Teodoro Sampaio

Teodoro Sampaio
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Fonte: Domínio Público
Referências

LIMA, Antonio do Rosário. Teodoro Sampaio: sua vida e sua obra. Dissertação. Salvador: Universidade Federal da Bahia, 1981.

SOUZA, Jaqueline Melo; SANTANA, José Carlos Barreto (2003). Theodoro Sampaio, o cientista e a questão racial. In: Anais do ANPUH – XXII Simpósio Nacional de História.

DANTES, Maria Amélia (org). “Espaços da Ciência no Brasil: 1800-1930”. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz,2001. 

PANG, Eul-Soo. “O Engenho Central de Bom Jardim na economia baiana (1875-1891)”. Rio de Janeiro, MJ / AN / IHGB, 1979. 

JESUS, Marcus Henrique Oliveira de. Theodoro Sampaio e a geografia: esboço de uma história contextual de sua trajetória e produção técnico-científica. Revista GEOUERJ, 2019.

http://www.letras.ufmg.br/literafro/ensaistas/1386-teodoro-sampaio (site consultado em 03/05/2023)

http://www.museuafrobrasil.org.br/pesquisa/hist%C3%B3ria-e-mem%C3%B3ria/historia-e-memoria/2014/07/17/theodoro-sampaio (site consultado em 03/05/2023)

https://www.historia-brasil.com/bibliografia/theodoro-sampaio.htm

Teodoro Sampaio

1855-1937, Santo Amaro da Purificação, Brasil

engenheiro, geografo, escritor, político

Teodoro Fernandes Sampaio nasceu no dia 7 de janeiro de 1855 em Santo Amaro da Purificação, Bahia. Filho de uma mulher negra escravizada de nome Dominga da Paixão do Carmo, tem uma origem paterna biológica duvidosa, mas de acordo as versões mais correntes, seria filho do padre Manuel Fernandes Sampaio que se encontrava na capela do Engenho Canabrava, local onde Teodoro nasceu. A família materna de Teodoro descende do povo da nação Jeje, da África Ocidental, provavelmente na região do que era o reino de Daomé. Libertado na pia batismal, ele teve sua criação e estudos iniciais próximo onde nasceu, mas logo na infância estudar na região sudeste do Brasil.

 No Rio de Janeiro, Teodoro foi matriculado no colégio São Salvador, e posteriormente iniciou seu estudo de engenharia na escola Central (escola politécnica), onde se aplicou nos estudos das ciências físicas e matemáticas, além propriamente de engenharia civil. Nessa instituição, Sampaio teve aulas com o engenheiro e abolicionista negro André Rebouças. Durante seus estudos, Teodoro Sampaio também foi professor e cumpridor do ofício de desenhista no Museu Nacional. Ao se formar como engenheiro, retornou à sua cidade natal, e libertou alguns de seus irmãos que se encontravam no cativeiro.

Na Bahia, trabalhou no prolongamento da Linha Férrea de São Francisco, em Salvador, e em 1884 foi nomeado engenheiro chefe da Comissão de Desobstrução do Rio São Francisco, cargo que ele deixou em 1890, quando foi convidado a participar  da Comissão Geográfica e Geológica de São Paulo, comissão essa que possibilitou a elaboração de diversas cartas topográficas. Ainda em São Paulo, foi nomeado Diretor e Engenheiro Chefe do Saneamento de Estado de São Paulo, e participou da fundação da Escola Politécnica.

A sua vida profissional foi marcada pelo preconceito racial, mas também de uma prolífica quantidade de trabalhos envolvendo engenharia, arquitetura, mas principalmente trabalhos de cunho geográfico, tal como seus trabalhos sociológicos. Em 1890, Sampaio se aprofundou nos estudos geográficos dos povos originários de tronco tupi, tendo como resultado a obra O Tupi na geografia nacional (1901), além de estudos de outros povos originários como os krahôs, localizados então no Rio Preto. Teodoro Sampaio foi um dos fundadores do Instituto Geográfico e Histórico de São Paulo (1894), participou do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, chegando a presidi-lo em 1922, e também se tornou sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Paralelamente, ele desenvolveu estudos sobre o rio São Francisco e a chapada diamantina, além da produção de atlas e enciclopédias. 

Teodoro Sampaio também atuou na política, tendo sido deputado federal entre os anos de 1927 e 1929. Casou-se duas vezes e faleceu no Rio de Janeiro, em outubro de 1937.

Publicações

O rio São Francisco e a chapada Diamantina (1906)

O tupi na geografia nacional (1901),

Atlas dos Estados Unidos do Brasil (1908)

Dicionário histórico, geográfico e etnográfico do Brasil (1922)