Formou-se em história na UFF desde a graduação (1985), passando pelos mestrado (Entre a cruz e a espada: jesuítas na América portuguesa – 1995) e doutorado (A cristandade insular: jesuítas e inquisidores em Goa – 2002). Fez pós-doutorado na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (2009-2010), no âmbito do Programa de Pós- Graduação em História dos Descobrimentos e da Expansão. É professora associada do Departamento de Ciências Humanas da FFP-UERJ, em São Gonçalo, onde ministra vários cursos – incluindo paleografia – e é pesquisadora do Núcleo de Estudos Inquisitoriais. Possui experiência nas histórias do Brasil colonial e moderna, principalmente nos temas da Goa portuguesa, da Companhia de Jesus no Brasil e no Oriente, da Inquisição de Goa e da cristianização. Foi aprovada por três vezes no concurso Prociência, na UERJ (2005 a 2013), recebeu a bolsa Jovem cientista da Faperj (2012 a 2014) e foi coordenadora executiva da Companhia das Índias de 2009 a 2011. De 2010 a 2012 foi presidente da Anpuh-Rio, tendo organizado seu encontro regional. Publicou Jesuítas e inquisidores em Goa (Roma, 2004) e o Guia de fontes e bibliografia sobre a Inquisição (Eduerj, 2005), dentre outros livros. Atualmente desenvolve com bolsistas de iniciação científica um banco de dados com informações de documentos sobre a Inquisição de Goa, na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Possui ainda vários artigos em revistas e anais de congressos nacionais e internacionais.

Obras publicadas

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Guia de Fontes e Bibliografia sobre a Inquisição: A Inquisição nos principais arquivos e bibliotecas do Rio de Janeiro

Célia Cristina Silva Tavares (org.)
Daniela Buono Calainho (org.)
Pedro Marcelo Pasche de Campos (org.)

Apesar de estar presente há muito tempo na literatura e na produção historiográfica, o Tribunal do Santo Oficio da Inquisição guarda ainda uma aura de segredo, desejada, aliás, pela própria instituição. De certo, as principais fontes para se estudar a Inquisição portuguesa, e mesmo sua atuação no Brasil, encontram-se em Portugal, mais especificamente em Lisboa. Contudo, o antigo estatuto de capital do Império e da República legou à cidade do Rio de Janeiro riquíssimos fundos documentais e bibliográficos que fornecem um excelente meio de se entrar em contato com os estudos inquisitoriais. Além de descrever estes acervos, este guia dá a chave para se pesquisar outros fundos, como o do Real Gabinete Português de Leitura e o das principais bibliotecas universitárias fluminenses.

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Hierarquias, raça e mobilidade social: Portugal, Brasil e o Império Colonal Português (sécs XVI-XVIII)

Célia Cristina da Silva Tavares (org.)
Rogério de Oliveira Ribas (org.)

Um grupo de pesquisa tem como um de seus objetivos a incumbência de formar novos quadros. Para as agências de fomento, para as instituições universitárias e para os professores, esse é um dos propósitos básicos desse sistema de pesquisa. Assim, quando em outubro de 2008, mais de trinta jovens pesquisadores se reuniram no II Seminário de Pós-Graduandos em História Moderna – As Hierarquias Sociais mostravam interessante tendência da historiografia brasileira. O presente livro é a consolidação desse profícuo trabalho e pretende dar um tom importante de obra coletiva às pesquisas desses jovens historiadores.

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Jesuítas e Inquisição

Célia Cristina Tavares
José Eduardo Franco

Esse livro apresenta um estudo exploratório da relação entre a Companhia de Jesus e a Inquisição, com o intuito de identificar o mito que associa essas duas instituições a um mesmo projeto conspiracionista de ‘maquinação’ em favor do obscurantismo e do atraso português e brasileiro. Procura desconstruir esse projeto para melhor entender as razões históricas das aproximações e dos conflitos que existiram entre elas.

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Jesuítas e Inquisidores em Goa

Célia Cristina Silva Tavares

Na remota Goa, os jesuítas atuaram desde o ano de 1540 e fizeram milhares de conversões. Os inacianos não tardariam a perceber que a almejada cristianização teria que se adaptar às culturas locais. Nossa autora desvenda este quadro com o máximo brilho e perícia investigativa, examinando os métodos e as conjunturas da missionação até ao fim do seiscentos. O fato é que também para Goa se dirigiu a Inquisição em 1560. Logo o Santo Ofício deixou em segundo plano a sua já tradicional perseguição aos cristãos-novos, lançando sua sanha persecutória contra as gentilidades da Índia. A especificidade desta atuação inquisitória em Goa, fê-la colidir com a Companhia de Jesus, matéria que a nossa autora se esmera em documentar, compreender, explicar.