Pintura imaginária de Bárbara Pereira de Alencar. Fonte: site da Biblioteca Nacional. https://www.bn.gov.br/es/node/2603
Nascida em 1770 na cidade de Exu, localizada no sertão pernambucano, foi uma das poucas mulheres que participaram da Revolução Pernambucana de 1817.
Apesar de seu nome ser pouco citado em livros de História, desempenhou papel ativo na propagação de ideias republicanas no período, sendo também uma das primeiras presas políticas do Brasil.
Bárbara de Alencar era mãe dos revolucionários José Martiniano, uma das lideranças da Revolução de 1817 e pai do escritor José de Alencar, e também de Tristão Gonçalves de Alencar, um dos protagonistas da Confederação do Equador no Ceará.
Foi uma mulher de origem social abastada, vivia na região caririense; onde fazendas se espalharam e as vilas eram dominadas pelos senhores de escravos monarquistas. Aos 57 anos, a rebelde participou de discussões e reuniões sobre a Revolução, ajudando a propagar as ideias republicanas no Ceará, mas acabou precisando fugir do local onde morava.
Graças à ajuda de amigos e vizinhos, Bárbara conseguiu ocultar os documentos que atestam sua atuação na revolta; algo que posteriormente veio a dificultar a comprovação de sua participação no episódio.
Apesar de ter sido salva da pena de morte, Bárbara foi presa na cidade de Fortaleza, condenada a três anos de trabalho forçado.
Mesmo depois de cumprir pena, participou da Confederação do Equador em 1824, sendo consagrada como heroína cearense.
Fonte de referência para esse texto:
MONTENEGRO, João Alfredo de Sousa. Bárbara de Alencar. Revista do Instituto do Ceará, v. 109, 1995. p. 135-149.
Sem Nome, "Bárbara Pereira de Alencar". Impressões Rebeldes. Disponível em: https://www.historia.uff.br/impressoesrebeldes/pessoa/barbara-pereira-de-alencar/. Publicado em: 23 de junho de 2022.
Uma história muito linda e importante para nós mulheres, minha mãe sempre conta a história de Bárbara de Alencar
Não conhecia, muito interessante!
Não conhecia essa história. Fiquei sabendo disso através de uma entrevista que o cantor/compositor Ednardo deu recente para o jornalista Chico Pinheiro, no canal do ICL. Confesso que fiquei estarrecido com as torturas a que ela foi submetida no cárcere. A desumanidade me provocou arrepios e revolta. A maldade dos poderosos não tem limite. E pior é que essa barbárie ainda persiste nos dias atuais.