Capitania do Maranhão (1612-1640)São Luís, Maranhão
Início / fim
janeiro de 1617 / 1620
Data aproximada
Detalhe de Maranhão taboa segunda (1629) da Oficina de João Teixeira Albernaz - Disponível em: "Pequeno Atlas do Maranhão e Grão Pará"
Em janeiro de 1617, na região do Maranhão, espalham-se rumores de que os colonizadores iriam escravizar todos os índios. Próximo à cidade de São Luís do Maranhão e nos arredores da fortaleza de Cumã, um índio de nome Amaro leu em voz alta uma carta que revelava uma conspiração portuguesa para generalizar o cativeiro na região. Em reação à notícia no mesmo dia a fortaleza foi invadida. Nos meses seguintes o núcleo rebelde faz contato com outras nações indígenas que, ao longo de quatro anos, tornaria a resistência generalizada na região. A repressão portuguesa não tardou: os principais envolvidos foram mortos e os demais índios escravizados.
BERREDO, Bernardo Pereira de. Anais Históricos do Estado do Maranhão. São Luís: Alumar, 1988 [1749].
CARVALHO JUNIOR, Almir Diniz de. A revolta dos primeiros índios cristãos: guerra e conflitos na construção da Amazônia portuguesa – século XVII. Fronteiras e Debates. Macapá, v. 2, n. 1, Jan/Jun 2015.
CARVALHO JÚNIOR, Almir Diniz de. Índios cristãos: poder, magia e religião na Amazônia colonial. Brasil, Editora CRV, 2017. (“A revolta dos primeiros índios aldeados”, p 41-52)
IBÁÑEZ BONILLO, Pablo. “Desmontando a Amaro: una re-lectura de la rebelión tupinambá (1617-1621)”. Topoi, vol. 16, nº. 31, (jul./dez. 2015), p. 465-490.
MONTEIRO, John Manuel. Tupis tapuias e historiadores: Estudos de História indígena e do indigenismo. Tese de Livre Docência (História) apresentada à Universidade Estadual de Campinas, 2001.