DOCUMENTO 26, APEJE, Manuscritos, Série C.C. -27, Ofício n o 121, fls. 106v.-107v.
Debelada a Revolução Pernambucana de 1817 que sacudiu o nordeste, quando rebeldes criaram por alguns meses uma República com ideais libertários, a presença de negros em suas fileiras provoca temor, usando-se como referência a Revolta de São Domingos (1791-1804).
“Não foram todos os negros, nem todos os mulatos os que tomaram partido dos rebeldes e se uniram a eles; porém, dos homens destas cores, aqueles que abraçaram a causa dos rebeldes, abraçaram-na de um modo excessivo e insultante, e fizeram lembrar com frequência aos moradores desta Capitania as cenas de São Domingos.”
“insultaram seus antigos benfeitores, seus senhores ou senhoras”
“Entre os sujeitos castigados no meu tempo, foi o suplicante que, de fato, foi um dos oficiais de Henriques mais violentos no tempo da Revolução (…)”
Ao informar sobre o pedido de licença de um alferes do extinto Regimento dos Henriques, o governador de Pernambuco aproveita para salientar sua opinião de que os mulatos e negros que fizeram parte da Revolução Pernambucana foram extremamente violentos em seus atos, associando a situação ao movimento de independência de São Domingos e defendendo o açoite pela rebeldia e pelo orgulho com que agiram.
“cenas de São Domingos”
“homens mais abjetos desta classe”
“grau de orgulho”
“punir prontamente com açoites”
“atentado a coberto da rebelião”
“tempo da Revolução”
Revolução Pernambucana de 1817
DOCUMENTO 26, APEJE, Manuscritos, Série C.C. -27, Ofício n o 121, fls. 106v.-107v.
Memorial do dia seguinte: a Revolução de 1817 em documentos da época. Organizadores Evaldo Costa, Hildo Leal da Rosa, Débora Cavalcantes. Recife: Arquivo Público Estadual; Cepe, 2018. P.P 90-93.
