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[Carta de João da Maia da Gama ao rei D. João V referindo o castigo dos Manaós, a prisão e morte de Ajuricaba]

Resumo

Entre os séculos XVII e XVIII a coroa portuguesa buscou colonizar o norte da Amazônia e para isso utilizou-se da escravidão indígena, devido aos conhecimentos que estes tinham da região e por ser mais barata que a escravidão negra. Então procurou-se regulamentar o uso da mão-de-obra indígena através de uma legislação que, sofrendo a influência das disputas de interesses entre missionários e colonos, terminou por permitir, em 1688, a escravidão indígena somente em dois casos: resgates e guerras justas. Com efeito, a guerra justa foi uma constante para a obtenção de mão de obra escrava acabando por atingir também os manaós, que exerciam uma importante influência na região que se pretendia colonizar podendo se tornar um incômodo aos interesses portugueses, como de fato se tornou.

Artifícios da Narrativa

A narrativa é orientada no sentido de convencer acerca da justeza da guerra que o governador mandou fazer contra Ajuricaba e os Manaós, bem como aos Mayapenas tidos como seus aliados, para isso são mencionados os frequentes ataques feitos por aquela tribo aos portugueses, sua condição de infiéis, bárbaros, canibais e incestuosos, somada à aliança com as nações inimigas, indo de encontro aos argumentos necessários, segundo a lei vigente, para a execução das guerras justas.

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Informações

Documento possui 3 páginas

Revolta relacionada ao documento

Guerra dos Manaus

Local/Data do Documento

Belém 26 de set. 1727

Autoria

João da Maia da Gama

Destinatário

D. João IV

Rei

Referência do documento original

Biblioteca Nacional Projeto Resgate Acervo do Arquivo Histórico Ultramarino Pará (1616-1833), caixa 10, Códice 935.

Referência do documento reproduzido

Question de limites le Brésil et la Grand-Bretagne. Annexes du prémier mémoire. Documento nº 30, Volume 1. pp.36-38.

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