Revoltas

Revolta do major de pardos

Capitania de Pernambuco (1534 – 1821)Barra Grande

Início / fim

1824 / 1825

Litogravura (colorizada posteriormente) da Batalha de Vertières, no Haiti, feita em 1845 por um artista francês anônimo. Essa vitória dos negros foi decisiva para os emancipacionistas do mundo todo

No contexto da formação da Confederação do Equador, movimento iniciado em 1824 que buscava a emancipação de Pernambuco e das províncias vizinhas, o Major de pardos Emiliano Munducuru esteve à frente de um motim que pretendia forçar o bloqueio de Barra Grande, plano de difícil execução pensado pelos líderes do movimento. O que ele queria era chegar ao objetivo por meio de violência, saqueando casas e matando seus inimigos, que eram em grande parte a elite açucareira pernambucana. A mensagem que circulava entre os rebeldes era essa abaixo, onde é possível perceber a forte influência da Revolução do Haiti no caráter racial e popular da revolta:

Qual eu imito Cristóvão

Esse imortal Haitiano

Eita! imitai ao seu povo,

Ó meu povo soberano!

Ironicamente quem conseguiu deter o Major dos pardos foi o Major dos pretos Agostinho Bezerra Cavalcanti.

O complexo processo de emancipação brasileiro passou por diversas batalhas regionais, que envolveram disputas sociais, militares e políticas que não se restringiram à Corte do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas. Tampouco se encerraram com o “grito do Ipiranga” em setembro de 1822.

Disputas importantes ocorreram em províncias mais afastadas, como a formação do popular Exército Libertador, o cerco às tropas portuguesas na Bahia em 1823 e, no mesmo ano, a batalha às margens do rio Jenipapo no Piauí, que juntou as forças locais às cearenses e maranhenses. No entanto, é apenas em 1825 e depois de muitas colisões entre os dois lados que Portugal finalmente reconhece a derrota por meio do Tratado de Paz, Amizade e Aliança.

Antecedentes

Grito do Ipiranga

Tipologia

Modelo de conflito

Grupos Sociais

Reivindicações

Consequência(s)

Soberania

Grupos sociais

Lideranças

Ações de protesto não-violentas

  • Desobediência

Ações de protesto violentas

  • Agressão de Autoridade
  • Morte de inimigos
  • Saques a casas e armazéns

Repressão

Contenção

  • Envio de autoridade

Punição

  • Não informadas

Bibliografia Básica

HOLANDA, Sérgio Buarque de (Dir.). História Geral da Civilização Brasileira, Livro Primeiro: o novo descobrimento do Brasil. 9 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003. 3 v. 2 t.

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