Revoltas

Quilombo de Vila Nova

Capitania Real do Rio de Janeiro (1567 – 1821)Vila Nova

Início / fim

1810 / 1813

Data aproximada

No início do século XIX, escravizados fugitivos das fazendas próximas à Vila Nova organizaram um quilombo nas matas da região. O Quilombo de Vila Nova se tornou uma ameaça aos moradores e às autoridades locais pelos recorrentes assaltos feitos às propriedades da região. No ano de 1813 são emitidas novas ordens para destruir o Quilombo. No entanto, não é de conhecimento o sucesso dos movimentos de repressão.

A resistência escrava foi uma resposta constante a escravidão. Houve muitas formas de resistir no Brasil, mas as fugas e a formação de comunidades pretas eram as que mais ameaçavam as autoridades locais. A formação de quilombos, que partia dessas fugas escravas, demonstrava a consciência dos pretos sobre a realidade em que estavam inseridos. Os quilombolas, por via de regra, possuíam roças, mantinham relações com os comerciantes locais e cometiam crimes, como saques em propriedades e assassinatos.

O Quilombo da Vila Nova sofreu com constantes ataques, porém, conseguiram resistir e permanecer na localidade. No entanto, em 1813 foram expedidas novas ordens de destruição do mocambo.

A repressão podia envolver tanto a população local e capitães do mato com expedições próprias como a solicitação de soldados. Alguns casos eram usados nativos por conhecerem as florestas da região. Os invasores ao obterem sucesso sobre os rebeldes queimavam suas roças, casas e capturavam os rebeldes, o costume era devolvê-los aos respectivos donos.

 

(Richard Enbel, graduando no curso de História da UFF e pesquisador do projeto “Um Rio de Revoltas” – FAPERJ -CNE/2018-2021)

(Giovanna Wermelinger, graduanda no curso de História da UFF e pesquisador do projeto “Um Rio de Revoltas” – FAPERJ -CNE/2018-2021)

Antecedentes

Fuga de escravizados das fazendas da região.

 

Conjuntura e contexto

Utilização de mão de obra africana escravizada.

 

Números da Revolta

Aproximadamente aproximadamente 3 anos de duração

Ações de protesto não-violentas

  • Desobediência
  • Formação de comunidade independente
  • Fuga de escravizados
  • Roubo de comida
  • Roubo de escravos
  • Roubo de pessoas

Ações de protesto violentas

  • Ataques Noturnos
  • Saques a casas e armazéns
  • Sequestro de bens

Repressão

Contenção

  • Capitães do mato
  • Expedição armada ou repressão militar

Punição

  • Não informadas

Instâncias Administrativas

  • Não informado

Bibliografia Básica

GOMES, Flávio dos Santos. Quilombos do Rio de Janeiro no século XIX. In: (Org.) Gomes, REIS, João J.; Flávio dos Santos. Liberdade por um fio: história dos quilombos no Brasil. São Paulo: Companhia das letras, 1996.

GOMES, Flávio dos Santos. A hidra e os pântanos: quilombos e mocambos no Brasil (sécs – XVII – XIX). Tese (Doutorado em História) – Universidade Estadual de Campinas. Campinas, 1997. p. 563.

HARRIS, Mark. Rebelião na Amazônia: cabanagem, raça e cultura popular no norte do Brasil (1798-1840). Campinas, Editora Unicamp, 2017

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