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Representação do povo do Rio de Janeiro dirigida ao senado da câmara, a que se refere o anterior discurso

Resumo

Diante da exigência de retorno da família real pelas Cortes de Lisboa, o corpo de negociantes e oficiais da Corte do Rio de Janeiro reagiu. Para não perderem a importância política que tinham e correr o risco de uma nova colonização manifestaram-se denunciando a situação de abandono e ameaça que viviam. Buscando reverter esse quadro é enviada uma representação assinada por mais de 8 mil pessoas à Câmara, expondo os motivos pelos quais se acreditava que o Príncipe Regente D. Pedro I deveria permanecer no Brasil.

Artifícios da Narrativa

Busca tornar explícito o desejo da população do Rio de Janeiro, dita porta-voz das demais capitanias, em manter no Brasil o Príncipe Regente, a representação tenta valorizar a figura do D.Pedro enquanto agente garantidor da ordem, do progresso e da união do país, ao mesmo tempo tenta o associar ao fim do colonialismo, se referindo a ele inclusive como “primeiro vingador do sistema constitucional”. A representação também procura denunciar a arbitrariedade e a fragmentação que os governos instaurados pelas Cortes promoviam.

Não se pode deixar de destacar que, mesmo com a iminência de um movimento de emancipação de cunho independentista, uma relação de respeito e gratidão para com o Reino é evocada. Para além de uma simples preferência, a manutenção da Família Real na América é defendida como uma decisão sábia e benéfica para Brasil e Portugal.

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Informações

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Dia do Fico

Local/Data do Documento

Rio de Janeiro 29 de dez. 1821

Referência do documento reproduzido

EGAS, Eugenio. Cartas de D. Pedro Príncipe Regente do Brasil ao seu pae D. João VI Rei de Portugal (1821-1822). São Paulo: Typographia Brasil, 1916, p.48-56

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