Francisco del Rosário Sánchez

ELLER, A. Dominican Civil War, slavery, and Spanish Annexation, 1844-1865. In: DOYLE, D.H. (ed.). American Civil Wars: The United States, Latin America, Europe, and the crisis of the 1860s. Chapel Hill: University of North Carolina Press, 2017. p. 147-166.
LEE, M.E. Race consciousness in the Dominican Republic: a comparison of three Dominican poets – past, present, and future. CLA Journal, v. 55, n. 2, p. 191-208, 2011. Disponível em: http://www.jstor.org/stable/44395680. Acesso em: 17 out. 2022.
RICOURT, M. Race, Culture, and National Identity. In: RICOURT, M. The Dominican racial imaginary: surveying the landscape of race and Nation in Hispaniola. New Brunswick, NJ: Rutgers University Press, 2016. p. 135-154.
https://www.blackpast.org/global-african-history/francisco-del-rosario-sanchez-1817-1861/ (Site consultado em 14/03/2023)
https://afrikhepri.org/pt/qui-etait-francisco-del-rosario-sanchez-le-pere-de-lindependance-de-saint-domingue/ (Site consultado em 14/03/2023)
https://www.biografiasyvidas.com/biografia/s/sanchez_francisco_del_rosario.htm (Site consultado em 14/03/2023)
Francisco del Rosário Sánchez
1817-1861, Santo Domingo, República Dominicana
Político, herói nacional e fundador da República Dominicana
Francisco del Rosário Sánchez nasceu em 9 de março de 1817 em Santo Domingo, atual República Dominicana, filho mais velho do negro descendente de escravos Narciso Sánchez Ramona e da negra de pele clara Olaya del Rosário Belén. Sánchez foi primeiramente educado em casa pela sua mãe e muito influenciado pelo viés nacionalista de seu pai, e, anos depois, pelo padre peruano Gaspar Hernández, que também fomentou seu lado patriótico. Sánchez cresceu em um ambiente familiar forte e além da influência paterna, também foi marcado por sua tia Maria Trinidad Sánchez, favorável à luta pela libertação dos dominicanos da influência haitiana.
Em meio aos conflitos que marcaram a tentativa dos dominicanos em se verem livres da força política do Haiti, Sánchez assumiu uma posição de liderança no movimento e foi nomeado comandante de armas e de chefe da junta de governo - devido à necessidade de exílio de Juan Pablo Duarte, líder dos rebeldes dominicanos. Em 27 de fevereiro de 1844, ele proclamou a independência da Primeira República Dominicana (1844-1861), assumiu como presidente por um dia, mas cedeu seu cargo a Tomás Bobadilla. A partir desse momento, se inicia um conflito político interno: de um lado os líderes do movimento independentista e do outro conservadores favoráveis à anexação da República Dominicana pela França. Nessa conjuntura, Sánchez é forçado ao exílio.
Apesar do exílio, permaneceu articulado politicamente e retornou em alguns momentos para a República Dominicana, sendo rapidamente forçado a distanciar-se novamente. Por ser totalmente contra as autoridades dominicanas que enxergavam na anexação à França a solução para os problemas econômicos, Sanchéz tentou pela última vez, em 1861, derrubar o governo vigente e restaurar a independência da República Dominicana. No entanto, ele e seus companheiros foram feridos e capturados em San Juan de la Maguana.
Francisco del Rosário Sanchéz foi. Morreu em 4 de julho de 1861 em San Juan de la Maguana, executado a tiros, após ser condenado à morte pelas autoridades. Sanchéz é considerado pai fundador da República Dominicana e herói da luta pela permanência da independência do país. Deixou como legado um exemplo de coragem e impetuosidade que foi seguido por outros independentistas, que continuaram na luta por uma República Dominicana livre.