Pesquisas - Cultura e Gênero

Título: A consolidação do feminismo no Brasil nos anos 1980: memórias e representações

Professora Responsável: Rachel Soihet

Início:

Resumo: Em pleno momento em que a sociedade brasileira assume a iniciativa com relação a reformas que acentuem o processo de redemocratização, também as mulheres movimentam-se de forma mais visível tomando o espaço das ruas, reivindicando, por exemplo, o controle do corpo, medidas contra a violência em relação às mulheres e igualdade de direitos. Nesse sentido, vão atuar, igualmente, no âmbito do Estado, especialmente com a criação do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, que terá papel decisivo na consolidação de muitas de suas demandas. Destaque-se também a criação das delegacias de mulheres. Focalizar este momento dos anos 1980 constitui-se no objeto de minhas preocupações.
Por outro lado, pretendo paralelamente, analisar formas de representação na literatura, que se constituíram em expressão das novas posturas, decorrentes das discussões feministas sobre o corpo, a sexualidade e os papéis de gênero.

 

Título: Feminismo ou Feminismos? Uma questão no Rio de Janeiro nos anos 1970/1980

Professora Responsável: Rachel Soihet

Início: 2006

Resumo: Evidenciar a existência de múltiplos feminismos, rompendo com uma visão homogeneizadora acerca dos mesmos, desvendando a trajetória de grupos feministas, no Rio de Janeiro, a partir de 1979, momento em que ocorreu a primeira cisão no Centro da Mulher Brasileira - CMB, constitui-se no meu objetivo. Em contraposição à tendência predominante naquela entidade, voltada para as lutas gerais da sociedade e da conscientização das mulheres dos segmentos populares, outras se apresentavam. Um grupo de mulheres salientava a importância de se debater questões especificamente ligadas à opressão das mulheres, tais como: a desigualdade nas relações de poder nas relações entre homens e mulheres, a sexualidade, o aborto, a violência contra a mulher etc; além disso, reivindicavam uma organização menos centralizada, valorizando-se os grupos de autoconsciência, chamados no CMB de grupos de reflexão, nos quais se estabeleceria a irmandade de gênero. Mulheres que assumiam essa vertente criaram o Coletivo de Mulheres, surgindo, em 1981, uma outra organização, o SOS Mulher, especificamente, voltada para as questões de violência contra as mulheres. Também, focalizar os rumos do CMB, a partir daquele cisma, em que parto do pressuposto de um redirecionamento nas suas práticas, incorporando demandas das demais tendências, entre elas, a questão do aborto e da violência contra as mulheres, constitui-se em matéria do meu interesse. Por outro lado, pretendo paralelamente, analisar formas de representação nas artes e na literatura, que se constituíram em expressão das novas posturas, decorrentes das discussões feministas sobre o corpo, a sexualidade e os papéis de gênero.

 

Título: Zombaria como arma anti-feminista: Rio de Janeiro (fins da década de 1960 aos anos 1980)

Professora Responsável: Rachel Soihet

 

Resumo: Focalizar a História das Mulheres e as Relações de Gênero, na perspectiva da História Cultural, privilegiando reações de zombaria às reivindicações femininas de cidadania plena e de mudanças quanto aos papéis prescritos para homens e mulheres no âmbito do cotidiano constitui-se no objetivo da minha investigação. Nesta etapa, abordo o movimento feminista, surgido na esteira da rebelião contracultural, também no Brasil, no período subseqüente aos anos 1960, num momento em que o país se defrontava com o regime ditatorial. O jornal alternativo O Pasquim, constitui-se numa das fontes privilegiadas, pois se valia da irreverência como arma contra o regime. Paradoxalmente, porém, este se utilizou, igualmente, desta mordacidade para ridicularizar mulheres que se decidiram pela luta com vistas a atingir direitos, demonstrando um forte conservadorismo contrastante com a atitude libertária desses grupos em outras dimensões.

 

Título: Versos e cacetes. Desafios masculinos na cultura popular fluminense.

Professora Responsável: Matthias Röhrig Assunção

Início: 2006

Resumo: O objetivo da pesquisa é examinar vários tipos de desafios masculinos no interior fluminense e dar seguimento á minha participação no projeto Jongos, calangos e folias de Martha Abreu e Hebe Mattos. Nessas manifestações o desafio toma ora uma forma poética, ora assume uma forma física, até pouco tempo atrás associado ao uso do cacete. O chamado ‘jogo do pau’ cumpria funções de lazer, mas também de auto-defesa e de afirmação masculina, dependendo do contexto. O objetivo da pesquisa é demonstrar a importância dos desafios para a construção de uma identidade masculina e realizar um documentário sobre a ‘Capoeira de Cacete’. O projeto é patrocinado pelo programa Capoeira Viva 2007.

 

Título: Memórias dos feminismos

Professora Responsável: Suely Gomes Costa
Parceria: Dra. Rachel  Soihet

Inicio: 2008
 

Resumo: Estuda a segunda onda feminista, no Rio de Janeiro, entre os anos 70 e 90, examinando, nessa experiência, sociabilidades políticas e alcances de direitos. Em fontes diversas – orais (feministas de diferentes movimentos) e  documentais, segue    orientações  metodológicas  de  caráter qualitativo, observando análises que associem  escalas  macro e micro-analíticas (REVEL,1999).

 

Título: Dilemas da proteção social no Brasil: cuidados públicos e privados.

Professora Responsável: Suely Gomes Costa

Inicio: 2008

Resumo: Examina, na história contemporânea, práticas sociais no campo da seguridade social, de âmbito público e privado e no das  relações sociais – de classes, gêneros, raças/etnias, gerações e suas interseções, e nos nexos entre proteção próxima  ou primária  e secundária  (CASTELS; 1995).   Toma essas práticas como expressões de padrões reprodutivos presentes em procedimentos institucionais de cuidados, regularidade histórica peculiar à experiência brasileira que configura e formata modos de acessos a direitos sociais. Fontes diversas – orais (usuários e profissionais de ações programáticas de diferentes políticas sociais) e documentais (leis, normas, regulamentos de planos, programas e linhas de ação) – sob orientações metodológicas de caráter qualitativo, não perdem de vista escalas macro e micro-analíticas (REVEL, 1999) buscando desvendar "sentidos civilizadores" (ELIAS, 1997) das práticas examinadas.

 

Título: O movimento transatlântico dos direitos das mulheres e conceitos educacionais no século XIX: a alemã Mathilde Franziska Anneke e a brasileira Nísia Floresta

Responsável: Isabela Candeloro Campoi

 

Resumo:As trajetórias biográficas de Nísia Floresta e Mathilde Anneke ilustram o movimento transatlântico de idéias no século XIX. A análise comparativa de seus percursos proporciona, sob a perspectiva das relações de gênero, o exame dos papéis e da condição das mulheres de elite em contextos históricos diferentes.

 

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