Pesquisador

Maria Fernanda Bicalho

Universidade Federal Fluminense

Licenciou-se em História na PUC-Rio em 1981, tornou-se mestre em Antropologia Social pelo Museu Nacional-UFRJ em 1988 e doutorou-se em História Social pela USP em 1997. Fez pós-doutorados no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa em 2006-2007 e em 2013-2014. É professora associada no Departamento de História da UFF e foi coordenadora do PPGH-UFF entre 2010 e 2013. É bolsista de produtividade do CNPq desde 2001 e Cientista do Nosso Estado da Faperj a partir de 2012. Vem dando aulas na França, na Universidade de Aix-Marseille desde 2009, e foi professora convidada na École des Hautes Études en Sciences Sociales em 2014. Integra o corpo docente do doutoramento Patrimónios de Influência Portuguesa, do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Dedica-se à história do Brasil colonial, do Rio de Janeiro nos séculos XVII-XIX, das instituições, dinâmicas de poder e administração das monarquias ibéricas e do império português, participando de vários projetos internacionais relacionados a esses temas. Entre suas publicações e obras coletivas sobre a época moderna, encontram-se O Antigo Regime nos trópicos, com João Fragoso e Maria de Fátima Gouvêa (Civilização Brasileira, 2001); A cidade e o império (Civilização Brasileira, 2003); Modos de governar, com Vera Ferlini (Alameda, 2005); Culturas políticas, com Rachel Soihet e Maria de Fátima Gouvêa, 2005) e O governo dos povos, com Laura de Mello e Souza e Júnia Furtado (Alameda, 2009).

Obras publicadas

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O Antigo Regime nos Trópicos: A dinâmica imperial portuguesa (séculos XVI-XVIII)

Maria Fernanda Bicalho (org.)
João Fragoso (org.)
Maria de Fátima Gouvêa (org.)

Na trama das redes é uma obra coletiva, produto de várias ações reflexivas desenvolvidas nos últimos três anos. Resulta de um extraordinário esforço em conjunto para dar continuidade a um fecundo e profícuo debate acadêmico atualmente em curso no âmbito da história dita do Brasil colonial e das dinâmicas de formação da monarquia e do império português. Esta obra. em essência, prossegue as reflexões desencadeadas pela publicação de “O antigo regime nos trópicos”, em meados de 2001. (…) Na trama das redes demonstra com clareza a forma pela qual as concepções de corpo social e monarquia corporativa pressupõem a autonomia dos poderes locais. (…) pretende proporcionar ao leitor acesso 30 cenário dinâmico e multifacetado dos principais modos de vida experimentados no império português.

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O Governo dos Povos. Relações de Poder no Mundo Ibérico na Época Moderna

Maria Fernanda Bicalho (org.)
Laura de Mello e Souza (org.)
Júnia Ferreira Furtado (org.)

Neste livro, as múltiplas visões sobre o nosso passado colonial se apresentam de forma candente e apaixonada, resultado do colóquio em que essas discussões apareceram, trazendo à tona um dos mais ricos debates historiográficos dos últimos tempos. Ainda que as diferentes visões sobre a história colonial brasileira sejam contempladas neste livro, um conceito-chave se sobrepõe aos demais: a ideia de império. Ideia esta resgatada dos estudos do historiador inglês Charles Boxer (1904-2000), que via o mundo português da época moderna como um todo, um império que espalhava missionários, inquisidores, comerciantes e funcionários por instituições pensadas e colocadas em funcionamento pela Coroa em Lisboa.

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Cultura política, memória e historiografia

Maria Fernanda Bicalho (org.)
Cecilia Azevedo (org.)
Denise Rollemberg (org.)
Paulo Knauss (org.)
Samantha Viz Quadrat (org.)

Quais são os efeitos sociais e políticos de nossas análises do passado? As leituras do passado não são aleatórias, neutras ou inocentes: estão associadas a sentimentos, experiências, interesses (conscientes ou não), ideologias. Relacionar cultura política, memória e historiografia é o grande desafio deste livro, que propõe uma nova aproximação entre a história cultural e a história política. Para tal, autores brasileiros e estrangeiros e suas diferentes experiências e abordagens, reuniram-se no seminário Culturas Políticas, Memória e Historiografia. Este é o resultado desse encontro e uma valiosa contribuição para o debate historiográfico.

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Culturas Políticas. Ensaios de História Cultural, História Política e Ensino de História

Maria Fernanda Bicalho (org.)
Rachel Soihet (org.)
Maria de Fátima Gouvêa (org.)

Seus capítulos refletem sobre os possíveis diálogos entre História Cultural, História Política e Ensino da História, identificando campos específicos de atualização do poder e do político, analisando culturas que lhes são próprias. Daí a opção pela discussão de culturas políticas, enfocando-as na produção historiográfica, nas representações do Antigo Regime ibérico, nas sociabilidades de diferentes grupos étnicos no Brasil, nas relações de poder entre gêneros e atores sociais distintos, na pesquisa e no ensino de História.

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Modos de Governar. Ideias e práticas políticas no Império português

Maria Fernanda Bicalho (org.)
Vera Lúcia Amaral Ferlini (org.)

Este livro se propõe a discutir as redes de poder, parentesco, clientela e negócios que deram vida e dinâmica ao império português. As reflexões desenvolvidas aqui partem da certeza de que a história do período colonial ocupa posição central na reflexão sobre o Brasil e, assim, buscam analisar os vários níveis da administração imperial e local, as biografias de seus agentes e governantes, as representações, os discursos políticos e as trajetórias sociais que conferiram materialidade e governabilidade ao império português e ao Brasil independente. Em comum, possuem a valorização de características essenciais das sociedades ibéricas nos Tempos Modernos, sem nunca perder de vista a profunda singularidade da sociedade americana nos trópicos, marcada inexoravelmente pelo escravismo colonial.

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A Cidade e o Império: Rio de Janeiro no século XVIII

Maria Fernanda Bicalho

Neste livro a autora escreveu um dos mais interessantes e originais trabalhos de história urbana que já se fizeram. Não trata apenas da cidade ou de seu plano, mas das múltiplas relações políticas – e geopolíticas -, econômicas e sociais que se constituíram em torno da cidade do Rio de Janeiro nos tempos coloniais. Com base em documentação muitas vezes inédita, buscada em arquivos portugueses e franceses, revela projetos de invasão até agora ignorados – como o francês, de 1762, sustado por acordos europeus de última hora – e mostra que a história urbana da América portuguesa é parte constitutiva do processo colonizador e lugar privilegiado do embate entre sujeitos históricos distintos: no caso, os colonizadores, colonos e colonizados que se engolfavam na construção de seu devir.

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Feiticeiras e Inquisidores: Uma aldeia camponesa na França no século XVI

Maria Fernanda Bicalho
Maria Luiza Sussekind Veríssimo

Após ter lido o livro, você vai saber um pouco mais sobre a situação geral da Europa Ocidental no século XVI. Sabemos que esta foi uma época de importantes transformações e, por isso, podemos observar a convivência entre os hábitos novos e antigos. Foram tendências inovadoras, nos âmbitos político, econômico e cultural como o Renascimento, que fazem com que chamemos a esta época de Moderna.

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La Ville et l’Empire. Rio de Janeiro au XVIIIème Siècle

Maria Fernanda Baptista Bicalho

Rio de Janeiro, joyau le plus convoité de la Couronne portugaise, est né et a grandi sous le signe de la peur, que sa situation géographique ne faisait qu’intensifier. Qu’elles soient espagnoles ou françaises, mais surtout françaises, les voiles à l’horizon semaient toujours la panique dans la Ville Merveilleuse. Au Brésil aujourd’hui, on pourrait parler français ou hollandais, mais Maria Fernanda Bicalho nous raconte ici comment les habitants de Rio de Janeiro ont su déjouer la ruse et la jalousie des princes étrangers qui convoitaient ce territoire si fertile, et affronter pirates et envahisseurs pour que le Brésil reste une colonie portugaise. Par amour pour Rio de Janeiro. A l’occasion des 450 ans de Rio, nous publions cette oeuvre instructive et passionnante sur cette ville merveilleuse.