Documentos Históricos, volume 8, p. 130.
A existência de mocambos compostos por negros fugidos do cativeiro preocupava as autoridades, que desde 1602 mencionavam em suas cartas a existência de grupos de negros levantados nas matas pernambucanas e baianas. Em 1673, a guerra contra os Palmares vinha há muitos anos desgastando as forças reais e até mesmo os grupos de pessoas que decidiam livremente se alistar para adentrar o Quilombo e tentar destruí-lo.
“(…) não se lhe entregando logo os negros fugidos e resistirem de maneira, que seja necessário feri-los, e ainda matá-los, não tendo outro remédio o façam, sem por isso se lhes puderem dar em culpa (…)”
O governador tem como objetivo esclarecer aos capitães do mato que adentram os Palmares que estes não levarão culpa ao provocar ferimentos ou matar os negros amocambados, utilizando como justificativa a necessidade deste tipo de ação frente à resistência negra.
“mocambos da vida”; “resistirem os negros”; “capitães do mato”.
Documentos Históricos, volume 8, p. 130.
GOMES, Flávio (Org.). MOCAMBOS DE PALMARES: histórias e fontes (séculos XVI-XIX). Rio de Janeiro: 7letras, 2010. P. 192.
Affonso Furtado, Array, , "GOVERNADOR-GERAL PERMITE MATAR OS NEGROS DOS PALMARES". Impressões Rebeldes. Disponível em: https://www.historia.uff.br/impressoesrebeldes/documento/governador-geral-permite-matar-negros-dos-palmares/. Publicado em: 16 de maio de 2022.