Criado em 1971 com o curso de mestrado, em 1985 o Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal Fluminense passou a ofertar também o doutorado. Distinguiu-se então como um curso de excelência na pós-graduação em História no país, projetando-se pela revisão de paradigmas interpretativos – mediante debate historiográfico e reflexão teórica – e, sobretudo, pela valorização da pesquisa com fontes primárias e suas respectivas metodologias, valendo-se da proximidade dos fundos documentais existentes no Rio de Janeiro, como a Biblioteca Nacional e o Arquivo Nacional. O núcleo criado em 1998 acolhe pesquisas situadas entre o século XV e o início do século XIX, no período convencionalmente chamado de Época Moderna, a partir de problemas historiográficos específicos. Essa temporalidade está sujeita a novas periodizações a depender dos objetos de estudo, pois a compreensão dos fenômenos históricos pode impor a remissão a processos anteriores, bem como desdobrar-se além das primeiras décadas do século XIX.

Ademais, a Época Moderna compreende não apenas questões relacionadas às fronteiras geográficas da Europa, mas também a conexões com diferentes povos e espaços na América, África e Ásia. As várias escalas de abordagem – dos estudos de caso à análise de processos – consideram a pluralidade étnica e a diversidade das organizações políticas, sociais e culturais. As investigações de docentes e discentes com frequência inovam e consolidam temas situados no período, contribuindo para formar quadros universitários em várias regiões do país. Por um lado, destacam-se os conflitos surgidos no exercício da autoridade política e religiosa nos territórios ultramarinos; os modos de comunicação e negociação política e o desenvolvimento de categorias teológico-políticas e jurídicas visando fundamentar o exercício do poder.

Ademais, a Época Moderna compreende não apenas questões relacionadas às fronteiras geográficas da Europa, mas também a conexões com diferentes povos e espaços na América, África e Ásia. As várias escalas de abordagem – dos estudos de caso à análise de processos – consideram a pluralidade étnica e a diversidade das organizações políticas, sociais e culturais. As investigações de docentes e discentes com frequência inovam e consolidam temas situados no período, contribuindo para formar quadros universitários em várias regiões do país. Por um lado, destacam-se os conflitos surgidos no exercício da autoridade política e religiosa nos territórios ultramarinos; os modos de comunicação e negociação política e o desenvolvimento de categorias teológico-políticas e jurídicas visando fundamentar o exercício do poder.

Por outro, enfatizam-se o caráter histórico da linguagem, dos artifícios de divulgação do conhecimento e o problema da regulamentação da expressão escrita e oral; as modalidades de conhecimento e o aproveitamento do mundo natural; o racionalismo e o avanço do pensamento científico; a intolerância racial e religiosa; o pluralismo jurídico e suas interfaces institucionais; os movimentos populares, confrontos culturais e religiosidades; as formas de exploração do trabalho livre e escravo. Liderada como grupo de pesquisa no CNPq por Ronaldo Vainfas e Guilherme Pereira das Neves, conta entre seus pesquisadores principais com Luciano Raposo de Almeida Figueiredo, Sheila de Castro Faria, Georgina Silva dos Santos, Luiz Carlos Soares, Rodrigo Bentes Monteiro, Marcelo da Rocha Wanderley, Elisa Frühauf Garcia, Silvia Patuzzi, Renato Franco e Maria Fernanda Bicalho, da UFF, e Célia Cristina da Silva Tavares e Daniela Buono Calainho, da Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FFP-UERJ).

O crescimento do grupo estimulou sua organização sob as coordenações executivas de Georgina Santos, Rodrigo Bentes Monteiro, Célia Tavares, Marcelo da Rocha Wanderley, Elisa Garcia, Ronald Raminelli, Silvia Patuzzi, Maria Fernanda Bicalho e Daniela Calainho desde 2003 até o presente. Participamos de vários concursos Pronex, promovidos pela Faperj em parceria com o CNPq. Coordenados por Ronaldo Vainfas, os quatro projetos Pronex já obtidos pelo grupo potencializam as possibilidades de pesquisa e a realização de eventos nacionais e internacionais. Conseguimos a aprovação dos projetos: “O quanto em Portugal é o mundo”: experiências individuais e redes de sociabilidade nas malhas do império português (c.1500–c.1800); Raízes do privilégio: limpeza de sangue, hierarquias e mobilidade social no império português (séculos XVI-XIX); Linguagens da intolerância: religião, raça e política no mundo ibérico do Antigo Regime; e Práticas da justiça e desigualdades sociorraciais no Mundo Ibérico (séculos XVI-XVIII). O grupo converge seus interesses de pesquisa em três linhas. Elas se caracterizam pela utilização dos diferentes tipos de fontes produzidas no período e por distintas orientações teórico-metodológicas.

O crescimento do grupo estimulou sua organização sob as coordenações executivas de Georgina Santos, Rodrigo Bentes Monteiro, Célia Tavares, Marcelo da Rocha Wanderley, Elisa Garcia, Ronald Raminelli, Silvia Patuzzi, Maria Fernanda Bicalho e Daniela Calainho desde 2003 até o presente. Participamos de vários concursos Pronex, promovidos pela Faperj em parceria com o CNPq. Coordenados por Ronaldo Vainfas, os quatro projetos Pronex já obtidos pelo grupo potencializam as possibilidades de pesquisa e a realização de eventos nacionais e internacionais. Conseguimos a aprovação dos projetos: “O quanto em Portugal é o mundo”: experiências individuais e redes de sociabilidade nas malhas do império português (c.1500–c.1800); Raízes do privilégio: limpeza de sangue, hierarquias e mobilidade social no império português (séculos XVI-XIX); Linguagens da intolerância: religião, raça e política no mundo ibérico do Antigo Regime; e Práticas da justiça e desigualdades sociorraciais no Mundo Ibérico (séculos XVI-XVIII). O grupo converge seus interesses de pesquisa em três linhas. Elas se caracterizam pela utilização dos diferentes tipos de fontes produzidas no período e por distintas orientações teórico-metodológicas.

As linhas de pesquisa possuem pontos de contato entre si, facultando-se aos pesquisadores principais do núcleo a inserção em mais de uma delas. Os recortes espaço-temporais variam, caso a caso, em função das problemáticas contempladas, assim como dos interesses e das competências de pesquisadores e alunos. Entre as realizações beneficiárias de quatro Pronex obtidos pelo grupo, destacam-se a promoção de eventos nacionais e internacionais, como: simpósios temáticos, seminários e minicursos nos encontros de história, cursos lato-sensu de História Moderna da UFF, colóquios internacionais, seminários de pós-graduandos e seminários de graduandos em História Moderna, projetos digitais (Impressões Rebeldes e o Canal do YouTube Cia. das Índias – UFF). Desses eventos, resultaram variadas publicações.

Linhas de pesquisa

Religiosidades, Identidade Cultural e Alteridade

A linha de pesquisa aborda o fenômeno religioso considerando o avanço do cristianismo no mundo ibérico, o judaísmo, o protestantismo, o islamismo, as religiosidades da África negra e dos povos de origem na América e na Ásia. Os conceitos de raça, etnia, gênero, religião, nação e mestiçagem cultural são discutidos por meio de estudos sobre marginalizados, escravizados e libertos, corporações, irmandades, grupos e linhagens familiares, formas de piedade e de pensamento teológico, peregrinações, devoções, doutrinas e representações, sem descurar dos aspectos institucionais. Destacam-se as pesquisas sobre as múltiplas dimensões dos tribunais inquisitoriais ibéricos e indivíduos e grupos da hierarquia clerical, congregações e ordens regulares. As investigações consideram os significados da cultura material, ritual e letrada, em diálogo com estudos antropológicos e das ciências sociais. As fontes incluem processos inquisitoriais, crônicas, livros de compromisso, atas, documentos cartorários, relatos de missões, textos jurídicos, objetos e artefatos.

Poderes, Direitos e Resistências

Nessa linha de pesquisa os espaços e sociedades nas quatro partes do mundo – Europa, Ásia, América e África – são perscrutados por vários prismas: as linguagens políticas que organizavam os conflitos, bem como os conceitos em que se exprimem; as interfaces com a teologia e o campo jurídico; a pluralidade de poderes, as elites locais e as transformações de governo; a organização do espaço urbano; os conflitos internacionais, as revoltas e conjurações coloniais, seus projetos e repressões; o direito multinormativo e a assistência aos miseráveis; os conflitos jurisdicionais e os povos indígenas, orientais, africanos e mestiços. A documentação é variada, com destaque para os registros de conselhos administrativos, câmaras, cabildos e instituições de assistência aos pobres, a tratadística teológica, jurídica e sobre razão de estado, os tipos de organização política e religiosa que resultam de relações de força, notícias de rebeliões e autos de devassa, processos judiciais e peças de belas letras.

Textos, saberes e querelas culturais

Nessa linha abordam-se as sociabilidades letradas, científicas e artísticas; os espaços de produção e ordenação de conhecimento (bibliotecas, coleções, universidades, academias); de circulação entre manuscritos, impressos e imagens de vária ordem; bem como sobre a materialidade dos suportes. Destacam-se as apropriações modernas do cânon-clássico, com enfoque filológico-literário e/ou histórico-cultural; os diferentes modos de escrita da história; e a discussão conceitual sobre o passado, envolvendo os antigos, modernos e termos correlatos. As fontes abrangem a produção intelectual e artística nos campos elencados acima, incluindo a emblemática, os manuais de ciência, catálogos e inventários de livros, relatos de viagens, missões e embaixadas, discursos proféticos e políticos, e obras de história pertinentes a vários âmbitos.