe Vagner Silva de FariasOrientador(a)
Adriana Facina Gurgel do AmaralData de Defesa
2012-05-22Nivel
MestradoPáginas
102Volumes
1Banca de DefesaAdriana Facina Gurgel do AmaralGiselle Martins VenancioMauricio Barreto Alvarez ParadaThéo Lobarinhas Piñeiro
ResumoEste trabalho visa a analisar a cobertura da revista Veja ao islamismo e ao chamado "mundo árabe" no pós-11 de setembro .Destacando como a revista, em consonância com grande parte da imprensa mundial, utilizou o conceito de cultura para justificar mais uma missão civilizadora estadunidense. Neste sentido, o artigo analisa a postura de alinhamento da Veja aos interesses estadunidenses, mostrando como ela justifica as intervenções armadas dos Estado Unidos, e como adere a estratégia utilizada por Washington de criação de um novo inimigo, contribuindo assim para conferir ao islamismo o status de uma religião belicosa e potencialmente ameaçadora à paz mundial e à "civilização ocidental". Destacando também como a Veja ignorou o papel da política estadunidense para o Oriente Médio no fortalecimento do antiamericanismo na região e no aumento dos ataques terroristas.
-
2012-05 Crônica e História: a Companhia de Jesus e a construção da história do Maranhão (1698-1759)TítuloCrônica e História: a Companhia de Jesus e a construção da história do Maranhão (1698-1759)Autor
Roberta Lobão CarvalhoOrientador(a)
Guilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesData de Defesa
2012-05-17Nivel
MestradoPáginas
208Volumes
1Banca de DefesaCélia Cristina da Silva TavaresFelipe Charbel TeixeiraGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesSérgio Chahon
ResumoO objetivo dessa pesquisa é compreender a ideia de História que se encontra nas crônicas jesuíticas do século XVII e XVIII referentes ao Maranhão colonial. Para tal utilizou-se como objeto de estudo três crônicas escritas em momentos diferentes da História do Maranhão. A primeira foi escrita pelo padre João Felipe Bettendorff e se intitula Crônica dos Padres da Companhia de Jesus no Estado do Maranhão (1627-1698). A segunda é intitulada Chonica da Companhia de Jesus da Missão do Maranhão [1720] foi escrita pelo padre Domingos de Araújo; e a terceira se deve ao padre José de Moraes, intitulada História da Companhia de Jesus na Extinta Província do Maranhão e Pará (1759). Para realizar esse estudo fez-se necessário estar atenta a algumas questões. A primeira foi entender a formação do pensamento histórico na época que se convencionou chamar Moderna, a segunda consistiu em compreender as especificidades do cenário maranhense da época em relação ao Oriente e ao Brasil, e por último, compreender que os textos das crônicas jesuíticas tratam de assuntos que geralmente ocorreram muitos anos antes de serem escritos, e antes de serem publicados passavam por correções e censuras, filtros teológicos e políticos, estando menos preocupados "com o que realmente aconteceu" e mais preocupados em edificar, através de exemplos, de criar uma verdade pedagógica.
-
2012-05 "Etnicidade e racismo em Angola: Da luta de libertação ao pleito eleitoral de 1992"Título"Etnicidade e racismo em Angola: Da luta de libertação ao pleito eleitoral de 1992"Autor
Tatiana Pereira Leite PintoOrientador(a)
Marcelo Bittencourt Ivair PintoData de Defesa
2012-05-14Nivel
MestradoPáginas
135Volumes
1Banca de DefesaAlexsander Lemos de Almeida GebaraAndrea Barbosa MarzanoMarcelo Bittencourt Ivair PintoNorberto Osvaldo FerrerasRoberto Carlos da Silva Borges
ResumoEsta dissertação discutirá como racismo e etnicidade estiveram presentes nos embates políticos e sociais em Angola em contextos variados, entre 1961 e 1992. Não existe a pretensão de construir uma história pormenorizada do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), mas sim de realçar os diversos momentos em que argumentos étnico-raciais se transformaram em valiosos capitais políticos, tanto nas crises internas do MPLA quanto nos embates entre este movimento e os dois movimentos de libertação rivais: a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e a União Nacional para Independência Total de Angola (Unita).
-
2012-05 "Os Reinos de Daniel: profecia e política em Portugal e na Inglaterra do século XVII"Título"Os Reinos de Daniel: profecia e política em Portugal e na Inglaterra do século XVII"Autor
Luiz Filipe Alves Guimarães CoelhoOrientador(a)
Rodrigo Nunes Bentes MonteiroData de Defesa
2012-05-10Nivel
MestradoPáginas
149Volumes
1Banca de DefesaBeatriz Catão Cruz SantosGuilherme Paulo Castagnoli Pereira Das NevesJacqueline HermannLuís Filipe Silvério LimaRodrigo Nunes Bentes Monteiro
ResumoGrandes mudanças políticas abalaram os reinos de Portugal e Inglaterra. Após 60 anos, um rei português voltava a se sentar sobre o trono luso, restaurando consigo o antigo prestígio e todos os símbolos da monarquia portuguesa. Poucos anos depois o monarca inglês Carlos I (1625-1649) seria julgado e condenado por alta traição contra seus próprios súditos. A coroa inglesa entrara em descrédito, derrubada por um novo desafio à ideia do poder divino dos reis. Neste conturbado mundo do século XVII, dentre as muitas interpretações que surgiram alavancadas por estes acontecimentos históricos únicos, destacamos duas, que partindo de uma base semelhante, as visões do profeta bíblico Daniel, chegaram a conclusões distintas. Porém, ao serem observadas lado a lado, as ideias proféticas de John Rogers – um dos nomes de destaque entre os Homens da Quinta Monarquia – e do padre António Vieira – autor e defensor da fé na vinda eminente do Quinto Império Português – podem nos servir para revelar que algumas das pretensas fronteiras desta Europa em crise, como a linha confessional exacerbada na Guerra dos Trinta Anos, poderiam ser mais permeáveis do que se havia postulado. Como as diferenças e as semelhanças entre os discursos do pregador inglês e do jesuíta português podem nos revelar os traços distintos destes mesmos personagens históricos bem como de seus próprios conturbados reinos? Foi a partir destas questões que procuramos realizar este trabalho.
-
2012-05 " O paraíso dos ladrões: Crime e criminosos nas reportagens policiais da imprensa (Rio de Janeiro, 1900-1920)"Título" O paraíso dos ladrões: Crime e criminosos nas reportagens policiais da imprensa (Rio de Janeiro, 1900-1920)"Autor
Ana Vasconcelos OttoniOrientador(a)
Martha Campos AbreuData de Defesa
2012-05-08Nivel
DoutoradoPáginas
326Volumes
1Banca de DefesaAmérico Oscar Guichard FreireHebe Maria da Costa Mattos Gomes de CastroMagali Gouveia EngelMarcelo de Souza MagalhãesMarcos Luiz BretasMarialva Carlos BarbosaMartha Campos Abreu
ResumoO estudo aborda as representações sobre o crime e os criminosos no Rio de Janeiro, entre 1900-1920, produzidas por reportagens policiais. No centro da atenção estão as notícias de crimes cometidos por ladrões e cabos eleitorais/capangas de políticos divulgadas pelos três maiores jornais cariocas da época – Jornal do Brasil, Correio da Manhã e Gazeta de Notícias. Procura-se avaliar as justificativas para os crimes e ações de criminosos produzidas pelas reportagens policiais da imprensa carioca no início do século XX. Para isso, optamos por privilegiar determinadas variáveis localizadas na própria documentação. São elas: problemas de ordem social/nacional e/ou racial, motivações políticas/eleitorais e deficiências no policiamento. Segundo as notícias e seus redatores, essas variáveis contribuíram para explicar a criminalidade e sua expansão na cidade durante o período em foco. Demonstramos que no interior das reportagens policiais dos jornais produziam-se diferentes e divergentes representações sobre o crime e os criminosos.
-
2012-05 "O general Lecor, os voluntários reais e os conflitos pela Independência do Brasil na Cisplatina (1822-1824)"Título"O general Lecor, os voluntários reais e os conflitos pela Independência do Brasil na Cisplatina (1822-1824)"Autor
Fábio Ferreira RibeiroOrientador(a)
Maria Verónica Secreto FerrerasData de Defesa
2012-05-07Nivel
DoutoradoPáginas
258Volumes
1Banca de DefesaCarlos Gabriel GuimarãesGraciela Bonassa GarciaJuliana Beatriz Almeida de SouzaLarissa Moreira VianaMaria Verónica Secreto FerrerasNorberto Osvaldo FerrerasVanderlei Vazelesk Ribeiro
ResumoA trajetória política do militar Carlos Frederico Lecor, no período compreendido entre os anos de 1807 e 1828, é o objeto do estudo ora proposto. A partir da história de vida do personagem, que lutou nas guerras napoleônicas e governou a Província Cisplatina durante os reinados de D. João VI e D. Pedro I, a tese buscará analisar a história política luso-brasileira no corte temporal ora proposto, bem como suas correlações com a região do rio da Prata e os interesses britânicos para a América do Sul.