Criado como Núcleo de Estudos África-Brasil, pela professora Laura Padilha, no departamento de Letras da Universidade Federal Fluminense, o NEAF passou a incorporar os professores e pesquisadores da História e de outras disciplinas desde meados dos anos 2000. Ao final dessa década, passando a se chamar Núcleo de Estudos Africanos, ampliou ainda mais sua vocação multidisciplinar, buscando estabelecer debates e diálogos com diversas outras áreas.
Com o auxílio do Instituto de História e do Programa de Pós-Graduação em História da UFF, organizou diversos encontros internacionais de estudos africanos (2009, 2010, 2011, 2012, 2014 e 2016). Os eventos foram concebidos desde o início como forma de estimular o debate e a troca de informações entre pesquisadores vinculados às temáticas africanas de várias áreas do conhecimento, notadamente história, antropologia e literatura.
Esses encontros coincidiram com o período de ampliação acelerada e qualificada dos estudos africanos no Brasil – derivados também do funcionamento da lei 10639/2003 – e reuniram, além de pesquisadores brasileiros de diversas regiões, acadêmicos de alcance internacional, como Elisée Soumonni, Tereza Cruz e Silva, Alberto da Costa e Silva, Joseph Miller, Catarina Madeira Santos, Jean Michael Mabeko Tali, Paul Lovejoy, Augusto Nascimento, Eugênia Rodrigues, Mariana Cândido, Roquinaldo Ferreira, Mariza Soares, Paulo Farias, Rita Chaves, José Luis Cabaço, Daniel Barros Domingues da Silva, entre outros. De fato, foi durante o encontro em 2014, que teve lugar a fundação e primeira assembleia da Associação Brasileira de Estudos Africanos, dando sequência à ideia que surgira no ano anterior no Simpósio Nacional de História.
Entre os objetivos principais do NEAF, sempre estiveram a divulgação e o estímulo à produção de conhecimento e às práticas de ensino sobre a África e suas diásporas, tendo sido ao longo dos anos um espaço de debates engajados e qualificados, que tiveram e continuam tendo impacto significativo no campo no Brasil.