Por volta da do século XVII para o XVIII a aliança entre Portugal e Inglaterra se intensificou, o que levou a corte francesa – que tinha interesse com Portugal sobre o seu comércio colonial no Brasil – a enviar uma esquadra naval para tomar a cidade do Rio de Janeiro. Em setembro de 1711, a esquadra francesa invade a cidade do Rio de Janeiro, mostrando para a corte portuguesa a fragilidade que a colônia se encontrava. Para custear a campanha de retomada da capitania, o governo português eleva os impostos colônias, desencadeando em várias revoltas em várias capitanias coloniais.
Trechos em destaque
“(...) o primeiro por causa dos 10% que S. Mag. mandara impor na Alfandega da Bahia e de 6 cruzados em cada escravo que fosse para as Minas e o segundo pela invasão que fizeram os franceses no Rio Janeiro (...)”
“(...) em ambos não tivera o governador a indústria necessária para pôr em execução as reais ordens (...)”
“(...) Nem devia conceder perdão para o que não tinha jurisdição, nem faculdade (...)”
“(...) Quanto ao segundo motim, entendia que não é o povo o mais culpado, porque tivera por motivo o zelo e defesa do Estado, e fora louvável quanto à substância, ainda que no excesso e no modo (...)”
“(...) a primeira alteração merecia um gravíssimo castigo, e o modo com que se cometera a segunda, não deixava de ser punível (...)”
“(...) devia mandar novo governador para que tratasse desse negócio (...)”
“(...) não há de ter lugar senão consentindo aqueles moradores nos novos impostos, que violentamente recusaram e que são a seu benefício (...)”
Documentos Históricos: Consultas do Conselho Ultramarino. Rio de Janeiro –Bahia, 1721-1725. Pernambuco e outras capitanias, 1712-1716. Rio de Janeiro, Biblioteca Nacional, 1952, v. 96, p. 46-53