A segunda linha de pesquisa propõe-se a pensar culturas políticas a partir do estudo da história da historiografia, considerando que a escrita da história é parte de uma operação intelectual e política, que associa determinadas práticas a um lugar social de produção e a um produto específico: o texto histórico (Certeau, 1982). Neste sentido, estudar uma cultura política, ou melhor, trabalhar com a sua formação e divulgação - quando, quem, através de que instrumentos -, é buscar compreender como uma certa interpretação do passado (assim como do presente e do futuro) é produzida e consolidada, integrando-se ao imaginário ou à memória coletiva de grupos sociais, inclusive os nacionais, tanto através da produção historiográfica, como através da cultura histórica escolar. Desse modo, a incorporação do ensino de história como campo de estudos para o historiador do político pode ser considerada como um movimento estratégico e inovador.
A linha desdobra-se em dois projetos, interligados pela reflexão sobre a escrita da história: II.1. Culturas políticas, historiografia e ensino da história; II.2. Culturas políticas no Antigo Regime: história e historiografia.