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Bando do governador Fernão de Souza Coutinho acerca de armas proibidas

Resumo

A existência dos Palmares, um grupo de mocambos compostos por negros fugidos nas matas de Pernambuco (tradicionalmente designado de “quilombo de Palmares”), assustava as elites locais e servia de incentivo para rebeliões e fugas de cativos. O governador da capitania procura maneiras de evitar motins por meio de novas leis e bandos, além das incursões frequentes e ineficazes aos Palmares.

Artifícios da Narrativa

Considerando a situação de instabilidade sofrida pela elite pernambucana com a presença dos Palmares, o governador enfatiza a necessidade do aumento de pena para escravos, mulatos, índios, mamelucos, negros e até mesmo homens brancos livres que estejam carregando armas ilegalmente, que serão açoitados em praça pública. Faz, no entanto, uma exceção importante: não aplica punição a quem estiver armado nos arredores dos Palmares, que são Rio de São Francisco, Alagoas, Porto Calvo, Una e Senhaém. Considera, portanto, a necessidade de autodefesa dos moradores da região contra a ameaça dos amocambados.

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Informações

Documento possui 3 páginas

Revolta relacionada ao documento

Palmares

Local/Data do Documento

Pernambuco 26 de nov. 1670

Referência do documento original

Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas: IHGAL, Cx. 01, Pac.02, Doc. 01, fl. 71-72v

Referência do documento reproduzido

GOMES, Flávio (Org.). MOCAMBOS DE PALMARES: histórias e fontes (séculos XVI-XIX). Rio de Janeiro: 7letras, 2010. Pp. 184-6.

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