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Carta de Luis da Silva Telles para o Rei sobre como procedeu no motim que os soldados fizeram em 16 de abril de 1649. Salvador, 8-6-1649.

Resumo

A situação dos soldados dos terços de Salvador era motivo de preocupação das autoridades. A Fazenda Real não dispunha de dinheiro para pagar a ração ordinária e a Câmara Municipal havia atrasado o envio de gado para alimentar os soldados, o que fez com que os soldados ficassem vários dias sem receber ração. Após a morte do Bispo D. Pedro da Silva de Sampaio, algumas companhias dos terços de Salvador se amotinaram para reivindicar que seus soldos atrasados fossem pagos com o dinheiro que estava no cofre do Bispo. Luis da Silva Telles, almirante da Armada Real, conseguiu conter o motim sem o uso da violência, mobilizando o terço da Armada Real e negociando com oficiais dos terços de Salvador.

Artifícios da Narrativa

A intenção do almirante ao escrever a carta ao Rei foi a de demonstrar sua capacidade em organizar forças para negociar com os amotinados e conter o protesto. O autor enfatiza que foi por conta de suas ordens que metade dos amotinados se dispersaram e a outra metade aceitou negociar com as autoridades. Luis da Silva Telles também manifestou sua discordância quanto a punição que recaiu sobre os amotinados. Na sua avaliação, o castigo aplicado pelo governador-geral foi brando em relação às ações cometidas pelos rebeldes.

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Informações

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Revolta relacionada ao documento

Motim de soldados dos terços de Salvador (1649)

Local/Data do Documento

Salvador 8 de jun. 1649

Referência do documento original

NL-Hana, OWIC, 1.05.01.01, inv 65, f. 91

Referência do documento reproduzido

MATOS, Gastão de Melo de. Notícias do Têrço da Armada Real (1618-1707). Imprensa da armada, Lisboa, 1932. 48-49.

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