16 de setembro de 1822 / 16 de setembro de 1822
No governo de Pernambuco a partir de 1821, Gervásio Pires não se alinhou diretamente nem às Cortes de Portugal nem ao projeto de independência representado por José Bonifácio no Rio, buscando uma terceira via na qual a autonomia da província era mantida. Mas com as próprias elites de Pernambuco divididas, a estabilidade de seu governo ficou comprometida.
Com o Grito do Ipiranga em 7 de setembro de 1822, o movimento pró-José Bonifácio ganhou força entre as importantes famílias pernambucanas Albuquerque e Cavalcanti e, com a ajuda da força militar carioca, o governo de Gervásio foi derrubado no dia 16. Uma nova junta foi criada, e com o passar do tempo apelidada de Governo dos Matutos por ter em sua formação apenas proprietários rurais e nenhum comerciante urbano. O acontecimento marcou a adesão oficial de Pernambuco ao projeto de independência brasileiro.
O complexo processo de emancipação brasileiro passou por diversas batalhas regionais, que envolveram disputas sociais, militares e políticas que não se restringiram à Corte do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas. Tampouco se encerraram com o “grito do Ipiranga” em setembro de 1822.
Disputas importantes ocorreram em províncias mais afastadas, como a formação do popular Exército Libertador, o cerco às tropas portuguesas na Bahia em 1823 e, no mesmo ano, a batalha às margens do rio Jenipapo no Piauí, que juntou as forças locais às cearenses e maranhenses. No entanto, é apenas em 1825 e depois de muitas colisões entre os dois lados que Portugal finalmente reconhece a derrota por meio do Tratado de Paz, Amizade e Aliança
Grito do Ipiranga
Crescimento de movimentos separatistas em todo o Brasil.
Sem Nome, "Golpe e formação da Junta dos Matutos". Impressões Rebeldes. Disponível em: https://www.historia.uff.br/impressoesrebeldes/revolta/golpe-e-formacao-da-junta-dos-matutos/. Publicado em: 22 de janeiro de 2025.