DOCUMENTO 88, APEJE, Manuscritos, Série P.P. – 2, fls. 38-39
Mesmo com a derrota da Revolução Pernambucana de 1817, a desconfiança de que novos movimentos pudessem perturbar a ordem permanecia. É sob esse contexto que há especulações sobre José Bonaparte, irmão de Napoleão, e Antônio Gonçalves da Cruz (“Cruz Cabugá”, participante da Revolução) planejando infiltrar no Brasil soldados republicanos.
“(…) que tivesse as suas portas em segurança pois que Antônio Gonçalves da Cruz e José Bonaparte pretendiam meter no Brasil soldados republicanos (…)”
“(…) receio de ressureição da aniquilada rebeldia (…)”
“(…) mas não acontece o mesmo com o vulgo, porque este, em regra, acredita com facilidade a novidade e até exagera de dia em dia (…)”
“(…) estou que nada há de temer de inimigo externo, por isso que Vossa Excelência nada me tem determinado, e nesta hipótese, faço por conservar nos povos uma inteira confiança, dando-lhes o exemplo com a minha conduta franca e desassustada, não só porque realmente assim o entendo, mas porque estou no princípio de que nunca se deve inquietar povo com temores remotos (…)”
“Não obstante parecer infortuno, tornarei a lembrar a Vossa Excelência a minha penúria de meios militares (…)”.
“(…) nunca se deve inquietar o povo com temores remotos, e menos dar-lhes a saber que há uma Na[ção] que toma interesse na causa da rebelião (…)”
o Governador do Rio Grande do Norte insinua, diante do perigo de uma invasão republicana, conduta prudente como governador e faz recomendações de controlar os rumores entre os povos. Acusa falta de recursos militares.
“incompetência da insinuação”
"boato"
“inimigo externo”
“conservar nos povos uma inteira confiança”
“estado de dúvida”
“penúria de meios militares”
“aniquilada rebeldia”
"americanos"
"vulgo"
‘inimigo interno”
Revolução Pernambucana de 1817
DOCUMENTO 88, APEJE, Manuscritos, Série P.P. – 2, fls. 38-39
Memorial do dia seguinte: a Revolução de 1817 em documentos da época. Organizadores Evaldo Costa, Hildo Leal da Rosa, Débora Cavalcantes. Recife: Arquivo Público Estadual; Cepe, 2018. P.P 331-33.
