Manuel Faustino, descrito como pardo, de baixa estatura e de rosto comprido, nasceu como escravo, porém foi liberto e se tornou alfaiate. Era filho legítimo do ex-escravo Raimundo Ferreira e da escrava Felizarda, também era afilhado de Maria Francisca da Conceição e Aragão, uma senhora pertencente a uma família de enorme prestígio na Bahia. Faustino também tinha forte ligação com a prestigiada família Pires de Carvalho e Albuquerque. O rebelde foi preso no dia 14 de setembro, na fazenda do Padre Antônio Francisco de Pinho, senhor de sua mãe. Padre Antônio Francisco de Pinho foi quem o entregou a prisão e o aconselhou a confessar seu crime; Faustino seguiu o conselho se declarando culpado e delatando os demais participantes da conjuração. Foi morto na Praça da Piedade em 8 de novembro de 1799, enforcado junto com os outros três líderes da rebelião; após sua morte, teve seus restos mortais expostos por dias em praça pública.
Fonte de referência para esse texto:
TAVARES, Luís Henrique Dias. História da Sedição Intentada na Bahia em 1798: a conspiração dos alfaiates. Pioneira Editora, 1975.