Revoltas

Motim contra o estanco de carne

Capitania de Minas Gerais (1720 – 1821)Sabará

Início / fim

setembro de 1721 / setembro de 1721

Data aproximada

As carnes consumidas em Vila Real eram livremente comercializadas, mas a partir de setembro de 1721 a Câmara da vila e o Ouvidor-Geral da Comarca do Rio das Velhas decidiram pôr em contrato o seu corte. Revoltados os moradores se amotinaram alegando que a medida atendia somente a interesses particulares; outro argumento utilizado foi que, dada a distância da região do litoral, a medida era cruel para a população, já que esta não podia sequer recorrer à pesca para subsistir

Como esse, diversos outros movimentos sociais marcaram a América Portuguesa na primeira metade do século XVIII. Na busca pela manutenção de determinados direitos costumeiros – considerados justos e comedidos – os súditos coloniais se revoltavam mais para aumentar a margem de negociação com as autoridades portuguesas e restaurar o equilíbrio tradicional, que subverter a ordem e instaurar novos modelos de organização social.

O desfecho dessa revolta seguiu o padrão para o embate entre normas gerais e costumes. Convicto da legitimidade dos levantes, o Rei escreveu ao governador de Minas, D. Lourenço de Almeida, para que suspendesse o contrato das carnes. Mas a ordem não veio desacompanhada. No corpo do texto o soberano também fez duras críticas aos Ouvidores e aos Senados da Câmara pelo prejuízo que causavam ao Real serviço e também por estimularem motins.

Grupos sociais

Autoridades

Bibliografia Básica

ANASTASIA, Carla Maria Junho. “Direito e motins na América Portuguesa”. Texto apresentado em seminário do Programa de Pós-graduação em História da UFPR. Curitiba, 2006.

CAMPOS, Maria Verônica. Governo de mineiros. “De como meter as minas numa moenda e beber-lhe o caldo dourado”, 1693 a 1737. Tese de Doutorado. São Paulo: USP, Departamento de História, 2002, p. 397.

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