Gregorio Luperón

Gregorio Luperón
Fonte da Fotografia
Disponível em: https://i2.wp.com/www.eljaya.com/wp-content/uploads/2020/09/gregorio-luperon.jpg?fit=1477%2C1600&ssl=1. Acesso em: [Completar com data/mês/ano]
Referências

MONTAGUE, L.L. Gregorio Luperon é Historia de la Restauración. Hispanic American Historical Review, v. 21, n. 3, p. 449-451, 1941.

MORALES, S. Cavilaciones sobre Gregorio Luperón. Ecos, Santo Domingo, ano 1, n. 1, p. 41-43, 1993.

REYES-SANTOS, I. On Pan-Antillean politics: Ramón Emeterio Betancès and Gregorio Luperón speak to the present. Callaloo, v. 36, n. 1, p. 142-157, 2013. Disponível em: http://www.jstor.org/stable/24264793. Acesso em: 10 out. 2022.

Gregorio Luperón

1839-1897, Puerto Plata, República Dominicana

Militar, político, presidente interino da República Dominicana

Gregorio Luperón nasceu em 8 de setembro de 1839 em Puerto Plata, República Dominicana, filho de um dominicano branco, Pedro Castellanos, e da imigrante negra das Ilhas Britânicas, Nicolasa Luperón. Seus pais possuíam uma banca onde vendiam piñonato (um doce típico da região), e Gregorio e seus irmãos trabalhavam auxiliando nas vendas. Por volta dos seus 14 anos, Luperón foi empregado por Pedro Eduardo Dubocq para trabalhar em seu comércio. Neste trabalho, Luperón foi subindo de cargo e conquistando a confiança do seu patrão, e por meio dessa relação teve a oportunidade acessar a biblioteca pessoal do comerciante e expandir seu conhecimento intelectual.

A primeira participação política ativa de Luperón se deu em 1861, quando se posicionou contra a anexação da República Dominicana pela Espanha; foi preso, mas conseguiu fugir e se refugiar no Haiti e nos EUA. Em 1863, retornou à República Dominicana e participou da revolta da Sabaneta de Yásica. As forças espanholas agiram rapidamente e frustram a revolta, levando Luperón e seus companheiros a se esconderem nas montanhas de La Vega. Nessas montanhas os revoltosos se organizaram e Luperón foi promovido a general das tropas rebeldes. No conflito entre os rebeldes independentistas e as tropas espanholas, apoiadas pelo então presidente Pedro Santana, os rebeldes independentistas ganharam a guerra em 11 de julho de 1865, por meio de uma tática de guerrilha desenvolvida por Luperón. Esse feito o tornou herói nacional e o levou a ser vice-presidente do Conselho de Administração de Santiago 

Apesar da vitória contra o governo espanhol, esse período pós-Guerra da Restauração foi conflituoso e apresentou grande alternância do poder, o que em muitos momentos forçou Luperón ao exílio por discordâncias políticas com as forças vigentes e, em outros momentos, propiciou que ele participasse ativamente do governo., tanto no cargo de Ministro de Guerra e Marinha, como a presidência do governo provisório de Puerto Plata entre 1879 e 1880. No final de sua vida, durante o período em que vivia em exílio na ilha de Saint Thomas, Gregorio Luperón escreveu uma autobiografia, intitulada Notas autobiográficas y apuntes históricos

Gregorio Luperón foi um general militar, político e herói da Guerra da Restauração da República Dominicana. Morreu em 21 de maio de 1897 em Puerto Plata, República Dominicana, afirmando que “homens como eu não devem morrer deitados”. Luperón foi eternizado na memória nacional do seu país, e na casa em que viveu existe um museu que conta a história de sua vida. Além do museu, há também o aeroporto internacional de Puerto Plata, nomeado Aeroporto Internacional Gregorio Luperón em sua homenagem.